
Liturgia – 23 de junho – 3a-FEIRA DA 12a. SEMANA DO TEMPO COMUM

Cor litúrgica: Verde
Ofício do dia de semana
Laudes: Liturgia das Horas: 1074
Oração das Horas: 1058
I Vésperas: Liturgia das Horas: 1369-1677
Oração das Horas: 1269-1547
Leituras: Gn 13,2.5-18 – Sl 14(15) – Mt 7,6.12-14
“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque aquele que pede, recebe. Quem busca, acha.”
O caminho que conduz à vida é penoso e a porta, estreita.
“Conseguiram refrear algum tanto os apetites naturais, e estão dispostos a sofrer por Deus um pouco de trabalho e secura sem volver atrás, para o tempo mais feliz.”
São João da Cruz – 2S 20,6
“Tende piedade dos que não a tem de si, já que sua desventura os deixa em tal condição que não querem vir a Vós, vinde Vós a eles, Deus meu. Eu Vô-lo peça em seu nome e sei que, se se entenderem e caírem em si, começando a gostar de Vós, esses mortos ressuscitarão.”
Santa Teresa de Jesus – E IX.1
Carta de Santa Teresa de Jesus em 23
1568 – C 11 – À D. Luisa de La Cerda, em Antequera – Próxima viagem da Santa em Valladolid. Pede aD. Luisa lhe envie quanto antes o manuscrito da Vida. Assuntos do Convento de Malagón.
SANTO DO DIA
São José Cafasso,
Presbítero
José Cafasso nasceu em Castelnuovo d’Asti, em 1811, quatro anos antes do conterrâneo João Bosco, o apóstolo dos jovens e também Santo da Igreja. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente. Mas, enquanto João Bosco era eloqüente com os estudantes, um verdadeiro farol a iluminar os caminhos tormentosos da adolescência, Cafasso se dedicava à contemplação e a ouvir seus fiéis em confissão, o que acabou levando-o aos cárceres e prisões. Estava determinado a ouvir os criminosos que queriam se confessar e depois consolá-los mesmo fora da confissão. Era uma figura magra e encurvada devido a um defeito na coluna que o fazia a se manter nessa posição mesmo nas horas em que não estava no confessionário. Padre Cafasso freqüentou o curso de teologia de Turim e ordenou-se aos vinte e dois anos. Difícil predizer que seria um grande pregador, mas com sua voz mansa e suave era muito requisitado pelos companheiros de sacerdócio que procuravam os seus conselhos. Formado, passou a dar aulas e acabou tendo João Bosco como aluno. Apoiou Bosco em todas as suas empreitadas, inclusive quando lotou a escola de jovens pobres de toda a região que não tinham dinheiro para a educação. Quando Bosco retirou a criançada e a levou para sua própria casa, em Valdocco, foi a ajuda financeira de seu mestre José Cafasso que tornou isso possível. E ele fez mais, pouco antes de morrer, doou tudo o que possuía à João Bosco, para que ele continuasse sua obra no ensino e orientação dos jovens. Morreu jovem, com apenas quarenta e nove anos, no dia 23 de junho de 1860. O título de “padroeiro dos encarcerados e dos condenados à pena capital” esclarece bem como viveu o seu apostolado. Suas visitas aos cárceres eram o consolo dos presos e sua figura se tornou a presença mais constante em todos os enforcamentos realizados em sua cidade, Turim. Mas sua ajuda não se limitava aos encarcerados, estendia-se às famílias, ao socorro às esposas e filhos para que não se desviassem do caminho de Cristo. Padre José Cafasso era sempre o último companheiro de todos que seriam executados no cadafalso e, por isso, ficou conhecido entre o povo como o “padre da forca”. Em 1947, foi canonizado e sua veneração litúrgica designada para o dia de seu trânsito.