NOVENA A SÃO JOSÉ 2023 – São José no Carmelo Teresiano e na Igreja 5. dia

NOVENA A SÃO JOSÉ 2023 – São José no Carmelo Teresiano e na Igreja 5. dia

EM NOSSA HISTÓRIA ENCONTRAMOS NOSSA MISSÃO

ORAÇÃO A SÃO JOSÉ

 

A vós, ó Bem Aventurado São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de termos implorado o auxílio de vossa Santíssima Esposa, com confiança solicitamos vosso patrocínio.

Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu a Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes para com o Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno à herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue, e nos socorrais nas nossas necessidades com vosso auxílio e poder.

 

( faça seu pedido)

 

Protegei, ó guarda providente da divina família, protegei a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós ó Amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do altar do céu, ó nosso Fortíssimo Sustentáculo, na luta contra o poder das trevas e, assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas de seus inimigos e de toda adversidade.

Amparai a cada um de nós com vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo, e sustentados com vosso auxílio, possamos virtuosamente viver, piedosamente morrer e obter do céu a eterna bem aventurança. Amém!

 

Papa Leão XIII

São José, rogai por nós

SÃO JOSÉ, O AMANTE DA POBREZA

 

Que o Senhor Jesus seja louvado!

 

Hoje vamos conversar sobre a pobreza, e, especialmente, a pobreza de São José.

 

Vou iniciar citando São João da Cruz, que nos traz um conceito de pobreza que alcança com maior profundidade o seu sentido no evangelho. Em 1S 3,4, ele nos diz:

 

Ora, não pretendemos falar aqui da pobreza material, que não despoja o coração ávido dos bens deste mundo, mas nos ocupamos da desnudez do gosto e apetite, que deixa alma livre e vazia de tudo, mesmo possuindo muitas riquezas.”

 

Então, nesses termos, podemos entender a pobreza como o despojamento do coração do homem a tudo criado.

 

Nessa perspectiva, vejamos o que nos diz o Beato Maria Eugênio do Menino Jesus, OCD, em seu livro Quero Ver a Deus:

 

Este empobrecimento deve atingir todas as riquezas naturais e sobrenaturais, todos os bens naturais, intelectuais e espirituais que não sejam o próprio Deus.

É pelo caminho do nada, que a alma deixando à direita e à esquerda os espaçosos caminhos dos bens da terra e dos bens do céu, dirige-se para o cume. Apenas o caminho do nada, que é desnudamento total, perfeito desapego e pobreza absoluta, que conduz ao desapego e pobreza absoluta, conduz a tudo que é Deus, e assegura a sua posse.”

 

Vejamos o poema de São João da Cruz, em 1 S 13, 11-12

“Para chegares a saborear tudo, não queiras ter gosto em coisa alguma.

Para chegares a possuir tudo, não queiras possuir coisa alguma.

Para chegares a ser tudo, não queiras ser coisa alguma.

Para chegares a saber tudo, não queiras saber coisa alguma.

Para chegares ao que n ao gostas, deves ir por onde não gostas…

Para chegares ao que não és, deves ir por onde não és.

 

Conhecendo a compreensão de pobreza do nosso Santo, fica difícil compreender a pobreza apenas na dimensão do campo material, porque nela se encontra todo o despojamento do nosso ser a Deus. A oferta mais que perfeita para um união esponsal com aquele que sabemos que nos ama.

 

Santa Teresinha também cantou para nós sua experiência com essa Divina Pobreza da alma, em PN 48,2:

 

Ó pobreza, meu primeiro sacrifício,

até à morte tu me seguirás por toda a parte

Pois eu sei, para correr na disputa

O atleta deve despojar de tudo

Saboreai, mundanos, o remorso e a pena,

Esses frutos amargos da vossa vaidade.

Alegremente eu colho na arena

As palmas da pobreza.

Jesus disse: O Reino dos Céus adquire-se à força

Pois bem, a pobreza me servirá de lança

De escudo glorioso

 

São José, que provinha da casa real de Davi, onde se havia sucedido uma série de Reis poderosos, tendo caído na obscuridade e na pobreza, nunca invejou a opulência de seus antepassados, nem procurou elevar-se acima da condição humilde em que a Providência o colocara. Nada possuía neste mundo e não tinha outro meio de sobrevivência que não fosse fruto do seu trabalho, regado com o suor de sua fronte. Todavia, , no meio de todas as privações, São José amava a pobreza, ainda que ela lhe conferisse, como sempre acontece, o desprezo de todos os homens.

