
Liturgia – 10 de maio – 5o. DOMINGO DA PÁSCOA

Ofício dominical pascal
I Semana do Saltério
Liturgia das Horas: 486-982-737
Oração das Horas: 462-764-556
Leituras: At 9, 26-31 – Sl21(22) – I Jo 3,18-24 – Jo 15,1-8
O seguimento a Cristo provoca uma profunda transformação no significado da nossa vida. Os ramos da videira são podados de tal modo que possam dar mais frutos. Do mesmo modo, precisamos morrer para muitas coisas para que a “seiva” de Cristo possa ser a principal corrente da nossa vida.
“Como aqueles filhos de Israel não estavam tão fortalecidos no amor de Deus, nem tão amorosamente unidos a ele, temiam morrer à sua vista. Agora, porém, na lei da graça, em que morrendo o corpo pode a alma ver a Deus, é mais sensato desejar viver pouco, e morrer para o contemplar.”
São João da Cruz – C 11,10
“Quem começa a servir ao Senhor verdadeiramente, o mínimo que Lhe pode oferecer é a vida.”
Santa Teresa de Jesus – C 12,2
Carta de Santa Teresa de Jesus em 10
1582 – C 424 – Ao Cônego Diego Montoya, em Roma – Desculpa-se de não lhe ter escrito antes e dá-lhe os parabéns pelo casamento de sua irmã. Não é mau que por entre prosperidade envie Deus algum trabalho.
São João de Ávila
Presbítero
João de Ávila nasceu em Almodóvar do Campo, em Castilla la Nueva, Espanha. Estudou filosofia e teologia na universidade de Alcalá. Foi considerado como um dos mais influentes e eloquentes chefes religiosos da Espanha do século XVI. Foi amigo de Santo Inácio de Loyola e conselheiro espiritual de Santa Teresa, bem como de São Francisco de Borja. Ordenado sacerdote mostrou tal eloqüência, que o Arcebispo de Sevilha lhe pediu que se dedicasse à evangelização em seu país. Trabalhou durante 9 anos nas missões de Andaluzía. Foi acusado perante a Santa Inquisição de Sevilha por predicar o rigorismo e a exclusão dos ricos do Reino dos Céus. Logo após ser libertado, dedicou-se às missões em todas as regiões de Espanha, principalmente nas cidades. Os mais famosos escritos são as suas cartas e o tratado “Audi Filia”. Foi beatificado em 1894.
A Companhia de Jesus celebra sua festa como se fosse um dos seus membros, já que João sempre venerou esta ordem e seu fundador. Foi sepultado em Montilha.
São Damião De Veuster
Presbítero
Enviado para o Havaí, Damião deixa o porto de Brema, na Alemanha, em 1863. Distribui seu retrato aos familiares, sabendo que nunca mais iria revê-los, e carrega consigo somente um pequeno crucifixo, único companheiro de sua vida missionária. A entrega total de sua vida a Deus e à causa missionária começa já neste momento da saída definitiva, para não voltar mais. A missão é sempre um caminho sem retorno. Arrebatado pelo amor de Jesus, o missionário vive completamente pelo Reino. Quando, em 1873, o bispo Maigret convoca os missionários e revela sua preocupação e dor pela situação de miséria e abandono em que se encontravam os leprosos na ilha de Molokai, Damião se oferece, como o primeiro, a pisar naquela ilha “maldita”. A lepra, naquele tempo, era um verdadeiro terror para todos.
Quem se contagiasse deixava de fazer parte da sociedade civil e era totalmente segregado. Os leprosos daquela área eram obrigados a procurar Molokai e viver como animais, até a morte. Damião chega à ilha no dia 10 de maio de 1873. Um grande grupo de leprosos aproxima-se e ele não hesita em apertar a mão de cada um. Bem cedo, torna-se a única esperança daqueles pobres. Ama-os e identifica-se com eles. Começa sempre seus discursos com as palavras: “nós, leprosos”. Ainda não sabe que, mais tarde, isso será realidade também para ele. Ajuda a organizar a comunidade dos leprosos e a garantir-lhes uma dignidade.Esta completa dedicação faz-se amor sem limites. Compartilhando a vida dos excluídos, luta para que não vivam como animais. A dedicação faz o missionário solidário. Morre leproso e abandonado com seus amigos leprosos.