NOVENA DE SÃO JOSÉ 2024 – Imitai o silêncio de São José – 5º Dia

Nesse quinto dia de novena a São José, após já iniciarmos o silêncio proposto, buscando refletir nas potências da alma, hoje iremos começar a refletir os pecados capitais, que são como uma mola propulsoras para a queda de muitas outras virtudes. Hoje iremos tratar da Lascívia, ou sensualidade. Com o coração mais determinado na busca de interioridade, convido você acalmar o corpo e a alma das distrações. Inspire e expire profundamente… permita se sentir no momento presente… visualize a presença de Jesus em você. E chame o Espírito Santo… o educador das almas, a brisa leve… vem Espírito Santo…

“Se o teu olho é para ti causa de queda, arranca-o… se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a…é preferível perder um só dos teus membros, a que teu corpo inteiro seja atirado na geena” ( Mt 5, 29-30)

A sensualidade é a vivência desordenada das virtudes infusas recebidas no batismo. Os dons de Deus que recebemos são para a doação generosa de si mesmo ao mundo e não para satisfazer aos nossos desejos egoístas.

Vivemos em um mundo hedonista. Tudo transpira sensualidade porque o homem está cada vez mais voltado a si mesmo. A castidade é uma virtude cada vez mais escondida. A sensualidade se manifestas nas desordens de alegria, alimentação, relações interpessoais, vestimentas, casamentos, namoros, amizades, trabalho…tudo está muito sensível e pouco espiritual.

Nesse tempo de novena e de quaresma, propomos a busca da pureza, com determinada determinação… “Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.”Mt 5,8 … São João da Cruz nos fala em 3S 40,2,  sobre como nossos sentidos desordenados nos afastam do essencial: “a alma acostumada a saborear a devoção sensível, jamais conseguirá chegar à força do deleite espiritual achado na desnudez do espírito mediante o recolhimento interior.”  Por isso, Adolphe Tanquerey, nos afirma sobre a sensualidade: “O equilíbrio das faculdades é rompido; o corpo e a volúpia passam a comandar; a vontade torna-se escrava das paixões, e em pouco tempo revolta-se contra Deus.”  O mesmo autor nos mostra o remédio contra a sensualidade: “convicções profundas de lutar contra o vício, fugir das ocasiões perigosas, mortificação e oração.” E nesse caminho, para purificar o coração e sair do mundo da sensualidade, é preciso o silêncio da alma diante de Deus, no abandono de si mesmo, permitindo que Deus realize em nós aquilo que Ele deseja. Creiamos que isso é possível! São João da Cruz nos afirma: “Deus realiza maior obra purificando os corações do que criando-as do nada.” Essa é a maior obra que Deus quer realizar em nós hoje! …

São José é o exemplo do homem casto, junto com a Virgem Maria. Souberam se abandonar inteiramente nas mãos de Deus. Desse ser casto, nasceram muitas virtudes em sua alma, porque a castidade é o terreno fértil onde Deus faz sua morada.  Busquemos, com toda força e empenho, vivermos a castidade, para que possamos dizer como Santa Teresinha: “A castidade me torna irmã dos anjos. Desses espíritos puros e vitoriosos…A castidade é a celeste espada, que pode lhe conquistar os corações. A castidade é minha arma invencível. Por ela eu me torno, ó felicidade indizível, a Esposa de Jesus.”( PN 48,3).