
Teresa de Jesus dos Andes – Jesus é a nossa alegria infinita!
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Há astros de primeira grandeza em cuja órbita movem-se outros astros menores. Há sol e lua e há inúmeras, distintas, todas belas, ….. Santa Teresa, ao reformar o Carmelo deixou o exemplo de uma mulher santa e incomparável nas suas crenças e no amor a suas filhas e à Ordem Descalça constituída. Quando se lê em “A secretária de Santa Teresa”, escrito a partir da história da Beata Ana de São Bartolomeu, que esta foi um dos astros que girou em torno da Madre, pode-se aplicar este mesmo raciocínio para a Santa que lembramos neste 13 de julho. A Santa Madre disse em certa ocasião: “Ana, Ana, tu tens as obras e eu tenho a fama….” Assim, para a narrativa entre Santa Teresa e Ana de São Bartolomeu podemos ver que esta contagiante história de beleza continuou florescendo entre as filhas carmelitas descalças. E esta história que nasceu no velho continente, chegou definitivamente ao continente americano, emergindo pela vida e silêncio de uma jovem chilena que até no nome propagou o espírito dos ensinamentos de vossa Mãe Teresa.
Nos seus escritos, Teresa dos Andes deixa um profundo significado de um testamento de santidade – simples e acessível, centrada na máxima evangélica do amar, sofrer, orar e servir. Como disse o Papa João Paulo II em seu discurso de Beatificação de Teresa dos Andes: o segredo de sua perfeição, como não podia deixar de ser, é o amor. Um grande amor a Cristo, por quem ela sente fascinada e que a leva a consagrar-se a Ele para sempre, e a participar no mistério de Sua paixão e da Sua Ressurreição. Ao mesmo tempo, sente um amor filial à Virgem Santíssima que a estimula a imitar em suas virtudes.
Pela reflexão e análise dos escritos de Teresa dos Andes (sintetizados em diários e cartas diversas) pode parecer que teve uma extensa vida no seio do Carmelo. Embora tenha vivido no claustro apenas 11 meses, alguns fatos chamam atenção pela pureza e espiritualidade presente. Com apenas 7 anos sente uma devoção a Ssma. Virgem, prometendo-lhe rezar todos os dias o santo rosário. Participa da celebração eucarística diariamente com sua mãe e com 10 anos fará sua primeira comunhão e destacará de forma histórica e bela que aquele dia foi “sem nuvens”. Desse dia em diante comungará todos os dias e terá com Jesus uma comunicação constante. Devido a sua devoção a Imaculada, entre os anos de 1911 a 1914, no dia 8 de dezembro ficará sempre doente neste mesmo dia.
Com 15 anos e pela relação de união familiar percebe que será muito difícil viver longe de seus pais e irmãos, mas observa que a voz de Deus manda mais e deverá seguir Jesus ao fim do mundo se Ele desejar. Por Ele deixará tudo para se ocultar atrás das grades do Carmelo, onde se fará menos indigna e realizará seus votos esponsais. Porém, pela suas frágeis condições de saúde e delicadeza, ouvirá que a Ordem Carmelitana é muito austera e não será conveniente para ela. Posteriormente, suas dúvidas serão sanadas, por quem? Ela mesma nos explica: “Mostrou-me sua grandeza e meu nada e me disse que havia me escolhido para vítima. Que subisse com Ele ao Calvário. Que empreenderíamos juntos a conquista das almas: Ele, Capitão, e eu soldado. Nossa arma, a Cruz. A divisa, o amor. Disse-me que seria carmelita; que não desconfiasse; que não falasse a ninguém pois tratariam de persuadir-me. Enfim, que não fosse senão d’Ele: virgem, intata e pura. Com 19 anos, fará sua primeira visita a um Carmelo e ao chegar a Los Andes, nos conta que encontra uma casa pobre e velha. Sua pobreza me falou ao coração e senti-me atraída a ele. Neste dia sentiu-se aniquilada diante de Deus, sua alma chorava de agradecimento, sentia-se feliz e satisfeita. Via seu Jesusinho sorridente e pensava que algum dia estaria ali naquele coro, com aqueles anjos. De fato, a profecia se cumpriu e no dia 7 de maio de 1919 ingressa no Carmelo mais pobre do Chile para perseverar nos ensinamentos de seu pai João da Cruz e sua mãe Teresa de Jesus. De Juanita, passará a se chamar Teresa de Jesus dos Andes e viverá com as Irmãs apenas até 12 de abril do ano seguinte. Sua missão estava concluída – pouco tempo na escala física que o medimos, mas eterno para o relógio da santidade – daqueles que do pouco fizeram muito, das pequenas e humildes sementes construíram um grande jardim e que como seu pai espiritual São João da Cruz soube colocar o amor, onde não havia amor e assim colheu o eterno amor do Criador.
