04 de Novembro de 2022
Sexta-feira da XXXI Semana do Tempo Comum
São Carlos Barromeu, bispo
Memória obrigatória
Texto Orante: Centro de Iniciativas de Pastoral de Espiritualidade
CIPE
Motivação
Ao começar o novo dia, Senhor, quisera que abrisse minha existência à gratuidade, aquela que é capaz de surpreender-se diante do inesperado, a que sabe valorizar os gestos pequenos, a que constrói vidas sólidas porque se cimenta na humildade. Obrigado por esta nova jornada, por nos dar o dom da vida, pela família, pelos amigos, por aqueles que nesta jornada cruzaram meu caminho… Obrigado por abrir caminho entre nós.
Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta!’ Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.
O dom do Reino é a grande riqueza que Deus outorga a quem o busca de coração sincero, uma riqueza que não se pode fechar ou corremos o perigo de perdê-lo todo.
A riqueza do Reino é para levar uma vida entregue, animada pela generosidade, sem pretensões de alcançar benefícios pessoais.
O modo de administrar essa riqueza é o que finalmente determina nossa relação com Deus. Portanto, os bens deste mundo terão valor sempre que nos permitam crescer no exercício do amor e da justiça.
Nos diz Santa Teresinha do Menino Jesus:
«Ó Jesus, sei, o amor só se paga com o amor; por isso, procurei, achei o meio de aliviar meu coração retribuindo Amor com Amor. “Granjeai amigos com a vil riqueza, para que quando esta vier a faltar eles vos recebam nas tendas eternas”. Eis, Senhor, o conselho que dás a teus discípulos depois de teres dito a eles que “os filhos deste mundo são mais atilados que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes” (Lc 16,8). Filha da luz, compreendi que meus desejos de ser tudo, de abraçar todas as vocações, eram riquezas que bem poderiam tornar-me injusta, servi-me delas para granjear amigos…».
(Manuscrito B)
Difícil orar hoje com teu Evangelho,
se não é para suplicar-te essa astúcia
que consiste em compartilhar com os mais necessitados.
Faça-nos filhos da luz, mas filhos astutos.
Os pobres são teu tesouro, Senhor,
o tesouro da Igreja.
Só deste tesouro temos direito a ocupar-nos.
Dá-nos um coração sempre aberto
e disponível a acolher. Assim seja.
Teresa Gárriz, OCD
Tradução livre do App Evangelio Orado oferecido por Carmelitas Descalços Província Ibérica
Referência:
• – Imagens disponíveis na WEB