Liturgia – 29 de dezembro – 5o. DIA DA OITAVA DO NATAL

Liturgia – 29 de dezembro – 5o. DIA DA OITAVA DO NATAL

5º DIA DA OITAVA DO NATAL

Cor litúrgicas: Branco

Ofício próprio da oitava do Natal
Liturgia das Horas: 364-401-620
Oração das Horas: 173-195-764

Leituras: IJo 2,3-11 – Sl 95(96) – Lc 2,22-35
“Simeão tomou o menino nos braços

e louvou a Deus.”
Simeão e Ana mostram que Jesus pertence totalmente a Deus.

SANTO DO DIA

São Tomás Becket,
Bispo e Mártir
CmFac

Tomás Becket (c. 111829 de Dezembro de 1170), foi Arcebispo de Cantuária 1162 a 1170. É venerado como santo e mártir pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana. Envolvido num conflito com o rei Henrique II da Inglaterra pelos direitos e privilégios da Igreja, foi assassinado por seguidores do rei na Catedral de Cantuária. Também é referido como Thomas à Becket, apesar de este nome poder ter-lhe sido atribuído posteriormente, possivelmente com a intenção de o ligar à memória de Tomás de Kempis (Thomas à Kempis).


Quem diria, ao ver passar um cortejo magnificente e faustoso a caminho da corte francesa, com 250 músicos a anunciá-lo, rodeado de inúmeros galgos e composto de oito coches puxados a seis cavalos cada um, seguido de vários carros onde se acomodavam o quarto de cama, a cozinha, a capela e todo o serviço de mesa terminado com centenas de escudeiros montados em soberbos alazões envolvendo a mais fina nobreza recamada de ouro e prata que ia ali um santo austero e obediente ao Deus humilde e simples?Pois Tomás Becket, chanceler de el-rei Henrique II de Inglaterra e de parte da atual França, assim se apresentava por terras da Gália para deslumbrar Luís VII de França.Era, ao tempo, primeiro ministro inglês, filho do que fora xerife de Londres, Gilberto. Estudara na abadia de Merton e, como os pais morreram cedo, foi trabalhar como secretário do arcebispo de Cantuária.
Feito arcediago, foi em nome do arcebispo indigitado para resolver o grave problema da sucessão de Estêvão, monarca inglês. Henrique II, filho da princesa Matilde, filha de Henrique I, mal subiu ao trono, devido à perspicácia diplomática do primeiro dos diáconos logo o nomeia chanceler do reino.Não sendo desonesto nem possuindo vícios ocultos, sabia, no entanto viver com o esplendor faustoso do seu cargo sempre a deslumbrar toda a classe de gente. Não se lhe apontam injustiças na sua forma de governar, nem proteções da Igreja nem preponderâncias reais.
Entretanto, tendo morrido o arcebispo de Cantuária, el-rei propô-lo, sem oposição alguma para ocupar aquela cátedra. Tomás foi ordenado padre, a 1 de Junho de 1162 e dois dias depois, bispo.Vendo serem incompatíveis os cargos de primeiro ministro e as responsabilidades episcopais pediu a demissão de chanceles o que desgostou profundamente Henrique II privado de um amigo certo e seguro de um excelente colaborador e genial diplomata.O arcebispo também mudou de conduta interior, tornando-se pobre, servo humilde de todos, austero na sua vida, usando cilício mortificantes, jejuando frequentemente, vestindo o hábito monacal de seus antecessores e ajudando os pobres a quem lavava As pés, sentando-os à sua mesa.
Surgiram divergências entre Alexandre III e o soberano inglês. O antigo chanceler não hesita e toma sempre o partido do Papa, sobretudo quando se tratava de defender as liberdades eclesiásticas. Henrique II exige-lhe a devolução dos palácios, castelos e honras que Tomás havia recebido como chanceler. Desprendido como já estava, este deu-lhe tudo de boa mente.Surgiram mais lutas entre o poder temporal e espiritual. Vários concílios se reuniram aos quais quase todos os bispos propendiam pata a tese real. O arcebispo teve de fugir e exilar-se em França, onde Luís VII o acolheu com muitas honras.
Encontrou-se com Alexandre III, bispo de Roma em Sens e pediu-lhe, para o bem da paz, que o exonerasse do cargo de arcebispo. O Papa recusou, para não ceder a poderes terrenos. O rei inglês pretende, por seu lado, que o Papa e o Rei da Gália tirassem a sua confiança ao exilado. Esforços baldados. Tomás recolhe-se à abadia cisterciense de Pontigny. Da Inglaterra chegam ameaças de expulsão de todos os monges de Cister. Tomás muda-se para o mosteiro beneditino, enquanto, como legado papal, excomunga os bispos que fazem coro com o rei.
Alexandre III exige uma reconciliação, caso contrário interditará o reino inglês. Henrique II vem encontrar-se com o seu antigo chanceler. Este volta à Inglaterra, onde é aclamado pela população desde o desembarque até à sua sé catedral.Entrementes o rei inglês, numa sessão do conselho régio, queixa-se, em altos brados, que ninguém olha pela sua honra, pois não fazem desaparecer aquele sacerdote insolente. Um capítulo obscuro da história da catedral foi a decapitação de Thomas Becket na esquina nordeste do interior do complexo em 29 de Dezembro de 1170 por alguns dos guardas que ouviram por acaso o rei Henrique II de Inglaterra dizendo «Quem me libertará deste sacerdote indiscreto?» depois de ter tido uma discussão com Becket. Os guardas interpretaram as palavras do soberano literalmente e assassinaram Becket na sua própria Catedral.
Becket seria o segundo de quatro arcebispos de Cantuária que foram assassinados. Quatro cavaleiros decidem assassinar Tomás. Este rejeitando o conselho de se esconder, recebe, em audiência a 28 de Dezembro de 1170, os quatro sicários. Mesmo, perante o perigo, o arcebispo desce à catedral para rezar com os seus cônegos o ofício noturno, conforme o costume. Fecham a porta, mas o arcebispo abre-as.
“Onde está o traidor?” – ouve-se na noite. – Não sou traidor, sou apenas sacerdote “– replica Tomás, indo ao seu encontro. Posto de joelhos, recebe os primeiros golpes de espada e exclama: – Morro contente pelo nome de Jesus e defesa da Igreja.Um último golpe destroça-lhe o crânio e o arcebispo cai morto.Quando começavam o canto do ofício e a missa de defuntos, conta a Legenda Áurea, vozes angélicas ressoaram pela catedral, entoando os cânticos dos mártires.

“Desprendendo-se das criaturas, encontra nelas mais gozo e satisfação do que se as amasse com apego e propriedade.”
São João da Cruz – 3S 20,2

Quando o doce caçador
Me atingiu com sua seta
Nos meigos braços do Amor
Minh´alma aninhou-se, quieta.

E a vida em outra. Seleta,
Totalmente se há trocado:
Meu Amado é para mim,
E eu sou para meu Amado.

(III – Poesia – Teresa de Jesus)

Cartas de Santa Teresa de Jesus em 29

1575 – C 95 – Ao Pe. Jerônimo Gracián – Dificuldade de encontrar postulantes com o dote e as demais condições para Descalças.

1581 – C 410 – A uma pessoa desconhecida – Manifesta sentimento por não poder saudá-la.

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