Neste 13 de julho estaríamos comemorando 109 anos de Teresa dos Andes. Para um mundo que se materializa de forma intensa e para uma juventude que se mostra escassa de verdadeiros valores, a espiritualidade deixada por mais esta filha da Madre Teresa ressoa como atual para a sociedade que tão urgentemente necessidade de verdadeiros modelos. Em seu conventinho do Espírito Santo, a jovem Teresa dos Andes, em setembro de 1.919, em carta escrita para uma amiga, sintetiza um pouco do que o seu Jesusinho representa para sua vida e de como concebe a vida religiosa de uma carmelita. Ela nos diz: “que coisa mais preciosa para a alma que ama do que passar a vida junto ao sacrário! Ele, prisioneiro por seu amor, e ela também. Nada os separa, nenhuma preocupação. Só devem amar-se, e perder-se a criatura em seu Bem infinito. Ele lhe abre seu coração e ali a faz viver esquecida de tudo o que é do mundo, porque lhe revela seus encantos infinitos, à vista dos quais tudo mais é vaidade. Ele a estreita e a une a Si. E a alma, apaixonada e fora de si diante da ternura de um Deus, deixa as criaturas, e só quer viver a sós com o Amor. A carmelita consagra seu coração inteiramente, despojando-se de tudo pela pobreza mais completa e não dando a si mesma a mínima comodidade. Por fim, seu corpo se oferece em sacrifício, submetendo-se às mais rudes penitências. O que fica da carmelita? O nada, e mesmo seu nada ela sepulta em silêncio dentro do coração adorável de seu Deus”. Com esta bela definição da vida de uma carmelita e de sua vida religiosa, Teresa dos Andes no amor experimentado a Virgem do Carmo e ao Pai nos mostra quão límpida foi à fonte de seus ensinamentos, vividos em pouco tempo no seu pombalzinho do Espírito Santo em Los Andes, mas que continua com sua fragância viva para todos que buscam a verdadeira espiritualidade cristã.
Nos seus escritos, Teresa dos Andes deixa um profundo significado de um testamento de santidade – simples e acessível, centrada na máxima evangélica do amar, sofrer, orar e servir. Como disse o Papa João Paulo II em seu discurso de Beatificação de Teresa dos Andes: o segredo de sua perfeição, como não podia deixar de ser, é o amor. Um grande amor a Cristo, por quem ela sente fascinada e que a leva a consagrar-se a Ele para sempre, e a participar no mistério de Sua paixão e da Sua Ressurreição. Ao mesmo tempo, sente um amor filial à Virgem Santíssima que a estimula a imitar em suas virtudes.
Pela reflexão e análise dos escritos de Teresa dos Andes (sintetizados em diários e cartas diversas) pode parecer que teve uma extensa vida no seio do Carmelo. Embora tenha vivido no claustro apenas 11 meses, alguns fatos chamam atenção pela pureza e espiritualidade presente. Com apenas 7 anos sente uma devoção a Ssma. Virgem, prometendo-lhe rezar todos os dias o santo rosário. Participa da celebração eucarística diariamente com sua mãe e com 10 anos fará sua primeira comunhão e destacará de forma histórica e bela que aquele dia foi “sem nuvens”. Desse dia em diante comungará todos os dias e terá com Jesus uma comunicação constante. Devido a sua devoção a Imaculada, entre os anos de 1911 a 1914, no dia 8 de dezembro ficará sempre doente neste mesmo dia.
