Motivação
Um pão e uma jarra de vinho, no meio, como símbolo
Começamos nossa oração em torno do pão e do vinho. Quantas coisas nos lembram. Falam-nos da comida, em torno das quais se tece cada dia tanto amor; mas também da distribuição injusta de alimentos, que faz, por exemplo, que grande parte da África se converta periodicamente num grito de justiça (pão e água). Eles nos falam, como símbolos, de Jesus.
O pão e o vinho são convertidos em Pão partido e distribuído, e no Vinho que se entrega e chega a todos para o perdão. Os orantes de todos os tempos viram muitas coisas contemplando essas duas realidades. Podemos continuar a compartilhar o que o pão e o vinho nos sugerem.
Naquele tempo, Jesus acolheu as multidões, falava-lhes sobre o Reino de Deus e curava todos os que precisavam. A tarde vinha chegando. Os doze apóstolos aproximaram-se de
Jesus e disseram: “Despede a multidão, para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto”. Mas Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles responderam: “Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”. Estavam ali mais ou menos cinco mil homens. Mas Jesus disse aos discípulos: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta”. Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram.
A busca de Deus é uma atitude que nunca deve estar ausente em nossa oração. Mas a busca deve estar orientada até onde nos disse que se encontra (“onde queres que celebremos a Páscoa?”). Um destes lugares é ali onde Jesus parte o pão (eucaristia) e ali onde os homens (corpo de Cristo) estão com a vida partida.
Fazer-nos presentes nestes lugares, participar da vida de Jesus e tomar-nos a sério tantas agressões contra a vida, sobretudo dos irmãos e irmãs do terceiro mundo porque “as cobras só mordem aos descalços” (O.Romero), é expor-nos a que nos alcance o amor do sangue entregado de Jesus.
(CIPECAR – En torno al pan y al vino)
Assim escreve Frei Gabriel de Santa Maria Madalena:
“Devemos adorar, agradecer, amar. Devemos aproximar-nos e comer. “Quem come a minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em mim e eu nele…”. A comunhão sacramental é fonte de comunhão vital e permanente com Cristo. Por ela vive realmente o cristão “por Cristo”, não só porque dele recebe a vida, mas porque para ele orienta toda a sua existência”.
(Padre Gabriele di S. Maria Maddalena. Intimidade Divina, SS Corpo e Sangue de Cristo, 385, pg1150)
Dai-nos, Senhor, venerar com grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue.
Missal Romano – Coleta
Tradução livre do App Evangelio Orado oferecido por Carmelitas Descalços Província Ibérica