ORIENTAÇÕES LITURGICAS

ORIENTAÇÕES LITURGICAS





Caríssimos
embora o Papa Bento XVI tenha permitido a Missa em
latim em algumas circunstâncias, assim como seguir “livremente”
alguns gestos, que são litúrgicos, mas mal usados na liturgia, que requer, nos
ritos,uniformidade – sinal de comunhão – me ocorre a resposta de Jesus aos
fariseus em relação ao divórcio…”Moisés o permitiu, por causa da dureza
de coração…mas no início não era assim”.
O Papa permitiu algo não conforme ao
espírito litúrgico do Vaticano IIº, com boa intenção, talvez para atrair para a
Igreja alguns grupos “dissidentes” e anti-conciliares. Mas, de fato o
conceito litúrgico do Vaticano IIº era e é outro. É só explicar o sentido de
cada gesto – sentados, de pé, de joelhos – no momento certo da celebração,, que
conseguimos ver a lógica da renovação litúrgica, promovida pelo Concílio,
inspirado pelo Espírito Santo.
 Oração litúrgica é uma coisa
(deve obedecer a normas estabelecidas e significativas para toda a assembléia,
como um todo); oração pessoal é livre (cada um escolhe, gestos e palavras que
quiser).
Receber a comunhão na procissão de
comunhão em pé é muito significativo: é o povo dos ressuscitados que caminha em
direção ao encontro com o Ressuscitado. Depois da comunhão, por um momento de
silêncio e agradecimento, há liberdade de escolha: pode-se ficar de joelhos,
levantando para participar da oração conclusiva e receber a benção final.
Quando a assembléia não obedece a gestos
comuns…dá a impressão de estar dividida.
Além de tudo, não vamos apegar-nos a
ritos secundários, esquecendo o essencial da Celebração.
                                                                            fraterno abraço
                                                                     frei Pierino Orlandini,ocd
                                                                         Delegado para ocds


1 Comment

  • Luciano Dídimo
    15/09/2014

    A Instrução Geral do Missal Romano, em seu art. 42 nos orienta:

    Os gestos e atitudes corporais
    42. Os gestos e as atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração seja bela e de nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos. Para isso deve atender-se ao que está definido por esta Instrução geral e pela tradição do Rito romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação ou arbítrio particular. A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada Liturgia: exprime e favorece os sentimentos e a atitude interior dos participantes.

    Segundo o Documento CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DO SACRAMENTO http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccdds/documents/rc_con_ccdds_doc_20040423_redemptionis-sacramentum_it.html#Capitolo%20IV, em seu artigo 90, aduz: [90] "Os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, conforme determinado pela Conferência dos Bispos", e confirmada pela Sé Apostólica. "Mas quando você receber a comunhão de pé, recomenda-se que, antes de receber o Sacramento, a devida reverência, a ser determinado pelas mesmas regras". [176]

    Aqui transcrevo parte do artigo que comenta a respeito do tema, de FREI ALBERTO BECKHÄUSER, OFM: Novas Mudanças na Missa?
    http://www.clerus.org/clerus/dati/2007-11/23-13/MUDANCASMISSA.html

    Há três coisas a observar. Primeiro, os fiéis normalmente se aproximam em procissão. A procissão expressa o Povo de Deus em marcha, a caminho da casa do Pai. Neste caminho, como o povo de Israel, ele é alimentado pelo Pão descido do céu, Jesus Cristo.
    Segundo, os fiéis comungam ajoelhados ou de pé. Conforme a própria Instrução, "a posição comum do corpo, que todos os participantes devem observar é sinal da unidade dos membros da comunidade cristã, reunidos para a sagrada Liturgia, pois exprime e estimula os pensamentos e os sentimentos dos presentes" (n. 42b). Importa, portanto, que haja unidade que será estabelecida pela Conferência dos Bispos. Aqui não se deixa liberdade ao indivíduo. O critério não se fundamenta em orientações de nossa Senhora a partir de supostas visões aparições a quem quer que seja. Nossa Senhora está em oposição, mas em comunhão com o Magistério da Igreja. Cremos que receber a Comunhão de pé é mais concernente com a Eucaristia, Memorial eucarístico do Mistério pascal de Cristo e coo Ceia do Senhor. É difícil e um pouco estranho participar de uma ceia de joelhos. Esta forma de receber a Comunhão parece reforçar a compreensão da Eucaristia como objeto de adoração que vingou durante muitos séculos.
    Terceiro, a reverência ao se comungar de pé. Trata-se de uma recomendação a ser regulamentada também pela Conferência dos Bispos e não de uma obrigação. Qual seria esta reverência? A genuflexão parece excluída, pois atrapalharia o bom andamento da procissão. Inclinação profunda? Se possível, se não fosse na hora mesma de se receber a hóstia. Parece que bastaria uma simples inclinação de cabeça. Como já ficou dito, a questão deverá ser regulamentada pela Conferência dos Bispos.

    Muita coisa ainda precisa ser regulamentada pela CNBB, entretanto a unidade dos gestos é essencial, independentemente do Rito da celebração, quer seja Romano Ordinário, Romano Tridentino, ou qualquer outro.

    Abçs,
    Luciano Dídimo

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