NOVENA DE SÃO JOSÉ 2024 – Imitai o silêncio de São José – 9º Dia

Nesse nono dia de novena a São José, nosso último dia de novena, vamos nos preparar para o dia de amanhã: dia do Glorioso São José. Em nossa busca de interioridade e com o auxilio de São José, convido você acalmar o corpo e a alma das distrações. Inspire e expire profundamente… permita se sentir no momento presente… visualize a presença de Jesus em você. E chame o Espírito Santo… o educador das almas, a brisa leve… vem Espírito Santo…

Hoje iremos refletir sobre a nossa vocação à união de amor com Deus.

No Evangelho de São João 14, 23, Jesus declara: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada”…

Como nos é importante a consciência profunda de que, longe de trazermos um vazio no peito, somos habitados por Deus… Um Deus que nos ama, que nos chama a permanecermos nEle… A desejar que adentremos numa vida intratrinitária, fruto de um processo… fruto da ação da Graça divina, que opera poderosamente em nós, a medida em que vamos nos dispondo à ela, pela via da oração, do desapego, do conhecimento próprio, da humildade… da caridade…

Garrigou-Lagrange, em seu livro “As Três Idades da Vida Interior”, ao tratar da “via unitiva dos perfeitos”, citando São João da Cruz, escreve: “A alma está transformada em seu Deus. A transformação é plena. Pode-se aplicar a ela aquilo que São Paulo diz aos Gálatas (2,20): “Vivo, já não eu, mas é Cristo que vive em mim” .

Prossegue o autor: “Assim, o matrimônio espiritual é para São João da Cruz a união do perfeito amor. Mas o perfeito amor está na via normal; todos são chamados ao perfeito amor, é o fim último de nossa vida sobre a terra: “Finis autem praecepti est caritas” (1 Tm 1,5).

Que bonito: “todos são chamados ao perfeito amor”… É o que lemos em Efésios 1, 3-4: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo. Nele nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor”. Oh, doce e terna vocação do ser humano! Como nos ensina o Santo Padre São João da Cruz: “a alma já é movida em tudo pelo espírito de Deus, como verdadeira filha de Deus, conforme ensina São Paulo: “Todos os que são movidos pelo Espírito de Deus, estes são os filhos de Deus (Rm 8,14)” (cf. Ch2, 34).

Que possamos rezar junto com Santa Teresinha: “…eis a minha oração: peço a Jesus que me atraia nas chamas de seu amor, que me una tão estreitamente a Si, que seja Ele quem viva e aja em mim” (cf. MC 36f). Daí os frutos são preciosos, como contemplamos em toda a vida de São José.

Repleto do amor de Deus, fez de sua vida um serviço- escreve o Papa Francisco– “um sacrifício, ao mistério da encarnação e à conjunta missão redentora; em ter usado da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida, do seu trabalho; em ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação sobre-humana de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado ao serviço do Messias nascido na sua casa”  (Cf. Carta Apostólica Patris Corde).

A Carta ainda afirma : “A grandeza de São José consiste no fato de ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como tal, afirma São João Crisóstomo, «colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico”.

Sem dúvida, como Papa Francisco nos exorta:

“Os Santos ajudam todos os fiéis  a tender à santidade e perfeição do próprio estado. A sua vida é uma prova concreta de que é possível viver o Evangelho”.

Peça ao Senhor, pela intercessão de São José, a graça de acreditar e de acolher o convite sublime à santidade, a uma vida de união de amor… E o próprio Jesus nos exorta:  “Permanecei em mim, como Eu em vós”…

“Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, se abrirá” (cf. Lc 11, 9-10).

Silencie …deixe que o Senhor possa operar em sua vida… almeje a simplicidade e a humildade do nosso querido São José, que ao se entregar a Deus, foi elevado à santidade, a uma vida de união mística de amor .