Papa: A vocação cristã é uma chamada de amor
0 comments
O êxodo, experiência fundamental da vocação
Franciscus PP.
Amados irmãos e irmãs!
1. O ícone apresenta-nos o
Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas, chama-as, alimenta-as e condu-las. Há
mais de 50 anos que, neste domingo, vivemos o Dia Mundial de Oração pelas
Vocações. Este dia sempre nos lembra a importância de rezar para que o «dono da
messe – como disse Jesus aos seus discípulos – mande trabalhadores para a sua
messe» (Lc 10, 2). Jesus dá esta ordem no contexto dum envio missionário:
além dos doze apóstolos, Ele chamou mais setenta e dois discípulos, enviando-os
em missão dois a dois (cf. Lc 10,1-16). Com efeito, se a Igreja «é,
por sua natureza, missionária» (Conc. Ecum. Vat. II., Decr. Ad
gentes, 2), a vocação cristã só pode nascer dentro duma experiência de
missão. Assim, ouvir e seguir a voz de Cristo Bom Pastor, deixando-se atrair e
conduzir por Ele e consagrando-Lhe a própria vida, significa permitir que o
Espírito Santo nos introduza neste dinamismo missionário, suscitando em nós o
desejo e a coragem jubilosa de oferecer a nossa vida e gastá-la pela causa do
Reino de Deus.
Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas, chama-as, alimenta-as e condu-las. Há
mais de 50 anos que, neste domingo, vivemos o Dia Mundial de Oração pelas
Vocações. Este dia sempre nos lembra a importância de rezar para que o «dono da
messe – como disse Jesus aos seus discípulos – mande trabalhadores para a sua
messe» (Lc 10, 2). Jesus dá esta ordem no contexto dum envio missionário:
além dos doze apóstolos, Ele chamou mais setenta e dois discípulos, enviando-os
em missão dois a dois (cf. Lc 10,1-16). Com efeito, se a Igreja «é,
por sua natureza, missionária» (Conc. Ecum. Vat. II., Decr. Ad
gentes, 2), a vocação cristã só pode nascer dentro duma experiência de
missão. Assim, ouvir e seguir a voz de Cristo Bom Pastor, deixando-se atrair e
conduzir por Ele e consagrando-Lhe a própria vida, significa permitir que o
Espírito Santo nos introduza neste dinamismo missionário, suscitando em nós o
desejo e a coragem jubilosa de oferecer a nossa vida e gastá-la pela causa do
Reino de Deus.
(Constituições OCDS, art.
25) A espiritualidade do Carmelo desperta no Secular o desejo de um compromisso
apostólico maior, ao dar-se conta de tudo o que implica sua chamada à Ordem.
Consciente da necessidade que tem o mundo do testemunho da presença de Deus[i],
responde ao convite que a Igreja dirige a todas as associações de fiéis
seguidores de Cristo, comprometendo-os com a sociedade humana por meio de uma
participação ativa nas metas apostólicas de sua missão no horizonte do próprio
carisma.
25) A espiritualidade do Carmelo desperta no Secular o desejo de um compromisso
apostólico maior, ao dar-se conta de tudo o que implica sua chamada à Ordem.
Consciente da necessidade que tem o mundo do testemunho da presença de Deus[i],
responde ao convite que a Igreja dirige a todas as associações de fiéis
seguidores de Cristo, comprometendo-os com a sociedade humana por meio de uma
participação ativa nas metas apostólicas de sua missão no horizonte do próprio
carisma.
2. A oferta da própria
vida nesta atitude missionária só é possível se formos capazes de sair de nós
mesmos. Por isso, neste 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de
refletir precisamente sobre um «êxodo» muito particular que é a vocação ou,
melhor, a nossa resposta à vocação que Deus nos dá. Quando ouvimos a palavra
«êxodo», ao nosso pensamento acodem imediatamente os inícios da maravilhosa
história de amor entre Deus e o povo dos seus filhos, uma história que passa
através dos dias dramáticos da escravidão no Egito, a vocação de Moisés, a
libertação e o caminho para a Terra Prometida. O segundo livro da Bíblia – o
Êxodo – que narra esta história constitui uma parábola de toda a história da
salvação e também da dinâmica fundamental da fé cristã. Na verdade, passar da
escravidão do homem velho à vida nova em Cristo é a obra redentora que se
realiza em nós por meio da fé (Ef 4, 22-24). Esta passagem é um real e
verdadeiro «êxodo», é o caminho da alma cristã e da Igreja inteira, a
orientação decisiva da existência para o Pai.
