Retiro da Comunidade São José de Sete Lagoas/MG

Retiro da Comunidade São José de Sete Lagoas/MG

Com a presença do Frei João de Deus- OCD, nos dias 21 e 22 de outubro, a Comunidade São José de Sete Lagoas/MG, teve a graça de retirar-se em silêncio e oração para se aprofundar na espiritualidade carmelitana e também no tema tão caro à Santa Teresinha: “corações ardentes, pés a caminho” — a missão. Ser missionário em nossas vidas cotidianas, atender ao chamado de Deus em nossos corações: “Ouve, Israel! (Dt 4.1) … “profetiza em meu nome” (Ap 11.3) … “dá testemunho da minha lei.” (Ro 2.15). A missão como fundamento mesmo do carisma carmelitano: oração contemplativa, missão.

 

Sempre lembrados pelo Frei João de Deus, os escritos de Santa Madre Tereza enfatizam: “obras quer o Senhor!”. Nesse sentido, é preciso desenvolver a vocação em direção ao trabalho evangelizador, que, primariamente, é presença e testemunho de Deus em mim, na minha vida e no meu dia-a-dia. Nas pequenas coisas, nos gestos, atos e palavras, no meu lidar com todos, no meu silêncio, no meu fazer diário, é preciso ser missionário. A missão está em tudo! Engana-se quem crê que ser missionário é apenas ir ao encontro dos necessitados, longe, em outros lugares e países. Ser missionário, assim como Santa Teresinha, é viver o amor e as virtudes em sua radicalidade na simplicidade de nossa casa, de nosso trabalho, de nossos estudos, viver o agora na presença de Deus e, assim, transmitir Deus! Isto é missão.

 

A missão é aflorada em nós a partir dos dois pilares de nosso carisma: oração e missão/apostolado. A oração é adubo em nossa caminhada como carmelitas seculares, pois nutre e potencializa as virtudes necessárias para cultivar nossa vocação. Orar convida ao silêncio, esse precioso momento, no qual somos convidados por Deus a adentrar em seu coração e ouvir Sua voz. O silêncio como prática de oração deve ser buscado pelo carmelita em seu dia-a-dia. No entanto, o silêncio também pode ser o silêncio de Deus para conosco, o silêncio que se manifesta em deserto e aridez. O silêncio que nos prova na fé, que nos convida ao mais profundo abandono em Deus, ainda que em nossa humanidade sintamos que Ele não está lá. O silêncio é nossa escola, é o enfrentamento do barulho externo e do ruído interno, do excesso de pensamentos, sentimentos e emoções. Silenciar-se é a arte de estar na presença de Deus. E como toda arte exige de nós: prática, dedicação, perseverança, disciplina, devoção! Silenciar-se é estar na Presença. Muitas vezes, silenciar requer de nós o retiro, retirar-nos para encontrarmos com Deus.

 

Assim como Jesus, que em tantos momentos buscou o silêncio da oração, retirando-se do tumulto das multidões, do barulho das cidades, da agonia das demandas constantes das pessoas e discípulos, para subir ao monte e orar. O retiro deve acontecer como um compromisso de nós, carmelitas seculares, com Deus e também de nós com nossa vocação e caminho. Um momento de fortalecer as promessas e dar solidez à missão.

 

Esse fim de semana, como um bálsamo na caminhada, clareou tudo isso em nossos corações, além de fortalecer os vínculos de cada uma de nós como comunidade e como carmelita secular.

 

Alegremo-nos e Nele exultemos!!!!

Que assim seja para sempre!

 

Leidiane das Graças de Macedo Vitor

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