NOVENA DE SÃO JOSÉ 2024 – Imitai o silêncio de São José – 6º Dia

Nesse sexto dia de novena a São José, continuamos a meditação silenciosa, com o coração mais determinado na busca de interioridade, convido você a acalmar o corpo e a alma das distrações. Inspire e expire profundamente… permita se sentir no momento presente… visualize a presença de Jesus em você. E chame o Espírito Santo… o educador das almas, a brisa leve… vem Espírito Santo…

Vamos refletir sobre o pecado do orgulho. Esse vício capital é considerado a mãe de todos os outros vícios, assim como sua virtude oposta, a humildade, é mãe de todas as virtudes.

Foi pelo orgulho que os anjos se tornaram demônios, e é pela humildade que os homens pode se tornar como anjos, conforme dizia Santo Agostinho.

Garrigou – Lagrange já alertava que do orgulho nascem outros defeitos, que são a presunção, a ambição e a vanglória:

“A presunção é o desejo e a esperança desordenada de fazer coisas além das forças”; já na ambição “por se presumir demais de suas forças e se julgar superior aos outros, a gente quer domina-los, impor-lhes suas próprias ideias em matéria de doutrina, ou governa-las”; e por fim, a vanglória ” isto é, a querer ser estimado pessoalmente, sem remeter a glória a Deus, fonte de todo o bem, e muitas vezes a querer ser estimado por coisas vãs”.

São João da Cruz também nos mostra como o orgulho espiritual  atrapalha nossa santificação descrevendo o estado das pessoas que caem nesse vício: “em razão de seu estado de imperfeição, eles encontram até em seu fervor uma fonte de secreto orgulho, pois acabam por se comprazer em suas obras e estimar a si mesmos (…) e acreditaríamos ouvir o fariseu, que pensava louvar a Deus gabando – se de suas obras e desprezando o publicano”.

Em resumo, o orgulho consiste em atribuir a nós mesmos o bem que recebemos gratuitamente de Deus.

O remédio para esse vício perigosíssimo é justamente saber reconhecer a grandeza de Deus. Ao vermos que os dons que temos não são nossos, mas foram dados gratuitamente por Deus, e que muitas vezes somos ingratos por esses dons, começamos a viver em uma atitude de simplicidade, reconhecendo nossas imperfeições e dando graças a Deus pelo bem que vemos em nós, sabendo que esse bem provém Dele, e não de nós. Reconhecendo esse verdade nos tornamos humildes, pois, como dizia Santa Teresa, humildade é caminhar na verdade.

Pensemos em nosso Pai São José e em sua humildade. Em toda a Sagrada Escritura não é citada nenhuma frase sua, apenas é relatada sua atitude silenciosa de prontidão em fazer a vontade de Deus, sempre pronto em realizar aquilo que o anjo lhe falava.

Mesmo sendo decendente dos Reis de Judá, ele aceitou viver na pobreza, inclusive oferecendo o sacrifício próprio dos pobres, quando apresentou o Menino Jesus no Templo. Também o vemos aceitando o exílio no Egito. Essas atitudes de resiliência e prontidão perante a vontade divina mostram o quanto nosso Santo Patriarca confiava em Deus, jamais atribuindo a si algum privilégio.

Peçamos que São José nos ajude a viver a humildade, vencendo nosso orgulho e dando a glória devida ao Bom Deus.