15 de Outubro de 2020
Sábado da XXVIII Semana do Tempo Comum
Solenidade de Santa Teresa de Jesus,
Virgem e Doutora da Igreja, nossa Santa Madre
Texto Orante: Frei Antonio González, OCD
OBS: como a grande maioria dos membros deste grupo são Carmelitas Seculares o Evangelho será o da solenidade de Santa Teresa. Os que não pertencem ao Carmelo podem fazer a oração no seguinte link: https://evangeli.net/evangelho/feria/2022-10-15
Motivação
Hoje, Santa Teresa de Jesus nos convida a descobrir a oração como amizade com Deus: uma relação pessoal que aprofunda suas raízes em sua própria realidade e nas atitudes que cultiva. E que pouco a pouco, renova, cura feridas, oferece um horizonte novo.
Deus oferece essa amizade sempre, a todos, com um amor que nada pode apagar.
Teresa nos fala desde sua própria história, onde palpou suas dificuldades e debilidade, e onde encontrou essa misericórdia que a fortaleceu e encheu de luz e paz seu coração. E nos anima dizendo-nos que essa luz e essa paz são também para você. Deus lhe chama a este caminho para encontrá-las.
Naquele tempo, disse Jesus: Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: ‘Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência.
Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar.’ Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.
Aquela Mulher tinha sede. Em seu coração, ressecado de desencantos, ainda batia uma gota de esperança, um resquício aberto a vida nova.
E a Jesus, a compaixão por tantas vidas que se murcham, o enche de sede: Ele é uma fonte que deseja ser encontrada.
Hoje, Jesus lhe convida a falar-lhe de sua sede. Se queres, também de suas buscas e fadigas, de suas alegrias e decepções. Lhe dá a chance para que o peças água viva, para que seu Espírito vá fazendo crescer em você um manancial de alegria, de paz, de vida.
Assim orava Santa Teresa de Jesus:
«Oh! quantas vezes me recordo da água viva de que falou o Senhor à Samaritana! E assim sou muito afeiçoada àquele Evangelho, e certo é que, sem entender como agora este bem, já o era desde muito criança e suplicava muitas vezes ao Senhor que me desse daquela água e, onde eu estava sempre, tinha um quadro, de quando o Senhor chegou ao poço, com este letreiro: “Senhor, dá-me dessa água” (Jo4,15)»
(Vida 30, 19)
Dá-me, Senhor, de tua água.
Tu conheces minha sede,
melhor inclusive que eu,
que posso murchar de esquecimentos,
ou buscar coisas que não saciam.
Dá-me dessa água
que lava feridas,
limpa o coração,
encharca de esperança.
Dá-me dessa água,
que semeia um manancial de frescor,
de fecundidade, de transparência.
Conduze-me a tua fonte. Amém.
Frei Antonio González, OCD
Tradução livre do App Evangelio Orado oferecido por Carmelitas Descalços Província Ibérica
Referência:
• – Imagens disponíveis na WEB