NOVENA A SÃO JOSÉ 2023 – São José no Carmelo Teresiano e na Igreja 6. dia

NOVENA A SÃO JOSÉ 2023 – São José no Carmelo Teresiano e na Igreja 6. dia

EM NOSSA HISTÓRIA ENCONTRAMOS NOSSA MISSÃO

ORAÇÃO A SÃO JOSÉ

 

A vós, ó Bem Aventurado São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de termos implorado o auxílio de vossa Santíssima Esposa, com confiança solicitamos vosso patrocínio.

Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu a Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes para com o Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno à herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue, e nos socorrais nas nossas necessidades com vosso auxílio e poder.

 

( faça seu pedido)

 

Protegei, ó guarda providente da divina família, protegei a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós ó Amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do altar do céu, ó nosso Fortíssimo Sustentáculo, na luta contra o poder das trevas e, assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas de seus inimigos e de toda adversidade.

Amparai a cada um de nós com vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo, e sustentados com vosso auxílio, possamos virtuosamente viver, piedosamente morrer e obter do céu a eterna bem aventurança. Amém!

 

Papa Leão XIII

São José, rogai por nós

SÃO JOSÉ, O JUSTÍSSIMO

 

Que o Senhor Jesus seja louvado!

 

Reunidos aqui mais uma vez para entendermos mais das virtudes Josefinas, aprendermos delas e por em prática.

 

Afinal, o que é ser Justo? Sabemos que muitas vezes distorcemos a interpretação dessa virtude, especialmente no mundo moderno o qual, cada vez mais, voltamos a dimensão do “olho por olho, dente por dente! Para entendermos a dimensão espiritual do que é ser justo e depois compreendermos a Justiça em São José, vamos recorrer à definição de Justiça no Catecismo da Igreja Católica. Ela nos escreve:

 

A justiça é a virtude moral que consiste na vontade constante e firme de dar à Deus e ao próximo o que lhes é devido. A justiça para com Deus chama-se “virtude de religião”. Para com os homens, ela nos dispõe a respeitar os direitos de cada um e a estabelecer nas relações humanas a harmonia que promove a equidade em prol das pessoas e do bem comum. Não favoreças o pobre e nem prestigies o rico. Julga o próximo conforme a justiça., nos diz em Lv 19,15. Cat. 1807

 

De fato, o antigo testamento nos trás o justo como aquele que se encontra em estado de graça perante o Senhor: “Mas as almas dos justos estão nas mão de Deus e nenhum tormento os tocará.” Sab 3.1.

 

Sigo o caminho da justiça, como primícias de suas obras.” Pr 8,20.

O homem justo – que procede segundo o direito e a equidade – que não participa dos festins…que não desonra a mulher do próximo,…que não oprime ninguém…que dá seu pão aos famintos…que segue os meus preeitos e observa as minhas leis, certamente viverá. Oráculo do Senhor. Ez 18, 5 – 9

 

Entendemos aqui o Deus que revela seu desejo: que o homem viva na justiça. Esse homem tem a Sua graça e sua recompensa. Muitos homens do AT foram justos: Moisés, Abraão, Noé, Ezequiel, Jó, Abel…

 

Mas quando construímos a identidade do Novo Testamento, à luz da nova aliança se insere um novo conceito de justiça.

 

O homem justo aqui entra no conceito definido por São Paulo em Rm 3, 21-31 que diz:

 

Mas agora, sem o concurso da lei, manifestou-se a justiça de Deus, atestada pela lei e pelos profetas, esta é a justiça de Deus, pela fé em Jesus Cristo para todos os fiéis… Assim, digo eu, ele manifesta a sua justiça no tempo presente, exercendo a justiça e justificando aquele que tem fé em Jesus Cristo.”

 

Estamos diante de dois conceitos que não se antepõem, mas ao contrário, se complementam.