vida nesta atitude missionária só é possível se formos capazes de sair de nós
mesmos. Por isso, neste 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de
refletir precisamente sobre um «êxodo» muito particular que é a vocação ou,
melhor, a nossa resposta à vocação que Deus nos dá. Quando ouvimos a palavra
«êxodo», ao nosso pensamento acodem imediatamente os inícios da maravilhosa
história de amor entre Deus e o povo dos seus filhos, uma história que passa
através dos dias dramáticos da escravidão no Egito, a vocação de Moisés, a
libertação e o caminho para a Terra Prometida. O segundo livro da Bíblia – o
Êxodo – que narra esta história constitui uma parábola de toda a história da
salvação e também da dinâmica fundamental da fé cristã. Na verdade, passar da
escravidão do homem velho à vida nova em Cristo é a obra redentora que se
realiza em nós por meio da fé (Ef 4, 22-24). Esta passagem é um real e
verdadeiro «êxodo», é o caminho da alma cristã e da Igreja inteira, a
orientação decisiva da existência para o Pai.
(Constituições OCDS,
Proêmio) Todos os homens são chamados a participar na caridade da única
santidade de Deus: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt
5,48).
Proêmio) Todos os homens são chamados a participar na caridade da única
santidade de Deus: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt
5,48).
3. Na raiz de cada vocação
cristã, há este movimento fundamental da experiência de fé: crer significa
deixar-se a si mesmo, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centrar a
nossa vida em Jesus Cristo; abandonar como Abraão a própria terra pondo-se
confiadamente a caminho, sabendo que Deus indicará a estrada para a nova terra.
Esta «saída» não deve ser entendida como um desprezo da própria vida, do
próprio sentir, da própria humanidade; pelo contrário, quem se põe a caminho no
seguimento de Cristo encontra a vida em abundância, colocando tudo de si à
disposição de Deus e do seu Reino. Como diz Jesus, «todo aquele que tiver
deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna» (Mt 19, 29).
Tudo isto tem a sua raiz mais profunda no amor. De fato, a vocação cristã é,
antes de mais nada, uma chamada de amor que atrai e reenvia para além de si
mesmo, descentraliza a pessoa, provoca um «êxodo permanente do eu fechado em si
mesmo para a sua libertação no dom de si e, precisamente dessa forma, para o
reencontro de si mesmo, mais ainda para a descoberta de Deus» (Bento XVI, Carta
enc. Deus
caritas est, 6).
cristã, há este movimento fundamental da experiência de fé: crer significa
deixar-se a si mesmo, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centrar a
nossa vida em Jesus Cristo; abandonar como Abraão a própria terra pondo-se
confiadamente a caminho, sabendo que Deus indicará a estrada para a nova terra.
Esta «saída» não deve ser entendida como um desprezo da própria vida, do
próprio sentir, da própria humanidade; pelo contrário, quem se põe a caminho no
seguimento de Cristo encontra a vida em abundância, colocando tudo de si à
disposição de Deus e do seu Reino. Como diz Jesus, «todo aquele que tiver
deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna» (Mt 19, 29).
Tudo isto tem a sua raiz mais profunda no amor. De fato, a vocação cristã é,
antes de mais nada, uma chamada de amor que atrai e reenvia para além de si
mesmo, descentraliza a pessoa, provoca um «êxodo permanente do eu fechado em si
mesmo para a sua libertação no dom de si e, precisamente dessa forma, para o
reencontro de si mesmo, mais ainda para a descoberta de Deus» (Bento XVI, Carta
enc. Deus
caritas est, 6).
(Constituições OCDS, art.
22). O caminho da oração cristã exige viver a abnegação evangélica (Lc 9,23) no
cumprimento da própria vocação e missão, já que “oração e vida cômoda são
incompatíveis”[ii].
