FESTA DE NATAL
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Jesus, o Filho do Homem, nasce em Belém
frei Carlos Mesters, carmelita
Todos nós, no dia do nosso nascimento, recebemos o título de filho ou de filha. Jesus também, no dia do seu nascimento, recebeu o título de
Filho do Homem. Jesus recebeu muitos títulos. Só no Novo Testamento são mais de
cem! Cada um destes títulos expressa algo daquilo que Jesus significava para os
primeiros cristãos. Alguns destes títulos vinham da vida diária e das tarefas
que Jesus exercia. Por exemplo: pastor, pão, caminho, verdade, vida,
carpinteiro, mestre, filho de Maria, etc. Outros títulos vinham do contexto
político e social da época: rei dos reis, juiz dos povos, advogado, defensor,
etc. Outros ainda vinham do Antigo Testamento: messias, profeta, rei, sacerdote,
servo, Filho do Homem.
Filho do Homem. Jesus recebeu muitos títulos. Só no Novo Testamento são mais de
cem! Cada um destes títulos expressa algo daquilo que Jesus significava para os
primeiros cristãos. Alguns destes títulos vinham da vida diária e das tarefas
que Jesus exercia. Por exemplo: pastor, pão, caminho, verdade, vida,
carpinteiro, mestre, filho de Maria, etc. Outros títulos vinham do contexto
político e social da época: rei dos reis, juiz dos povos, advogado, defensor,
etc. Outros ainda vinham do Antigo Testamento: messias, profeta, rei, sacerdote,
servo, Filho do Homem.
De todos estes títulos, o mais freqüente é Filho do Homem. Ele ocorre mais de
oitenta vezes nos quatro evangelhos! Jesus gostava de identificar-se como Filho
do Homem. Quando o sumo sacerdote perguntou: “És tu o Messias, o filho do
Deus bendito?”, Jesus respondeu: “Eu sou, e vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do
Todo-Poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu” (Mc 14,61-62). Perguntado
se era Filho de Deus, Jesus diz que é Filho do Homem. Qual o sentido deste
título Filho do Homem? Chegando perto de Natal vale a pena nós olharmos de
perto o significado deste Nome de Jesus, pois é lá na gruta de Belém que Jesus
recebeu o título de Filho do Homem. O
nome de que ele mais gostava.
oitenta vezes nos quatro evangelhos! Jesus gostava de identificar-se como Filho
do Homem. Quando o sumo sacerdote perguntou: “És tu o Messias, o filho do
Deus bendito?”, Jesus respondeu: “Eu sou, e vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do
Todo-Poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu” (Mc 14,61-62). Perguntado
se era Filho de Deus, Jesus diz que é Filho do Homem. Qual o sentido deste
título Filho do Homem? Chegando perto de Natal vale a pena nós olharmos de
perto o significado deste Nome de Jesus, pois é lá na gruta de Belém que Jesus
recebeu o título de Filho do Homem. O
nome de que ele mais gostava.
O título Filho do Homem
vem dos profetas Ezequiel e Daniel. No livro de Ezequiel, este título acentua a
condição humana do profeta. Algumas Bíblias até o traduzem por Criatura Humana; outras, por Filho de Adão. Ser Filho do Homem é o mesmo que ser uma pessoa bem humana, bem perto
de nós. No dia de Natal, Jesus nasceu e chegou perto de nós, começou a ser
humano, filho do homem.
vem dos profetas Ezequiel e Daniel. No livro de Ezequiel, este título acentua a
condição humana do profeta. Algumas Bíblias até o traduzem por Criatura Humana; outras, por Filho de Adão. Ser Filho do Homem é o mesmo que ser uma pessoa bem humana, bem perto
de nós. No dia de Natal, Jesus nasceu e chegou perto de nós, começou a ser
humano, filho do homem.
No livro de Daniel, a expressão Filho do Homem ocorre na visão que o profeta teve dos quatro
grandes reinos do mundo (Dn 7,1-28). Nesta visão, os reinos são apresentados
sob a figura de animais: leão, urso, leopardo e fera medonha (Dn 7,4-7). É que
os reinos do mundo são animalescos; desumanizam a vida, “animalizam” as
pessoas. O Reino de Deus, porém, é apresentado, não sob a figura de um animal,
mas sim de um Filho do Homem, filho
de Adão, de um ser humano, igual a nós (Dn
7,13). A figura do Filho do Homem indica o povo de Deus. O povo de Deus não se
deixa desumanizar nem enganar pela propaganda dos reinos
“animalescos”. A sua missão consiste em realizar o Reino de Deus como
um reino humano, reino que não
persegue e oprime a vida, mas sim a promove! Humaniza as pessoas.