 

José era um homem justo segundo a lei e os profetas. Sua justiça era cheia da graça de Deus e por isso Deus o escolheu para ser o Pai adotivo de Jesus. São José, que observada a primeira lei, a de Moisés, logo após a revelação do Anjo, que o tranquilizara sobre a maternidade virginal de Maria, começou a entrever os primeiro fulgores de uma Nova Lei, de uma religião que vinha não revogar, mas aperfeiçoar a primitiva. Ele já possuía a fé na vinda do Messias, e foi o primeiro dos homens a se prostrar diante de Jesus e o adorar. São José foi o primeiro a entrar no mistério da justificação que São Paulo nos exorta em Romanos 3. Por ser JUSTO, ele creu em Jesus. Por Crer em Jesus, ele foi justo. Ele foi o primeiro homem, junto com a Maria, a crer em Jesus e ser justificado por Ele. Eis o homem justo em toda a extensão da palavra. Justo na santidade, na prática de todas as virtudes, no cumprimento dos deveres, na Fé em Cristo Jesus.

 

Como nos disse Gabriel de Santa Maria Madalena, em seu livro Intimidade Divina:

 

José é um homem justo. A quem foi confiada a missão de esposo virgem da mais excelsa criatura e de Pai virginal do Filho do Altíssimo. É justo no sentido pleno do termo, que significa virtude perfeita, santidade. Justiça que envolve todo o ser mediante total pureza do coração e de vida. O justo vive de fé 9Rm 1,17) e José, o justo por excelência, viveu ao máximo essa virtude.”

 

Portanto, José, mais que qualquer personagem Bíblico, infunde em nós o sentido pleno do justo. Ele possui a autoridade conferida por Deus para revelar ao mundo o sentido da justiça e a força par vive-la. Não à toa que Santa Teresa recorreu a São José, como ela narra em V6,6:

coisa admirável são os grandes feitos que Deus me tem feito por intermédio desse Bem Aventurado…a outros santos o Senhor parece ter dado a graça para socorrer numa determinada necessidade. Ao Glorioso São José tenho experiência de que me socorre em todas.”

MEDITAÇÃO

 

Nesse tempo de quaresma, meditemos com São José como está nossa justiça. O Evangelho de Mt 18, 21-35, nos fala sobre o perdão. Podemos dizer que o perdão de encontra no princípio da Justiça. Sem perdão, não há justiça. Oremos com São José e reflitamos:

 

1- Tenho sido justo nas virtudes humanas?

 

2- A minha justiça está apenas no conceito humano, ou compreendo e vivo o sentido da fé em Cristo para viver a justiça?

 

Boa reflexão meus irmãos?

TERÇO DE SÃO JOSÉ E ORAÇÃO FINAL

 

OFERECIMENTO

 

Ofereço esse terço em louvor e glória de Jesus, Maria e José, para que sejam minha luz, guia e proteção, defesa, amparo e fortaleza em todos os meus trabalhos, alegrias, agonias e tribulações. Pelo nome de Jesus e pela Glória de Maria, imploro a vós, glorioso São José que alcanceis a graça que desejo (peça sua graça agora…pausa… pedir a graça). Advogai em minha causa, falai em meu favor, no céu e na terra, alegrai a minha alma para honra e glória de Jesus e Maria.

 

Credo

 

Pai Nosso

 

Ave Maria

 

Nas contas grandes: Glória ao Pai – Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações não vos valeu o anjo do Senhor? Valei-me São José!

 

Nas contas pequenas: São José, Valhei-me!

ORAÇÃO FINAL

 

Ó José, homem sábio, resplandecente de bondade, levando nos braços a Cristo, fostes santificado. Intercedei agora pelos que celebram vossa memória.

Ó justo!

Ó José santíssimo! Esposo da Mãe de Deus, a Santíssima Virgem!

Ó vós, feliz! Pedi incansavelmente ao verbo que liberte das tentações a quem vos venera! Guardastes a Imaculada que conserva intacta sua virgindade e na qual o Verbo de fez carne. Continuastes a protege-la depois do nascimento de Jesus. Com a Virgem Maria, lembrai-vos de nós! Amem!

 

São José, Rogai por nós

 

Deus os abençoe!

Ana Catarina da Santíssima Trindade, OCDS ( Fortaleza, CE)

Comissão de Espiritualidade

(Vinculado à Comissão de Formação)

Província São José

 

Referências Bibliográficas

1- Catecismo da Igreja Católica, São Paulo, Loyola, 1999. p. 486

2- GABRIEL DE SANTA MARIA MADALENA, Intimidade Divina: meditações sobre a vida interior para todos os dias do ano. 5a ed. São Paulo: Loyola/Edições Carmelitanas, 2010, p. 1168

3- TERESA DE JESUS ( Santa). Obras completas. 5a Ed. São Paulo: Loyola, 2013. p. 49

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