O Secular assumirá a partir da perspectiva da fé, da esperança e do amor, os
trabalhos e sofrimentos de cada dia, as preocupações familiares, a incerteza e
as limitações da vida humana, a enfermidade, a incompreensão e tudo aquilo que
constitui o tecido de nossa existência terrena.
22). O caminho da oração cristã exige viver a abnegação evangélica (Lc 9,23) no
cumprimento da própria vocação e missão, já que “oração e vida cômoda são
incompatíveis”[ii].
O Secular assumirá a partir da perspectiva da fé, da esperança e do amor, os
trabalhos e sofrimentos de cada dia, as preocupações familiares, a incerteza e
as limitações da vida humana, a enfermidade, a incompreensão e tudo aquilo que
constitui o tecido de nossa existência terrena.
4. A experiência do êxodo
é paradigma da vida cristã, particularmente de quem abraça uma vocação de
especial dedicação ao serviço do Evangelho. Consiste numa atitude sempre
renovada de conversão e transformação, em permanecer sempre em caminho, em
passar da morte à vida, como celebramos em toda a liturgia: é o dinamismo
pascal. Fundamentalmente, desde a chamada de Abraão até à de Moisés, desde o
caminho de Israel peregrino no deserto até à conversão pregada pelos profetas,
até à viagem missionária de Jesus que culmina na sua morte e ressurreição, a
vocação é sempre aquela ação de Deus que nos faz sair da nossa situação
inicial, nos liberta de todas as formas de escravidão, nos arranca da rotina e
da indiferença e nos projeta para a alegria da comunhão com Deus e com os
irmãos. Por isso, responder à chamada de Deus é deixar que Ele nos faça sair da
nossa falsa estabilidade para nos pormos a caminho rumo a Jesus Cristo, meta
primeira e última da nossa vida e da nossa felicidade.
é paradigma da vida cristã, particularmente de quem abraça uma vocação de
especial dedicação ao serviço do Evangelho. Consiste numa atitude sempre
renovada de conversão e transformação, em permanecer sempre em caminho, em
passar da morte à vida, como celebramos em toda a liturgia: é o dinamismo
pascal. Fundamentalmente, desde a chamada de Abraão até à de Moisés, desde o
caminho de Israel peregrino no deserto até à conversão pregada pelos profetas,
até à viagem missionária de Jesus que culmina na sua morte e ressurreição, a
vocação é sempre aquela ação de Deus que nos faz sair da nossa situação
inicial, nos liberta de todas as formas de escravidão, nos arranca da rotina e
da indiferença e nos projeta para a alegria da comunhão com Deus e com os
irmãos. Por isso, responder à chamada de Deus é deixar que Ele nos faça sair da
nossa falsa estabilidade para nos pormos a caminho rumo a Jesus Cristo, meta
primeira e última da nossa vida e da nossa felicidade.
(Constituições OCDS, 10).
Cristo é o centro da vida e da experiência cristãs. Os membros da Ordem Secular
são chamados a viver as exigências de seu seguimento em comunhão com ele,
aceitando seus ensinamentos e entregando-se a sua pessoa. Seguir Jesus é
participar em sua missão salvífica de proclamar a Boa Nova e de instaurar o
Reino de Deus (Mt 4,18-19). Há diversos modos de seguir Jesus: todos os
cristãos devem segui-lo, fazer dEle a norma de sua vida e estar dispostos a
cumprir três exigências fundamentais: colocar os vínculos familiares abaixo dos
interesses do Reino e da pessoa de Jesus (Mt 10,37-39; Lc 14,25-26); viver o
desapego das riquezas para demonstrar que a chegada do Reino não se apoia em
meios humanos e sim na força de Deus e na disponibilidade da pessoa humana
diante dEle (Lc 14,33); levar a cruz da aceitação da vontade de Deus
manifestada na missão que Ele confia a cada um (Lc 14,27; 9,23).