grandes reinos do mundo (Dn 7,1-28). Nesta visão, os reinos são apresentados
sob a figura de animais: leão, urso, leopardo e fera medonha (Dn 7,4-7). É que
os reinos do mundo são animalescos; desumanizam a vida, “animalizam” as
pessoas. O Reino de Deus, porém, é apresentado, não sob a figura de um animal,
mas sim de um Filho do Homem, filho
de Adão, de um ser humano, igual a nós (Dn
7,13). A figura do Filho do Homem indica o povo de Deus. O povo de Deus não se
deixa desumanizar nem enganar pela propaganda dos reinos
“animalescos”. A sua missão consiste em realizar o Reino de Deus como
um reino humano, reino que não
persegue e oprime a vida, mas sim a promove! Humaniza as pessoas.
Apresentando-se aos discípulos como Filho do Homem, Jesus assume como sua esta missão
humanizadora que recebeu no nascimento em Belém. Ele realiza o Reino de Deus humanizando
a vida. É como se dissesse: “Venham comigo! Esta missão é de todos nós! Vamos
juntos realizar a missão que Deus nos entregou. Vamos realizar o Reino humano
que ele sonhou!” E foi o que Jesus fez e viveu durante toda a sua vida,
sobretudo, nos últimos três anos. Quanto mais humano, tanto mais divino! Quanto
mais “filho do Homem”, tanto mais “filho de Deus!” Tudo que
desumaniza uma pessoa, afasta de Deus. É humanizando a vida que nós nos
tornamos filhos e filhas de Deus.
humanizadora que recebeu no nascimento em Belém. Ele realiza o Reino de Deus humanizando
a vida. É como se dissesse: “Venham comigo! Esta missão é de todos nós! Vamos
juntos realizar a missão que Deus nos entregou. Vamos realizar o Reino humano
que ele sonhou!” E foi o que Jesus fez e viveu durante toda a sua vida,
sobretudo, nos últimos três anos. Quanto mais humano, tanto mais divino! Quanto
mais “filho do Homem”, tanto mais “filho de Deus!” Tudo que
desumaniza uma pessoa, afasta de Deus. É humanizando a vida que nós nos
tornamos filhos e filhas de Deus.
O título Filho do Homem
indica a humanidade em Jesus. Mesmo sendo de condição divina, Jesus se fez
semelhante a nós em tudo (Flp 2,6-7), menos no pecado (Hb 4,15). No dia de
Natal, em Jesus, Deus chegou perto de nós, ficou humilde, filho de Adão,
humano. O Papa Leão Magno (Séc V) dizia que Jesus era tão humano como só Deus
pode ser humano.
indica a humanidade em Jesus. Mesmo sendo de condição divina, Jesus se fez
semelhante a nós em tudo (Flp 2,6-7), menos no pecado (Hb 4,15). No dia de
Natal, em Jesus, Deus chegou perto de nós, ficou humilde, filho de Adão,
humano. O Papa Leão Magno (Séc V) dizia que Jesus era tão humano como só Deus
pode ser humano.
E como Jesus foi humano? Basta você olhar de perto os
inúmeros episódios narrados nos quatro evangelhos. Humanidade, bondade,
ternura, simplicidade são a característica do jeito com que Jesus acolhia e
tratava as pessoas: o velho Zaqueu que subiu numa árvore (Lc 19,1-10), as mães
com crianças (Mt 19,13-14), o leproso que gritava à beira da estrada (Mt 8,2;
Mc 1,40-41), o paralítico de trinta e oito anos (Jo 5,5-9), a moça do perfume
na casa do fariseu (Lc 7,36-50); o cego de nascimento na praça do templo (Jo
9,1-13), a mulher curvada na sinagoga (Lc 13,10-13), a viúva de Naim no enterro
do filho único (Lc 7,11-17), as crianças em todo canto (Mt 21,15-16), e tantas
outras pessoas. Jesus defendia os direitos dos pequenos e reconhecia neles a
sabedoria de Deus (Mt 11,25-26). Era o contrário da atitude dos fariseus e
escribas que chamavam o povo de ignorante e maldito e achavam que o povo não
tinha nada para ensinar a eles (Jo 7,48-49; 9,34).
inúmeros episódios narrados nos quatro evangelhos. Humanidade, bondade,
ternura, simplicidade são a característica do jeito com que Jesus acolhia e
tratava as pessoas: o velho Zaqueu que subiu numa árvore (Lc 19,1-10), as mães
com crianças (Mt 19,13-14), o leproso que gritava à beira da estrada (Mt 8,2;
Mc 1,40-41), o paralítico de trinta e oito anos (Jo 5,5-9), a moça do perfume
na casa do fariseu (Lc 7,36-50); o cego de nascimento na praça do templo (Jo
9,1-13), a mulher curvada na sinagoga (Lc 13,10-13), a viúva de Naim no enterro
do filho único (Lc 7,11-17), as crianças em todo canto (Mt 21,15-16), e tantas
outras pessoas. Jesus defendia os direitos dos pequenos e reconhecia neles a
sabedoria de Deus (Mt 11,25-26). Era o contrário da atitude dos fariseus e
escribas que chamavam o povo de ignorante e maldito e achavam que o povo não
tinha nada para ensinar a eles (Jo 7,48-49; 9,34).
