7º DIA DO RETIRO COM SANTA ELISABETE DA TRINDADE

7º DIA DO RETIRO COM SANTA ELISABETE DA TRINDADE

COMO ENCONTRAR O CÉU NA TERRA

Sugerimos que você escolha um lugar silencioso, livre de distrações.

Você pode acender uma vela…fique em postura de oração…

Peça a presença do Espírito Santo… deixe-se conduzir por Deus na oração! Sinta-se no centro da Trindade Santa… Leia o texto de Elisabete da Trindade e, após ler o texto, ouça o vídeo.

 

Ave Maria…

Pai Nosso…

Glória ao Pai….

ORAÇÃO INICIAL

 

Saber que um ser chamado amor habita em mim, foi o que fez a mina vida um céu sem fim. Crer que um ser chamado amor habita em mim, a todo instante, do dia e da noite, foi isto que fez de minha vida aqui um céu. Um céu antecipado em minha alma com meus três. Agora somos um meu único amor, no interior da alma, onde acontece a divina união contigo!”

Amém

Sétimo dia – CT 22 – 25

Nosso exemplar divino – Novos horizontes da alma – Portadores da imagem de Deus – Quem é mais santo? – Irradiação divina sobre a alma – União total com Deus, nossa imagem.

Primeira oração


22. “Deus nos escolheu nele, antes da criação do mundo, para sermos santos e imaculados em sua presença, no amor”Ef 1,4

“A Santíssima Trindade nos criou à sua imagem, de acordo com o exemplar eterno que ela possuía de nós em seu seio, antes da criação do mundo” “naquele principio sem princípio” de que fala Bossuet com base em São João: “In principio erat Verbum”, “no principio existia o Verbo”. E pode-se acrescentar: no começo era o nada, porque Deus em sua eterna solidão já nos trazia em seu pensamento ” O Pai contempla-se a si mesmo no abismo de sua fecundidade, e eis que, pelo mesmo ato de se compreender, ele gera outra Pessoa, o Filho, seu Verbo eterno. O tipo de todas as criaturas, que ainda não tinham saído do nada, residia eternamente nele, e Deus as via e contemplava no seu tipo, isto é, em si mesmo. Esta vida eterna que nossos tipos possuem sem nós em Deus é a causa de nossa criação”.

23. Nossa essência criada exige o reencontro com seu princípio. O Verbo, esplendor do Pai, é o tipo eterno no qual são desenhadas as criaturas no dia de sua criação. Eis por que Deus quer que, livres de nós mesmos, elevemos os braços para nosso exemplar e que o possuamos, elevando-nos sobre todas as coisas em direção a nosso modelo. Esta contemplação abre horizontes inesperados à alma e ela já “possui certo modo a coroa a que aspira”. As imensas riquezas que Deus possui por natureza, nós podemos possuir pela virtude do amor, por sua inabitação em nós, por nossa inabitação nele. ” É por essa virtude de amor imenso” que nós somos atraídos para o mais profundo de nosso santuário interior, onde Deus “imprime em nós uma certa imagem de sua majestade”. Portanto, é graças ao amor e pelo amor, como diz o Apóstolo, que podemos ser imaculados e santos na presença de Deus e cantar com Davi: “Serei sem mancha e me defenderei da profunda iniqüidade que está em mim” Sl 17,24

Segunda oração

24.”Sede santos porque eu sou santo” 1Pd 1,16
É o Senhor quem fala assim. “Qualquer que seja o nosso modo de vida ou o hábito que levamos, cada um de nós deve ser o santo de Deus Quem é, pois, o mais santo? É aquele que mais ama, aquele que mais olha para Deus e que atende mais plenamente às exigências do seu olhar. Como satisfazer as exigências desse olhar de Deus? Permanecendo simples e amorosamente voltado para ele, a fim de que ele possa espelhar sua própria imagem, como o sol se espelha através de um puro cristal. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”: tal foi o grande desejo do coração de nosso Deus. “Sem a semelhança que vem da graça, a condenação eterna nos espera. Quando Deus nos vê capazes de receber sua graça, sua livre bondade está disposta a nos outorgar o dom que nos assemelha a Ele. Nossa aptidão para receber sua graça depende da integridade interior com a qual nós nos movemos para ele. E Deus, comunicando-nos seus dons, pode então se dar a nós, imprimir em nós sua semelhança, absolver-nos e libertar-nos”

25. “A mais alta perfeição nesta vida, diz um piedoso autor, consiste em ficar de tal modo unido a Deus, que a alma com todas as suas faculdades e suas potências fique recolhida em Deus; que suas afeições unidas nas alegrias do amor não encontrem descanso senão na posse do Criador. A imagem de Deus impressa na alma é, com efeito, constituída pela razão, pela memória e pela vontade. Enquanto estas faculdades não trazem a imagem perfeita de Deus, elas não se assemelham a ele como no dia da criação. A forma da alma é Deus, que deve imprimir-se ai como o carimbo na cera, como a marca em seu objeto. Ora, isto só se realiza plenamente se a razão estiver esclarecida pelo conhecimento de Deus; se a vontade estiver presa ao amor do bem soberano; se a memória estiver totalmente absorvida na contemplação e no gozo da eterna felicidade. E como a glória dos bem-aventurados não é outra coisa senão a perfeita posse desse estado, fica claro que a posse começada destes bens constitui a perfeição nesta vida. Para realizar este ideal é preciso manter-se recolhido dentro de si mesmo, manter-se em silêncio na presença de Deus, enquanto a alma se abisma, se dilata, se inflama e se funde nele com uma plenitude sem limites”.

Reflexões

 

Sugerimos agora que você permaneça em lugar silencioso.

Peça mais uma vez o auxílio do Espírito Santo. Deixe-se conduzir pelos “Gemidos inefáveis” do Espírito.

Ouça o áudio e coloque-se em oração profunda

 

SANTA ELISABETE DA TRINDADE, ROGAI POR NÓS!

Referência Bibliográfica

ELISABETE DA TRINDADE, Obras Completas. Ed. Vozes; São Paulo. 1993. Como Encontrar o Céu na Terra, 1-44

Ana Catarina da Santíssima Trindade, ocds – Comunidade Senhora do Carmo

Comissão de Espiritualidade

Província São José

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