Cristo é o centro da vida e da experiência cristãs. Os membros da Ordem Secular
são chamados a viver as exigências de seu seguimento em comunhão com ele,
aceitando seus ensinamentos e entregando-se a sua pessoa. Seguir Jesus é
participar em sua missão salvífica de proclamar a Boa Nova e de instaurar o
Reino de Deus (Mt 4,18-19). Há diversos modos de seguir Jesus: todos os
cristãos devem segui-lo, fazer dEle a norma de sua vida e estar dispostos a
cumprir três exigências fundamentais: colocar os vínculos familiares abaixo dos
interesses do Reino e da pessoa de Jesus (Mt 10,37-39; Lc 14,25-26); viver o
desapego das riquezas para demonstrar que a chegada do Reino não se apoia em
meios humanos e sim na força de Deus e na disponibilidade da pessoa humana
diante dEle (Lc 14,33); levar a cruz da aceitação da vontade de Deus
manifestada na missão que Ele confia a cada um (Lc 14,27; 9,23).
5. Esta dinâmica do êxodo
diz respeito não só à pessoa chamada, mas também à atividade missionária e
evangelizadora da Igreja inteira. Esta é verdadeiramente fiel ao seu Mestre na
medida em que é uma Igreja «em saída», não preocupada consigo mesma, com as
suas próprias estruturas e conquistas, mas sim capaz de ir, de se mover, de
encontrar os filhos de Deus na sua situação real e compadecer-se das suas
feridas. Deus sai de Si mesmo numa dinâmica trinitária de amor, dá-Se conta da
miséria do seu povo e intervém para o libertar (Ex 3, 7). A este modo de
ser e de agir, é chamada também a Igreja: a Igreja que evangeliza sai ao
encontro do homem, anuncia a palavra libertadora do Evangelho, cuida as feridas
das almas e dos corpos com a graça de Deus, levanta os pobres e os
necessitados.
diz respeito não só à pessoa chamada, mas também à atividade missionária e
evangelizadora da Igreja inteira. Esta é verdadeiramente fiel ao seu Mestre na
medida em que é uma Igreja «em saída», não preocupada consigo mesma, com as
suas próprias estruturas e conquistas, mas sim capaz de ir, de se mover, de
encontrar os filhos de Deus na sua situação real e compadecer-se das suas
feridas. Deus sai de Si mesmo numa dinâmica trinitária de amor, dá-Se conta da
miséria do seu povo e intervém para o libertar (Ex 3, 7). A este modo de
ser e de agir, é chamada também a Igreja: a Igreja que evangeliza sai ao
encontro do homem, anuncia a palavra libertadora do Evangelho, cuida as feridas
das almas e dos corpos com a graça de Deus, levanta os pobres e os
necessitados.
(Constituições OCDS,
Epílogo) Como Seculares, filhos e filhas de Teresa de Jesus e João da Cruz,
estão chamados a “ser perante o mundo testemunhas da ressurreição e vida do
Senhor Jesus e sinal do Deus vivo”[iii],
mediante uma vida de oração, de um serviço evangelizador e por meio do
testemunho de uma comunidade cristã e carmelitana. “Todos juntos e cada um, na
medida de suas possibilidades, devem alimentar o mundo com frutos espirituais
(cf. Gal 5,22) e difundir nele o espírito pelo qual são animados os pobres, os
mansos e os pacíficos, que o Senhor, no Evangelho, proclamou bem-aventurados
(cf. Mt 5,3-9). Numa palavra, ‘o que a alma é no corpo, isto sejam no mundo os
cristãos [carmelitas]’”[iv].
Epílogo) Como Seculares, filhos e filhas de Teresa de Jesus e João da Cruz,
estão chamados a “ser perante o mundo testemunhas da ressurreição e vida do
Senhor Jesus e sinal do Deus vivo”[iii],
mediante uma vida de oração, de um serviço evangelizador e por meio do
testemunho de uma comunidade cristã e carmelitana. “Todos juntos e cada um, na
medida de suas possibilidades, devem alimentar o mundo com frutos espirituais
(cf. Gal 5,22) e difundir nele o espírito pelo qual são animados os pobres, os
mansos e os pacíficos, que o Senhor, no Evangelho, proclamou bem-aventurados
(cf. Mt 5,3-9). Numa palavra, ‘o que a alma é no corpo, isto sejam no mundo os
cristãos [carmelitas]’”[iv].
