Liturgia – 20 de junho – IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Liturgia – 20 de junho – IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Cor litúrgica: Branco

Ofício da memória

Laudes: Liturgia das Horas: 1519-626
Oração das Horas: 1462-764
I Vésperas: Liturgia das Horas: 1027-344
Oração das Horas: 1029-698

Leituras: IICor 5,14-21 – Sl 102(103) – Mt 5,33-37
Coração Imaculado de Maria
Comemoração do Coração Imaculado de Maria: que celebra o fato de a Virgem escutar com fé e guardar com amor o Verbo Divino. Esta festa deve ser anunciada na sexta-feira do Sagrado Coração de Jesus para o sábado seguinte.

“Assim como os anjos avaliam perfeitamente as coisas dolorosas sem lhes sentir a dor, e exercitam as obras de misericórdia sem sentimento de compaixão, assim acontece à alma nesta transformação de amor. Algumas vezes, no entanto, e em certas épocas, Deus permite que ela sinta novamente as coisas e delas sofra, para que mais mereça e se afirme no amor, ou por outros motivos, como permitiu acontecesse à Virgem-Mãe, a São Paulo e a outros; mas o estado de matrimônio espiritual, por si, não o comporta.” – São João da Cruz – C 20,10

“O benefício da alma não está em muito pensar, e sim em muito amar.”
Santa Teresa de Jesus – F 5,3

SANTO DO DIA


Santo Adalberto
Bispo

Adalberto era de ilustre família da Boêmia. Nascido no ano de 956, foi vítima de grave moléstia na meninice. Curado miraculosamente por Nossa Senhora, os pais consagraram-no ao serviço da Igreja. O Santo, cujo nome de batismo era Woytiech, de origem eslava, passou a viver sob os cuidados de Adalberto, arcebispo de Magdeburgo – daí, em reconhecimento ao prelado, tomar-lhe o nome, quando recebeu o sacramento da confirmação. Adalberto somente deixou Magdeburgo depois da morte do bom arcebispo, em 981. Estava então com vinte e cinco anos. Em 983, recebeu das mãos do bispo de Praga, Dithmar, as ordens sagradas. Naquele mesmo ano, morto o bispo, Adalberto sucedeu-o. Era a 29 de Junho, e o Santo, impressionado com tal morte, uma vez que Dithmar se recriminava por ter levado vida inútil, resolveu entregar-se à penitência e às austeridades. Desde aquela época, diz-se, jamais o viram rir. E, quando fez entrada em Praga, fê-la descalço. O povo, vivamente impressionado, cheio de simpatia, logo previu no sucessor de Dithmar um santo bispo. De renda que lhe era dado dispor, dez quatro partes: uma para as necessidades da igreja; outra para os cônegos; uma terceira para os pobres; e a quarta para si mesmo e para sua casa. Todos os dias, alimentava o santo bispo doze pobres, em honra dos doze apóstolos. Santo Adalberto, na terra nua, dormia sobre um cilício. Macerava o corpo coom longas vigílias e duros jejuns. E, quase todos os dias, pregava com calor, docemente fazia visitas aos doentes, nas prisões consolava com imensa ternura os prisioneiros. Quando tomou as rédeas da diocese, tudo jazia em estado deplorável. Quantos diocesanos pagãos! Quantos convertidos dados aos mais variados hábitos pagãos! Pôs-se, então, a convertê-los verdadeiramente. Mas, em seis anos, pouco ou quase nada conseguiu: achavam-no muito exigente e muito santo.Em 989 partiu para Roma. E ali, ao Papa João XV, falou longamente da triste posição em que se encontrava, acabando por lhe suplicar a graça de desligá-lo do cargo, porque, ardentemente, desejava encerrar-se num mosteiro. O Santo Padre concedeu-lhe a demissão solicitada. E Adalberto, com um irmão, Gaudêncio, tomou o hábito religioso de São Bonifácio, mosteiro pelo qual, desde algum tempo, vinha suspirando. Adalberto passou cinco anos naquela casa, todo ocupado em orar pelos diocesanos. Ora, o arcebispo de Mayence vivia desolado com o estado de abandono em que Praga jazia, e, escrevendo ao Papa, rogou-lhe ordenasse que Adalberto retornasse àquela sede. O Santo, a princípio alegando que os frutos a colher seriam como os da primeira vez, isto é, irrisórios, acabou por consentir na volta, com a condição de tornar ao mosteiro se não encontrasse o povo menos agreste.Desgostoso com os habitantes de Praga, que não lhe correspondiam, voltou para o mosteiro, com muita tristeza. Ali, pouco depois, era nomeado prior pelo abade Leão. Daqueles tempos data a grande amizade que o uniu ao imperador Otão III. Eis que, por segunda vez, o arcebispo de Mayence insistia com o Papa, então Gregório V, para que Praga tivesse o seu pastor. Adalberto, obediente à ordem do Sumo Pontífice, rumou para a sua sede. Desta vez, os diocesanos receberam-no com desagrado, chegando mesmo a ir até a Boêmia, onde, maltratando os parentes do santo bispo, pilharam-lhes os bens e incendiaram o castelo dos pais do futuro mártir.Refugiou-se, então, Adalberto na Polônia, no palácio do amigo Boleslau, filho do duque daquele país, o qual enviou deputados a Praga para concertar com o povo o recebimento de seu bispo. O resultado colhido pelos embaixadores foi nulo. E Adalberto resolveu permanecer na Polônia onde se pôs a trabalhar pela conversão dos idólatras.Da Polônia, Santo Adalberto, com Gaudêncio e outro companheiro, o Padre Bento, passou para a Prússia, onde missionário algum jamais havia penetrado. Ali, encontrou a morte. Foi em Tenkitten, um campo sagrado dos pagãos, que se viu assaltado por um bando de ímpios.Santo Adalberto foi decapitado em 997. Gaudêncio e Bento, todavia, conseguiram fugir e chegar até a Polônia, onde deram a triste notícia a Boleslau. O duque, imediatamente, tratou de resgatar o corpo do santo amigo. Enterrado primeiramente na igreja de Tremezno, em 998 foi o corpo do Santo transferido para Nossa Senhora de Gnesen, onde muitos milagres foram operados por sua intercessão. No ano 1000, o imperador Otão III visitou-lhe a tumba, obtendo-lhe uma relíquia do corpo, Foi este imperador que, no mesmo ano, construiu em honra de Santo Adalberto, em Aix-la-Chapelle, uma igreja. No ano seguinte, erigia outra, em Roma, atualmente de São Bartolomeu, que conserva a relíquia dada por Otão III.
(Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume VII, p. 223 à 226)

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