

27 de Outubro de 2022
Quinta-feira da XXX Semana do Tempo Comum
Texto Orante: Teresa Gárriz, OCD
Motivação
Ponho minha vida em tuas mãos, Senhor. Vou me abandonando em ti. Faço silencio. Quero encontrar-me contigo. Respiro devagar, em profundidade, desejando que seja o Espírito Santo o ar que respiro. Lhe faço espaço em minha vida para deixar-me fazer por Ele neste momento de oração.
O Evangelho de hoje tem duas partes. Na primeira assistimos com estranheza ao aviso que fazem a Jesus alguns fariseus: “Herodes quer matar-te”. Na segunda parte escutamos o lamento de Jesus sobre Jerusalém.
Entremos nos sentimentos do Senhor para compreender sua mensagem.
Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar”. Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia, terminarei o meu trabalho. Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo, não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: ‘Bendito aquele que vem em nome do Senhor’”.
Constatamos primeiramente na Palavra de Deus hoje é que Jesus é um homem livre que não tem medo do poder político: Herodes. E isso não é porque para Jesus não importe sua vida, mas porque sabe que sua vida não está dirigida pelos desígnios de Herodes, mas pelos de Deus. Para Jesus fazer o bem, curar e expulsar demônios, está acima de tudo. De onde lhe vem essa valentia? De saber que está realizando a vontade de Deus.
Em seu lamento sobre Jerusalém, Jesus inclui sua morte em uma longa tradição de profetas e mensageiros e a vê como o fim inevitável do que realizou em sua vida.
Hoje, continua custando muito a Jesus reunirmos em torno dele…, e temos que escutar o “não haveis querido” por nosso orgulho, indiferença e esquecimento. Que, ao tomar consciência de nossa ingratidão, exclamemos todos juntos: “Bendito o que vem em nome do Senhor”.
Nos diz Santa Elisabeth da Trindade em uma de suas cartas:
« São tão bons a solidão e o silencio… Sei muito bem que sempre podemos ter isto no interior, pois quando o coração está cativo, quem poderá distrai-lo? O ruido só chega à superfície, mas lá no fundo, verdade, querida Margarida? só está Ele! Façamos um perfeito vazio, desprendamo-nos de tudo, que não haja mais que Ele, só Ele… Ele é a fonte: vamos apagar nossa sede ao lado de nosso Amado. Só Ele pode saciar nosso coração».
(Carta 49 (24) A senhorita Margarida Gollot (Dijon). Segunda, 1o de abril -junho de 1901)
Senhor, Jesus, hoje continua havendo
muitos perseguidos por tua causa.
Queremos pedir por eles, para que lhes
dê sua coragem e tua força.
Tua vinda a uma vida sempre é uma benção, que assim o experimentemos
todos.
Que te acolhamos, que te amemos
e que demos testemunho corajoso de ti
para que outros possam conhecer-te
e amar-te e que nossa casa, a Igreja,
não fique vazia.
Que saibamos colocar-nos sob tua proteção
para não ter medo a nenhum poder terreno.
Em Ti queremos por nossa confiança.
Porque queremos ver-te, agora na fé
e quando voltes, radiante de glória.
Teresa Gárriz, OCD
Tradução livre do App Evangelio Orado oferecido por Carmelitas Descalços Província Ibérica
Referência:
• – Imagens disponíveis na WEB