6. Amados irmãos e irmãs,
este êxodo libertador rumo a Cristo e aos irmãos constitui também o caminho
para a plena compreensão do homem e para o crescimento humano e social na
história. Ouvir e receber a chamada do Senhor não é uma questão privada e intimista
que se possa confundir com a emoção do momento; é um compromisso concreto, real
e total que abraça a nossa existência e a põe ao serviço da construção do Reino
de Deus na terra. Por isso, a vocação cristã, radicada na contemplação do
coração do Pai, impele simultaneamente para o compromisso solidário a favor da
libertação dos irmãos, sobretudo dos mais pobres. O discípulo de Jesus tem o
coração aberto ao seu horizonte sem fim, e a sua intimidade com o Senhor nunca
é uma fuga da vida e do mundo, mas, pelo contrário, «reveste essencialmente a
forma de comunhão missionária» (Exort. ap. Evangelii
Gaudium, 23).
este êxodo libertador rumo a Cristo e aos irmãos constitui também o caminho
para a plena compreensão do homem e para o crescimento humano e social na
história. Ouvir e receber a chamada do Senhor não é uma questão privada e intimista
que se possa confundir com a emoção do momento; é um compromisso concreto, real
e total que abraça a nossa existência e a põe ao serviço da construção do Reino
de Deus na terra. Por isso, a vocação cristã, radicada na contemplação do
coração do Pai, impele simultaneamente para o compromisso solidário a favor da
libertação dos irmãos, sobretudo dos mais pobres. O discípulo de Jesus tem o
coração aberto ao seu horizonte sem fim, e a sua intimidade com o Senhor nunca
é uma fuga da vida e do mundo, mas, pelo contrário, «reveste essencialmente a
forma de comunhão missionária» (Exort. ap. Evangelii
Gaudium, 23).
(Constituições OCDS,
Epílogo) Eles são chamados a “dar testemunho de como a fé cristã […]
constitui a única resposta plenamente válida para os problemas e as
expectativas que a vida põe a cada pessoa e a cada sociedade”[v]. Isto o realizarão como Seculares se, a partir
de uma contemplação comprometida, conseguem testemunhar em sua vida familiar e
social de cada dia “a unidade de uma vida que no Evangelho encontra inspiração
e força para se realizar em plenitude”
Epílogo) Eles são chamados a “dar testemunho de como a fé cristã […]
constitui a única resposta plenamente válida para os problemas e as
expectativas que a vida põe a cada pessoa e a cada sociedade”[v]. Isto o realizarão como Seculares se, a partir
de uma contemplação comprometida, conseguem testemunhar em sua vida familiar e
social de cada dia “a unidade de uma vida que no Evangelho encontra inspiração
e força para se realizar em plenitude”
7. Esta dinâmica de êxodo
rumo a Deus e ao homem enche a vida de alegria e significado. Gostaria de o
dizer sobretudo aos mais jovens que, inclusive pela sua idade e a visão do
futuro que se abre diante dos seus olhos, sabem ser disponíveis e generosos. Às
vezes, as incógnitas e preocupações pelo futuro e a incerteza que afeta o
dia-a-dia encerram o risco de paralisar estes seus impulsos, refrear os seus
sonhos, a ponto de pensar que não vale a pena comprometer-se e que o Deus da fé
cristã limita a sua liberdade. Ao invés, queridos jovens, não haja em vós o
medo de sair de vós mesmos e de vos pôr a caminho! O Evangelho é a Palavra que
liberta, transforma e torna mais bela a nossa vida. Como é bom deixar-se
surpreender pela chamada de Deus, acolher a sua Palavra, pôr os passos da vossa
vida nas pegadas de Jesus, na adoração do mistério divino e na generosa
dedicação aos outros! A vossa vida tornar-se-á cada dia mais rica e feliz.
rumo a Deus e ao homem enche a vida de alegria e significado. Gostaria de o
dizer sobretudo aos mais jovens que, inclusive pela sua idade e a visão do
futuro que se abre diante dos seus olhos, sabem ser disponíveis e generosos. Às
vezes, as incógnitas e preocupações pelo futuro e a incerteza que afeta o
dia-a-dia encerram o risco de paralisar estes seus impulsos, refrear os seus
sonhos, a ponto de pensar que não vale a pena comprometer-se e que o Deus da fé
cristã limita a sua liberdade. Ao invés, queridos jovens, não haja em vós o
medo de sair de vós mesmos e de vos pôr a caminho! O Evangelho é a Palavra que
liberta, transforma e torna mais bela a nossa vida. Como é bom deixar-se
surpreender pela chamada de Deus, acolher a sua Palavra, pôr os passos da vossa
vida nas pegadas de Jesus, na adoração do mistério divino e na generosa
dedicação aos outros! A vossa vida tornar-se-á cada dia mais rica e feliz.