Jesus acolhia a todos como seus irmãos e suas irmãs. Não
excluía ninguém. Ele anunciava o Reino de Deus para todos, mas o anunciava a
partir dos pobres, dos excluídos: Prostitutas eram preferidas aos fariseus (Mt
21,31–32; Lc 7,37-50); publicanos tinham precedência sobre os escribas (Lc
18,9-14; 19,1-10); leprosos eram limpos (Mc 1,44; Mt 8,2-3; 11,5; Lc 17,12-14);
doentes eram curados em dia de sábado (Mc 3,1-5; Lc 14,1-6; 13,10-13); mulheres
faziam parte do grupo que acompanhava Jesus (Lc 8,1-3; 23,49e55; Mc 15,40-41);
crianças e viúvas eram
apresentadas como mestras de adultos (Mt 18,1-4; 19,13-15; Lc 9,47-48; Lc
21,1-4 ); famintos eram acolhidos e alimentados (Mc 6,34; Mt 9,36; 15,32; Jo 6,
5-11); cegos recebiam a visão (Mc 8,22-26; Mc 10,46-52; Jo 9,6-7); possessos
eram libertados (Lc 11,14-20); a mulher adúltera era defendida contra os que a
condenavam em nome da lei de Deus (Jo 8,2-11); estrangeiros eram acolhidos (Lc
7,2-10; Mc 7,24-30; Mt 15,22). O povo perce beu a novidade e dizia: “Um novo
ensinamento dado com autoridade!” (Mc 1,27), diferente dos escribas e dos
fariseus (Mc 1,22).
excluía ninguém. Ele anunciava o Reino de Deus para todos, mas o anunciava a
partir dos pobres, dos excluídos: Prostitutas eram preferidas aos fariseus (Mt
21,31–32; Lc 7,37-50); publicanos tinham precedência sobre os escribas (Lc
18,9-14; 19,1-10); leprosos eram limpos (Mc 1,44; Mt 8,2-3; 11,5; Lc 17,12-14);
doentes eram curados em dia de sábado (Mc 3,1-5; Lc 14,1-6; 13,10-13); mulheres
faziam parte do grupo que acompanhava Jesus (Lc 8,1-3; 23,49e55; Mc 15,40-41);
crianças e viúvas eram
apresentadas como mestras de adultos (Mt 18,1-4; 19,13-15; Lc 9,47-48; Lc
21,1-4 ); famintos eram acolhidos e alimentados (Mc 6,34; Mt 9,36; 15,32; Jo 6,
5-11); cegos recebiam a visão (Mc 8,22-26; Mc 10,46-52; Jo 9,6-7); possessos
eram libertados (Lc 11,14-20); a mulher adúltera era defendida contra os que a
condenavam em nome da lei de Deus (Jo 8,2-11); estrangeiros eram acolhidos (Lc
7,2-10; Mc 7,24-30; Mt 15,22). O povo perce beu a novidade e dizia: “Um novo
ensinamento dado com autoridade!” (Mc 1,27), diferente dos escribas e dos
fariseus (Mc 1,22).
A revelação deste amor tão humano, tão bonito e
tão provocador começou a ser dada, quando Jesus nasceu em Belém. Foi lá que
tudo começou, e que tudo recomeça, cada vez de novo, todos os anos, no dia de
Natal. Natal é a grande festa da Humanidade de Jesus. Quanto mais
humanos conseguirmos ser, mais semelhantes seremos a Jesus, mais perto do
presépio estaremos, junto com os pastores, os convidados especiais de Deus para
festa do nascimento do seu Filho Jesus.
tão provocador começou a ser dada, quando Jesus nasceu em Belém. Foi lá que
tudo começou, e que tudo recomeça, cada vez de novo, todos os anos, no dia de
Natal. Natal é a grande festa da Humanidade de Jesus. Quanto mais
humanos conseguirmos ser, mais semelhantes seremos a Jesus, mais perto do
presépio estaremos, junto com os pastores, os convidados especiais de Deus para
festa do nascimento do seu Filho Jesus.