Liturgia – 02 de outubro – SANTOS ANJOS DA GUARDA

Liturgia – 02 de outubro – SANTOS ANJOS DA GUARDA

SANTOS ANJOS DA GUARDA

Cor litúrgica: Branco

1ª. SEXTA-FEIRA DO MÊS

Ofício próprio da memória
II Semana do Saltério
Liturgia das Horas: 1337-814
Oração das Horas: 1387-919

Leituras próprias: Ex 23,20-23 – Sl 90(91) – Mt 18,1-5.10
“Quem é o maior no Reino dos Céus?.”
Tornar-se criança não é coisa fácil para pessoas orgulhosas. Um início sério de vida espiritual se dá quando a pessoa realiza um verdadeiro ato de humildade.

Comemoração dos Santos Anjos da Guarda, mensageiros de Deus, encarregados de zelar pelas pessoas e comunidades humanas. A função do Anjo da Guarda é iluminar-nos em relação à verdade e à boa doutrina. Mas sua proteção tem também muitos efeitos, tais como reprimir os demônios e impedir que nos sejam causados danos espirituais ou corporais. Nas palavras seguintes de Deus a Moisés encontramos os múltiplos ofícios de proteção e de conselho que incumbem ao Anjo da Guarda: “Eis que eu enviarei o meu Anjo, que vá adiante de ti, e te guarde pelo caminho, e te introduza no lugar que preparei. Respeita-o, e ouve a sua voz, e vê que não o desprezes; porque ele não te perdoará se pecares, e o meu nome está nele. Se ouvirdes a sua voz, e fizerdes tudo o que te digo, eu serei inimigo dos teus inimigos, e afligirei os que te afligem. E o meu Anjo caminhará adiante de ti” (Ex 23, 20- 23). A custódia que nossos Anjos da Guarda exercem sobre nós refere-se tanto ao nosso corpo quanto à nossa alma, sempre tendo em vista nossa salvação. A proteção corporal consiste em impedir ou livrar dos perigos ou males do corpo, ou auxiliar os homens nas questões materiais, conforme consta no livro de Tobias (cap. 5 e seguintes). A proteção espiritual se dá sempre que os Anjos nos defendem contra os demônios (Tob 8, 3) ; rezam por nós e oferecem nossas preces a Deus, tornando-as mais eficazes pela sua intercessão (Apoc 8, 3; Tob 12, 12); nos sugerem bons pensamentos, incitando-nos a fazer o bem (At 8, 26; 10, 3ss). Do mesmo modo, quando nos infligem penas medicinais para nos corrigir (2 Sam 24, 16); e – mais importante que tudo o mais – quando nos assistem na hora da morte, fortalecendo-nos contra os supremos assaltos do demônio. Os Anjos conduzem diretamente para o Céu as almas daqueles que morrem sem precisar passar pelo purgatório; visitam as almas que estão nesse lugar de expiação para as consolar e fortalecer, esclarecendo-as sobre a glória do céu, e levam para o Paraíso as almas que já passaram pela purgação necessária. A proteção dos Anjos não nos livra, entretanto, das cruzes e sofrimentos que Deus nos manda para a nossa provação e purificação; nem das tentações que Deus permite que tenhamos para provar nossa fidelidade. Porém, eles nos ajudam a tudo suportamos com paciência e a termos perseverança para alcançar a vitória. Às vezes parece que os Anjos não nos estão atendendo; é preciso então rezar com mais insistência, até que esse socorro se manifeste. Se não somos ouvidos, não é por faltar aos Anjos poder ou desejo de nos ajudar, mas porque aquilo que estamos pedindo não é o melhor para a nossa eterna salvação, que é o que antes de tudo eles procuram.

