
Liturgia – 13 de junho – SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA,
Presbítero e Doutorr
Cor litúrgica: Branco
Ofício da memória
Laudes:Liturgia das Horas: 1600-880-1602
Oração das Horas: 1509-932-1510
I Vésperas:Liturgia das Horas: 890-312
Oração das Horas: 940-696
Leituras: IICor 5,14-21 – Sl 102(103) – Mt 5,33-37
“Eu vos digo: Não jurarás falso.”
A prática do juramento, comum a todos os povos, tinha como objetivo chamar a Deus em garantia da verdade.
Santo Antonio nasceu em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195, numa casa junto das portas da antiga cidade (Porta do Mar), que se pensa ter sido o local onde, mais tarde, se ergueu a Igreja em sua honra.Tendo então o nome de Fernando, fez na vizinha Sé os seus primeiros estudos, tomando mais tarde, em 1210 ou 1211, o hábito de Cônego Regrante de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora, pela mão do Prior D. Estevão.Ali permaneceu até 1213 ou 1214, data em que se deslocou para o austero Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde realizou os seus estudos superiores em Direito Canônico, Ciências, Filosofia e Teologia.Segundo a tradição, talvez um pouco lendária, o Santo tinha uma memória fora do comum, sabendo de cor não só as Escrituras Sagradas, como também a vida dos Santos Padres.As relíquias dos Santos Mártires de Marrocos que chegaram a Coimbra em 1220 fizeram-no trocar de Ordem Religiosa, envergando o burel de Frade Franciscano e recolher-se como Eremita nos Olivais (em Coimbra). Foi nessa altura que mudou o seu nome para Antônio e decidiu deslocar-se a Marrocos, onde uma grave doença o reteve todo o inverno na cama. Decidiram os superiores repatriá-lo como medida de convalescença.Quando de barco regressava a Portugal, desencadeou-se uma enorme tempestade que o arrastou para as costas da Sicília, sendo precisamente na Itália que iria revelar-se como teólogo e grande pregador.Em 19 de Março de 1222, em Forli, falou perante religiosos Franciscanos e Dominicanos recém ordenados sacerdotes e tão fluentemente o fez que o Provincial pensou dedicá-lo imediatamente ao apostolado.
Fixou-se em Bolonha onde se dedicou ao ensino de Teologia, bem como à sua leitura. Exercendo as funções de pregador, mostrou-se contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses. Seguiu depois para França com o objetivo de lutar contra os Albijenses e em 1225 prega em Tolosa. Na mesma época, foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e seria custódio da Província de Limoges, um cargo para que foi eleito pelos Frades da região. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas brevemente seria escolhido para Provincial da Romanha.Assistiu à canonização de São Francisco em 1228 e deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. Durante 1229 as suas pregações dividiram-se entre Vareza, Bréscia, Milão, Verona e Mântua. Esta atividade absorvia-o de tal maneira que a ela passou a dedicar-se exclusivamente. Em 1231, e após contactos com Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a Quaresma do ano seguinte marcada por uma série de sermões da sua autoria.Instalou-se depois em casa do Conde de Tiso, seu amigo pessoal, onde morreu em 1231 no Oratório de Arcela.O fato de ter sido canonizado um ano após a sua morte, mostra-nos bem qual a importância que teve como Homem, para lhe ter sido atribuída tal honra. Este ato foi realizado pelo Papa Gregório IX, que lhe chamou “Arca do Testamento.”Considerado Doutor da Igreja e alvo de algumas biografias, todos os autores destas obras são unânimes em considerá-lo como um homem superior. Daí os diversos atributos que lhe foram conferidos: “Martelo dos hereges, defensor da fé, arca dos dois Testamentos, oficina de milagres, maravilha da Itália, honra das Espanhas, glória de Portugal, querubim eminentíssimo da religião seráfica, etc.”.Com a sua vida, quase mítica, quase lendária, mas que foi passando de geração em geração, e com os milagres que lhe foram atribuídos em bom número, transformou-se num taumaturgo de importância especial.
A vida de Santo Antônio está envolta numa constelação de milagres e fatos prodigiosos: são curas, profecias, bilocações, exorcismos e até ressurreições.Muitos teriam acontecido durante sua vida e outros, numa cadeia incontável, depois da morte. Esta tradição já está consagrada no antiquíssimo responsório “Si quaeris miracula”:
Se milagres desejais Contra os males e o demónio, Recorrei a Santo António e não falhareis jamais.Pela sua intercessão foge a peste, o erro e a morte. Quem é fraco fica forte, mesmo o enfermo fíca são.Rompem-se as mais vis prisões, Recupera-se o perdido, Cede o mar embravecido No maior dos furacões.Penas mil e humanos ais se moderam, se retiram: Isto digam os que viram, Os paduanos e outros mais. O milagre dos peixesSanto António faz um sermão aos peixes, no rio Marecchia porque os homens de Rimini não o querem ouvir. Ao ver isto eles arrependem-se e dirigem-se para junto do santo, ouvindo o sermão.O milagre do jumentoUm herege não acreditava que Cristo de fato estava presente na Eucaristia. Santo António diz que o jumento, que o homem tinha, era menos teimoso e que seria mais fácil convencê-lo. Ao ver a hóstia o jumento ajoelha-se.
“Fortalece o teu coração contra todas as coisas que te inclinam ao que não é Deus, e sê amigo da paixão de Cristo.”
São João da Cruz
“Para mim é grandíssima consolação ver uma Igreja a mais onde haja o Santíssimo Sacramento.”
Santa Teresa de Jesus – F 3,10
Carta de Santa Teresa de Jesus em 13
1577 – C 190 – Ao Padre Jerônimo Gracián – Contentamento da Santa com as cartas que recebe do Padre. Enfermidade de Diogo Gracián. A Alcabala das Descalças de Sevilla. Outros negócios da mesma cidade.