
Liturgia – 26 de maio – SÃO FILIPE NÉRI, Presbítero

SÃO FILIPE NÉRI,
Presbítero
Cor litúrgica: Branco
Ofício da memória
Liturgia das Horas: 1591-1840-1231
Oração das Horas: 1254-1539-972
Leituras: At 20,17-27 – Sl 67(68) – Jô 17,1-11a
“Pai, chegou a hora: glorifica teu Filho que teu Filho te glorifique.”
Jesus testemunha que a vida eterna se realiza aqui, a partir das experiências concretas de unidade.
“Chegando à perfeição, tornam-se grandes, operando coisas magníficas em seu espírito, sendo então suas obras e potências mais divinas do que humanas.”
São João da Cruz – 2N 3,3
“Na verdade, tenho observado que há mais fervor, e até mesmo alegria interior, quando parece que não há nem mesmo o suficiente para acomodar o corpo do que quando se tem uma casa espaçosa e comodidades.”
Santa Teresa de Jesus – F 14,5
São Filipe Néri,
Presbítero
“Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça”. Há maior boa vontade em colocar no caminho correto as crianças abandonadas do que nessa disposição? A frase bem humorada é de Filipe Néri, que assim respondia quando reclamavam do barulho que seus pequenos abandonados faziam, enquanto aprendiam, com ele, ensinamentos religiosos e sociais. Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Romolo Néri pertencia a uma família rica. O pai, Francisco, era tabelião e a mãe, Lucrecia, morreu cedo. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe na infância surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência, virtudes que ele soube cultivar até o fim da vida. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar uma vocação maior, mesmo freqüentando regularmente a igreja. Aos dezoito anos foi para São Germano, trabalhar com um tio comerciante, mas não se adaptou. Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar com os agostinianos, Filosofia e Teologia, diplomando-se em ambas com louvor. No tempo livre, praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral. Filipe começou a chamar a atenção do seu confessor, que lhe pediu ajuda para fundar a Confraternidade da Santíssima Trindade para assistir os pobres e peregrinos doentes. Três anos depois, aos trinta e seis anos de idade, ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade. Tão grande era sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho. A iniciativa deu tão certo que depois o grupo de tão numeroso passou à Congregação de Padres do Oratório, uma ordem secular sem vínculos de votos.Filipe se preocupou somente com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Tudo que fez no seu apostolado foi nessa direção, inclusive utilizar sua vasta e sólida cultura para promover o estudo eclesiástico. Com seu exemplo e orientação encaminhou e orientou vários sacerdotes que se destacaram na História da Igreja e depois foram inscritos no Livro dos Santos. Mas somente quando completou setenta e cinco anos passou a se dedicar somente ao ministério do confessionário e à direção espiritual. Viveu assim até morrer no dia 26 de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado até hoje de: Santo da alegria e da caridade. Seu comportamento paradoxal e alegre permitia-lhe fazer refletir aqueles que ele abordava e revelar a sorridente liberdade dos filhos de Deus aos jovens, que gostavam de se reunir perto dele em suas orações, ou “oratórios”, para rezar e cantar. A Congregação dos Padres do Oratório continuou, depois dele, esta forma de apostolado.