
Liturgia – 28 de dezembro – SANTOS INOCENTES, Mártires


Cor litúrgica: Vermelho
Ofício festivo próprio
Liturgia das Horas: 1102-620
Oração das Horas: 1166-764
Leituras próprias: 1Jo 1,5-2,2 – Sl 123(124) – MT 2,13-18
“O novo êxodo”
Os inocentes nos dão testemunho de Jesus Cristo, não com palavras, mas com o seu próprio sangue, lembrando-nos dessa forma que o martírio é dom gratuito do Senhor.
No território de Belém da Judéia, o massacre dos Santos Inocentes, todas as crianças com menos de dois anos assassinadas por ordem de Herodes, que deram testemunho a Cristo, o novo Moisés, combatido desde seu nascimento pelas forças hostis a Deus e a seu povo.

O feto, ou seja, o ser humano desde o momento da concepção até o do nascimento, é um ser distinto de sua mãe. Eliminar o embrião, seja em que fase for de seu desenvolvimento, é um assassinato que viola os direitos humanos. Ora, com toda a naturalidade se vai disseminando a prática pecaminosa do aborto, consagrada e protegida pelas legislações! E em alguns casos são legalmente punidos médicos ou enfermeiras católicas que em consciência se recusam a participar desses crimes!
Desde o século VI, a Igreja tem honrado durante os dias do Natal do Senhor aqueles que recebem no Oriente o nome de “Crianças Executadas” e no Ocidente o de “Santos Inocentes”. Ao fazê-lo a Igreja rememora aqueles que foram condenados à morte “por Cristo”, no lugar daquele a quem a liturgia chama “o Cordeiro inocente”. As crianças de Belém constituem as primícias dos redimidos: mesmo quando “careciam do uso da palavra para confessar a Cristo”, contudo, “foram coroados de glória em virtude do mistério do Nascimento de Cristo”.
Por meio deles, a Cruz se colocou junto ao presépio, sua morte é uma profecia da redenção. É mister acrescentar que o fato de honrar a estas crianças como mártires ilumina a própria natureza do martírio que é, antes de tudo, um dom gratuito do Senhor, como o batismo.
Cantemos o louvor
A terra os perde e chora,
Recebe-os o Senhor.
No sangue do Cordeiro
As túnicas lavaram
Vestindo brancas vestes,
Seu trono rodearam.
“Se quiseres chegar a possuir Cristo, jamais o busques sem a Cruz .”
São João da Cruz – Carta 24
“… quando eu sinto tanto ver-me neste desterro… que seria o sentimento dos santos?… devia ser um contínuo martírio…”
Santa Teresa de Jesus – V 21,7
Cartas de Santa Teresa de Jesus em 28
1574 – C 75 – D. Inês de Nieto – Dificuldades que tem a Santa para admitir sem dote uma jovem recomendada por D. Inês. “Hoje é dia dos Santos Inocentes.”
1578 – C 266 – A Roque de Huerta, em Madrid – Muito reconhecida pelas notícias que a Corte lhe mandava. Dinheiro para as despesas dos Descalços em Roma. Recomenda que remeta com muita segurança as cartas.
1578 – C 267 – À D. Juana Dantisco, em Madrid – O Pe. Gracián pede trabalho em sua oração. Padecimentos de D. Juana pela Descalcez. A Província dos Descalços será conseguida. As Descalças se vêem privadas das cartas de Gracián, as quais costumavam ler na recreação, por serem diferentes como sermões.
1578 – C 268 – A Roque de Huerta, em Madrid – Recomenda-lhe várias cartas muito secretas e comprometedoras.
1580 – C 350 – A D. Lorenzo de Cepeda, seu sobrinho, em Quito – Dá-lhe conta da morte cristã de D. Lorenzo. Grande obrigação tem a Deus, por ter-lhe dado tão bom Pai. Teresita “o tem levado como um anjo.” Muitas queriam casar-se em Ávila com D. Francisco. Casa-se finalmente com D. Orofrisia de Mendoza. É muito bom cristão. Dá-lhe notícia dos demais parentes.
1580 – C 351 – À Madre Maria de S. José, Priora de Sevilla – Fundação de Palencia. Assunto de Salamanca, Sevilla e Índias. O dinheiro para a capela de S. José de Ávila.
1581 – C 409 – Às Descalças de Soria – Agradece-lhes o muito amor que lhe mostram. Sobre algumas pequenas contradições. Próxima entrada em Soria de D. Leonor Ayanz. Se a Subpriora precisa de carne, coma-a, mesmo na Quaresma. Lembranças.