Liturgia – 27 de Março – 6a-FEIRA DA 4a. SEMANA DA QUARESMA

Liturgia – 27 de Março – 6a-FEIRA DA 4a. SEMANA DA QUARESMA


Cor litúrgica: roxo

Ofício do dia de semana do Tempo Quaresmal
Liturgia das Horas: 37-1378-289
Oração das Horas: 273-1097-368

Leituras: Sb 2, 1a.,12-22 – Sl 33(34) – Jo 7,1-2.10.25-30
“Eu e o Pai somos um só.”
As formas de se procurar Jesus são diversas. Entretanto, são infrutíferas aquelas que não aceitam a revelação divina como uma realidade vinculada ao seu tempo.

“Ele mora acima dos céus e fala a linguagem da eternidade, enquanto nós, cegos sobre a terra, só entendemos o temporal e humano.”
São João da Cruz – 2S 20,5

“O amor de Deus não está nos deleites espirituais, mas em estar firmemente resolvidos a contentá-lo em todas as coisas, tentando todo o esforço para não ofendê-lo, e rezando pelo aumento da honra e da glória de seu Filho e pela exaltação da Igreja Católica.”
Santa Teresa de Jesus

SANTO DO DIA

João de Damasceno nasceu na metade do século VII, de família árabe cristã e morreu em 749. É considerado o último representante da patrologia grega e equivalente oriental de Santo Isidoro de Sevilha, por suas obras monumentais como “A Fonte do Conhecimento”. A sua atividade literária é multiforme: passeia com autoridade da poesia à liturgia, da eloqüência à filosofia e à apologética. Filho de um alto funcionário do califa de Damasco, João foi companheiro de brinquedos do príncipe Yazid, que mais tarde o promoveu ao mesmo encargo do pai, que corresponde, mais ou menos, ao de ministro das finanças. Na qualidade de Logoteta, foi representante civil da comunidade cristã junto às autoridades árabes. A um determinado ponto João deixou a corte, demitindo-se do alto cargo, provavelmente pelas tendências anti-cristãs do califa. Em companhia do irmão Cosme, futuro bispo de Maiouma, retirou-se para o mosteiro de são Sabas, preparando-se para o cargo de pregador titular da basílica do Santo Sepulcro.
A recompensa de São João Damasceno
Este santo, vingador das santas imagens contra os ímpios iconoclastas, foi condenado por Leão Isauro a ter a mão direita decepada. Logo depois dessa bárbara execução, João foi prostrar-se diante da imagem de Maria, seu recurso ordinário, com o fim de oferecer a Deus, por Maria, seus sofrimentos. Confiado no seu poderosíssimo auxilio, disse a Maria: “Sabeis, ó Virgem Santa, qual foi o motivo por que me cortaram a mão. Ela era sagrada a vosso serviço. Rainha dos anjos e dos homens, se não for contrário à vontade de Deus, vossa intercessão me pode restituir de novo a minha mão, a qual, mais do que antes, será vossa”.Enquanto assim rezava, sentiu as dores diminuírem de intensidade até desaparecerem. Durante um sono reparador, Maria restituiu-lhe a mão, pedindo-lhe que escrevesse sempre em defesa da Igreja. Ao redor do pulso, ficou apenas uma simples linha vermelha, como para servir de testemunho da autenticidade do milagre. Tal prodígio, Maria o fez em favor de um homem que, pelas suas palavras e por seus escritos, defendia oculto das santas imagens.
O fundamento dos ícones é, segundo São João Damasceno, a vinda de Cristo à terra. A salvação está ligada à encarnação do Verbo divino, por conseqüência à matéria. “Deus, que não tem corpo nem figura, não podia outrora e de maneira alguma ser representado por qualquer imagem. Mas agora, que Deus permitiu ser visto em carne e viver no meio dos homens, eu posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. Eu não adoro a matéria, mas sim o criador da matéria, que se tornou matéria por minha causa, que quis habitar a matéria e que, através da matéria, me deu a salvação.”

Post a Comment