
SOLENIDADE DO NASCIMENTO DE SÃO JOÃO BATISTA 24/06/2010

Ant 3 João foi um facho que arde e ilumina.
Cântico Ap 15, 3-4: Hino de adoração.
O novo Povo, guiado por Cristo, como em outros tempos o fizera Moisés, escapou do poderio da Besta de seus aliados: o Anticristo e o Pseudoprofeta. Está de pé, em meio ao mar e lutando para alcançar a outra margem (Ap.15,2). Não obstante, já entoam o hino da vitória definitiva: o Cântico de Moisés e do Cordeiro, o Moisés do novo Povo. Os não resgatados, pelo contrário, experimentam a ira de Deus, como sucedeu no Egito. São abundantes, em nosso hino, motivos tomados do Antigo Testamento.
A Bíblia de Jerusalém dá a este Cântico o título de “Cântico de Moisés e do Cordeiro”, inspirando-se no texto sagrado. No capítulo 15 do Apocalipse começa a visão celestial dos sete anjos que carregam em suas mãos as últimas sete pragas. Então, os remidos, como Moisés e os israelitas depois da travessia do Mar Vermelho (Ex 15), cantam sua canção de louvor e agradecimento a Deus pela sua libertou dos perseguidores, que o Cordeiro lhes obteve.
Este Cântico é a parte poética de uma visão na qual se contemplam os mártires cristãos, os quais, de pé sobre a abóbada do céu e depois de haver vencido a perseguição, se assemelham aos filhos de Israel que, passando o Mar Vermelho, entoaram seu cântico de vitória, contemplando a derrota do faraó. Este cântico nos convida, pois, a tomar parte em uma Liturgia Celeste com os mártires. Cantemos o cântico de Moisés e dos filhos de Israel…
Admiremos e imitemos a fé deste Povo, expressa neste hino que, em meio à mais dura perseguição romana, pode entrever o triunfo da causa de Deus e gozar da vitória messiânica. Esta vitória não consiste na destruição do inimigo, e sim, na sua incorporação ao Reino de Deus. Porque: “As nações todas (os perseguidores pagãos) hão de vir perante Vós e, prostradas, haverão de adorar-Vos”…