“Quando o apetite está posto em outra coisa, não dá lugar a que o anjo o mova.”
São João da Cruz – D 36

“É possível que nem saibamos o que é amar. Iisso não me espantaria muito, porque o amor não está no maior gosto, mas na maior determinação de desejar contentar a Deus, em procurar, na medida do possível, não ofendê-lo e nem pedir-lhe o aumento contínuo da honra e glória de Seu Filho, bem como a prosperidade da Igreja Católica.”
Santa Teresa de Jesus – M 4,1,1

Carta de Santa Teresa de Jesus em 02

1575 – C 87 – Ao Pe. Jerônimo Gracián – Sobre alguns assuntos do governo das Descalças.

SANTO DO DIA


São Tomás de Hereford,
Bispo

Vem-nos dos séculos passados, do seio de uma família normanda esta figura de bispo piedoso e austero, fosse muito embora de feição forte e turbulenta. Seu pai, Guilherme, era mordomo da casa real e sua mãe era condessa de Evreux e Gloucester.Nascido em 1218 em Hambledon, BucKinghamshire, foi educado pelo seu tio bispo Orcester. Aos 19 anos, vemo-lo em Oxford, donde, por causa de uma revolta de estudantes, se retirou, pouco depois, a Paris.Foi ordenado sacerdote em 1245, no concílio de Lião, e obteve do Papa o privilégio de conservar numerosos benefícios eclesiásticos.Prosseguiu os estudos de Direito Civil, em Orleans, e Cânones, em Paris, voltando para Oxford, onde tomou posse do lugar de chanceler da Universidade. Com tal estatuto, participou nas lutas de poder entre os barões ingleses e Henrique III Aderindo ao partido de Simão de Monfort, chegou a chanceler de Inglaterra, em 1264. Todavia, permaneceu no cargo apenas um ano, pois, perdida a luta, a sua facção ficou sem lugares para representar.Regressa a Paris como professor. Volta a Oxford e faz o doutoramento. Em 1273, é de novo, nomeado chanceler da Universidade, cargo que acrescenta ao de primeiro cantor de York, arquidiácono de Stafford, detentor de quatro conezias e muitas paróquias regidas, através de vigários.Conta a história ter feito várias visitas às suas terras, a fim de se inteirar acerca da assistência eclesiástica efetivada pelos seus delegados.Aos 57 anos, foi nomeado bispo de Hereford cujo estado, devido à debilidade de seus predecessores e aos acontecimentos políticos de então, era lastimoso. Restabeleceu os antigos direitos da mitra, eliminando usurpadores leigos e eclesiásticos das terras pertencentes à catedral. Visitou a diocese inteira, reformou o clero. Entrou em conflito com o arcebispo de Canterbury, John Pechan, por questões de testamentos e matrimônios concernentes à jurisdição metropolitana e também por causa das relações do arcebispo com os seus sufragâneos. Embora a questão tivesse sido resolvida em Roma, o conflito degenerou e Pechan excomungou Tomás. Este apresentou-se a Martinho IV, em Orvieto de quem recebeu um caloroso acolhimento, fazendo-lhe justiça.Entretanto, a 25 de Agosto de 1282, morre em Montefiascone, com fama de santo, pois, ao receber a ordenação episcopal, impôs a si mesmo um regime de rigoroso ascetismo, usando até, com freqüência, cilícios a fim de poder dominar o seu exaltado temperamento. Foi sepultado na abadia de S. Severo em Orvieto, porém levaram o seu coração a Edmundo, duque de Cornualha que o sepultou em Ashridge. Mais tarde, alguns ossos foram trazidos para a sua antiga catedral, onde o povo lhe começou a prestar piedoso culto.Foram tantos os milagres realizados junto da sua tumba que Hereford se tornou um santuário continuamente visitado por inúmeros peregrinos.O seu sucessor e amigo pessoal, Ricardo Suinfield, com o apoio do rei Eduardo I, de quem Tomás fora conselheiro e confidente leal, fez o pedido para a sua canonização. Feita a investigação papal, foi canonizado por bula de João XXII, em 1320.

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