(Constituições OCDS, art.
18). A oração, diálogo de amizade com Deus, deve nutrir-se de sua Palavra para
que este diálogo possa se realizar, pois “a Deus falamos quando oramos, a Deus
escutamos quando lemos suas palavras”[vi].
A Palavra de Deus alimentará a experiência contemplativa do Secular e sua
missão no mundo. Além da contemplação pessoal, a escuta da Palavra deve
favorecer uma contemplação que leve a compartilhar a experiência de Deus na
comunidade da Ordem Secular
18). A oração, diálogo de amizade com Deus, deve nutrir-se de sua Palavra para
que este diálogo possa se realizar, pois “a Deus falamos quando oramos, a Deus
escutamos quando lemos suas palavras”[vi].
A Palavra de Deus alimentará a experiência contemplativa do Secular e sua
missão no mundo. Além da contemplação pessoal, a escuta da Palavra deve
favorecer uma contemplação que leve a compartilhar a experiência de Deus na
comunidade da Ordem Secular
8. A Virgem Maria, modelo
de toda a vocação, não teve medo de pronunciar o seu «fiat» à chamada do
Senhor. Ela acompanha-nos e guia-nos. Com a generosa coragem da fé, Maria
cantou a alegria de sair de Si mesma e confiar a Deus os seus planos de vida. A
Ela nos dirigimos pedindo para estarmos plenamente disponíveis ao desígnio que
Deus tem para cada um de nós; para crescer em nós o desejo de sair e caminhar,
com solicitude, ao encontro dos outros (cf. Lc 1, 39). A Virgem Mãe
nos proteja e interceda por todos nós.
de toda a vocação, não teve medo de pronunciar o seu «fiat» à chamada do
Senhor. Ela acompanha-nos e guia-nos. Com a generosa coragem da fé, Maria
cantou a alegria de sair de Si mesma e confiar a Deus os seus planos de vida. A
Ela nos dirigimos pedindo para estarmos plenamente disponíveis ao desígnio que
Deus tem para cada um de nós; para crescer em nós o desejo de sair e caminhar,
com solicitude, ao encontro dos outros (cf. Lc 1, 39). A Virgem Mãe
nos proteja e interceda por todos nós.
(Constituições OCDS, art.
30) Maria é também ideal e inspiração para o Secular. Ela vive próxima às
necessidades dos irmãos, preocupando-se com elas (Lc 1,39-45; Jo 2,1-12; At
1,14). Ela, “o ícone mais perfeito da liberdade e da libertação da humanidade e
do cosmos”[vii],
ajuda a compreender o sentido da missão. Ela, Mãe e Irmã, que nos precede na
peregrinação da fé e no seguimento do Senhor Jesus, acompanha a cada um, para
que a imitem em sua vida escondida em Cristo e comprometida com o serviço aos
outros.
30) Maria é também ideal e inspiração para o Secular. Ela vive próxima às
necessidades dos irmãos, preocupando-se com elas (Lc 1,39-45; Jo 2,1-12; At
1,14). Ela, “o ícone mais perfeito da liberdade e da libertação da humanidade e
do cosmos”[vii],
ajuda a compreender o sentido da missão. Ela, Mãe e Irmã, que nos precede na
peregrinação da fé e no seguimento do Senhor Jesus, acompanha a cada um, para
que a imitem em sua vida escondida em Cristo e comprometida com o serviço aos
outros.
Mensagem do Papa Francisco para o 52º dia mundial de oração pelas vocações
ARQUIVO-OCDS
Vaticano, 29 de Março –
Domingo de Ramos – de 2015.
Domingo de Ramos – de 2015.