 

A pobreza de São José ultrapassava as fronteiras físicas, mas foi nela que ele encontrou sua morada, como fonte de expressão do que no seu interior havia crescido: o abandono a Deus.

 

E nessa expressão de humildade, pobre de todos os bens, São José foi, a cada dia, fortificando a presença e a esperança de Deus. Ele sabia que todo seu ser era de Deus! Que tudo provinha da providência divina.

 

O Beato Maria Eugênio nos escreve em Quero Ver a Deus:

 

Só a pobreza espiritual pode dar conta da virtude da esperança. A virtude da esperança espera Deus, que é seu objeto primeiro e principal…Justamente é esta pobreza que não espera senão a Deus que é prometido no Reino de Deus. Bem Aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.”

 

São José se abandonava como uma criança nos braços do Pai. Obedecia, amava, se entregava e fazia a vontade de Deus em sua vida. Não questionava os caminhos de Deus. Não interrogava seus métodos, pois ele vivia a presença plena de Deus em seu ser na contemplação ativa da presença de Jesus em sua vida. Presença essa que ele sabia ser dom de Deus. Presença essa que o fazia esperar em Deus Seus próprios desígnios. Pobreza tal que o abandonava de si mesmo e compreendia, como São João da Cruz e Santa Teresinha, que para vir a ter tudo era preciso ter algo em nada. Tudo isso foi graça de Deus na vida de São José, mas graça que tinha a participação ativa de sua natureza, “porque a graça pressupões a natureza” e a natureza de José disse o SIM, coma a de Maria.

MEDITAÇÃO

 

Na primeira leitura de hoje a Igreja nos propõe a reflexão da história de Naamã e profeta Eliseu em 2 Rs 5, 1-15.

 

O Salmo de hoje canta em nossa alma: “minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo! E quando verei a face de Deus?

 

Nosso coração deseja ver a Face de Deus e deseja também não ser orgulhoso como Naamã, que teve dificuldade de crer em Eliseu por sua condição tão simples e humilde. Naamã esperava algo grandioso e suntuoso e não consegui ver a promessa de Deus se realizar na “brisa leve”.

 

1- Você tem dado o seu sim diário a Deus no desapego da pequenas coisas para viver a pobreza?

2- Onde você tem buscado a Deus e como tem se desapegados de si mesmo par ver essa face de Deus?

 

Boa reflexão meus irmãos?

TERÇO DE SÃO JOSÉ E ORAÇÃO FINAL

 

OFERECIMENTO

 

Ofereço esse terço em louvor e glória de Jesus, Maria e José, para que sejam minha luz, guia e proteção, defesa, amparo e fortaleza em todos os meus trabalhos, alegrias, agonias e tribulações. Pelo nome de Jesus e pela Glória de Maria, imploro a vós, glorioso São José que alcanceis a graça que desejo (peça sua graça agora…pausa… pedir a graça). Advogai em minha causa, falai em meu favor, no céu e na terra, alegrai a minha alma para honra e glória de Jesus e Maria.

 

Credo

 

Pai Nosso

 

Ave Maria

 

Nas contas grandes: Glória ao Pai – Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações não vos valeu o anjo do Senhor? Valei-me São José!

 

Nas contas pequenas: São José, Valhei-me!

ORAÇÃO FINAL

 

Ó José, homem sábio, resplandecente de bondade, levando nos braços a Cristo, fostes santificado. Intercedei agora pelos que celebram vossa memória.

Ó justo!

Ó José santíssimo! Esposo da Mãe de Deus, a Santíssima Virgem!

Ó vós, feliz! Pedi incansavelmente ao verbo que liberte das tentações a quem vos venera! Guardastes a Imaculada que conserva intacta sua virgindade e na qual o Verbo de fez carne. Continuastes a protege-la depois do nascimento de Jesus. Com a Virgem Maria, lembrai-vos de nós! Amem!

 

São José, Rogai por nós

 

Deus os abençoe!

Ana Catarina da Santíssima Trindade, OCDS ( Fortaleza, CE)

Comissão de Espiritualidade

(Vinculado à Comissão de Formação)

Província São José

 

Referências Bibliográficas

1- JOÃO DA CRUZ (Santo). Obras completas. 7a Ed. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 146. 182.

2- MARIA – EUGÊNIO DO MEINO JESUS (Frei). Quero Ver a Deus. Petrópolis: Vozes, 2015, p. 1070. 1071

3- TERESA DO MENINO JESUS (Santa). Obras completas. Marco de Canaveses ( Portugal): Edições Carmelo, 1996. P. 804

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