Com 15 anos e pela relação de união familiar percebe que será muito difícil viver longe de seus pais e irmãos, mas observa que a voz de Deus manda mais e deverá seguir Jesus ao fim do mundo se Ele desejar. Por Ele deixará tudo para se ocultar atrás das grades do Carmelo, onde se fará menos indigna e realizará seus votos esponsais. Porém, pela suas frágeis condições de saúde e delicadeza, ouvirá que a Ordem Carmelitana é muito austera e não será conveniente para ela. Posteriormente, suas dúvidas serão sanadas, por quem? Ela mesma nos explica: “Mostrou-me sua grandeza e meu nada e me disse que havia me escolhido para vítima. Que subisse com Ele ao Calvário. Que empreenderíamos juntos a conquista das almas: Ele, Capitão, e eu soldado. Nossa arma, a Cruz. A divisa, o amor. Disse-me que seria carmelita; que não desconfiasse; que não falasse a ninguém pois tratariam de persuadir-me. Enfim, que não fosse senão d’Ele: virgem, intata e pura. Com 19 anos, fará sua primeira visita a um Carmelo e ao chegar a Los Andes, nos conta que encontra uma casa pobre e velha. Sua pobreza me falou ao coração e senti-me atraída a ele. Neste dia sentiu-se aniquilada diante de Deus, sua alma chorava de agradecimento, sentia-se feliz e satisfeita. Via seu Jesusinho sorridente e pensava que algum dia estaria ali naquele coro, com aqueles anjos. De fato, a profecia se cumpriu e no dia 7 de maio de 1919 ingressa no Carmelo mais pobre do Chile para perseverar nos ensinamentos de seu pai João da Cruz e sua mãe Teresa de Jesus. De Juanita, passará a se chamar Teresa de Jesus dos Andes e viverá com as Irmãs apenas até 12 de abril do ano seguinte. Sua missão estava concluída – pouco tempo na escala física que o medimos, mas eterno para o relógio da santidade – daqueles que do pouco fizeram muito, das pequenas e humildes sementes construíram um grande jardim e que como seu pai espiritual São João da Cruz soube colocar o amor, onde não havia amor e assim colheu o eterno amor do Criador.
Neste 13 de julho estaríamos comemorando 109 anos de Teresa dos Andes. Para um mundo que se materializa de forma intensa e para uma juventude que se mostra escassa de verdadeiros valores, a espiritualidade deixada por mais esta filha da Madre Teresa ressoa como atual para a sociedade que tão urgentemente necessidade de verdadeiros modelos. Em seu conventinho do Espírito Santo, a jovem Teresa dos Andes, em setembro de 1.919, em carta escrita para uma amiga, sintetiza um pouco do que o seu Jesusinho representa para sua vida e de como concebe a vida religiosa de uma carmelita. Ela nos diz: “que coisa mais preciosa para a alma que ama do que passar a vida junto ao sacrário! Ele, prisioneiro por seu amor, e ela também. Nada os separa, nenhuma preocupação. Só devem amar-se, e perder-se a criatura em seu Bem infinito. Ele lhe abre seu coração e ali a faz viver esquecida de tudo o que é do mundo, porque lhe revela seus encantos infinitos, à vista dos quais tudo mais é vaidade. Ele a estreita e a une a Si. E a alma, apaixonada e fora de si diante da ternura de um Deus, deixa as criaturas, e só quer viver a sós com o Amor. A carmelita consagra seu coração inteiramente, despojando-se de tudo pela pobreza mais completa e não dando a si mesma a mínima comodidade. Por fim, seu corpo se oferece em sacrifício, submetendo-se às mais rudes penitências. O que fica da carmelita? O nada, e mesmo seu nada ela sepulta em silêncio dentro do coração adorável de seu Deus”. Com esta bela definição da vida de uma carmelita e de sua vida religiosa, Teresa dos Andes no amor experimentado a Virgem do Carmo e ao Pai nos mostra quão límpida foi à fonte de seus ensinamentos, vividos em pouco tempo no seu pombalzinho do Espírito Santo em Los Andes, mas que continua com sua fragância viva para todos que buscam a verdadeira espiritualidade cristã.
Professor Hercílio Martelli Júnior, OCDS
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil