
EVANGELHO DO DIA 24/10/10
Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros:
10“Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos.
11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’.
13O cobrador de impostos, porém, ficou a distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’
14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.
– Palavra da Salvação.
– Glória a vós, Senhor.
O publicano, ao contrário, confessa-se pecador, e com razão, porque sua conduta não é conforme à lei de Deus. Está, todavia, arrependido, reconhece sua miséria moral, consciente de ser indigno do divino favor. “Não ousava sequer erguer os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: “Meu Deus, tem pena de mim! (ibidem, 13).
Eis a conclusão desconcertante! Afirma Jesus: “Eu vos digo, este desceu justificado para sua casa e não o outro” (ibidem, 14). Jesus não quer dizer que Deus prefere o libertino ou o embusteiro ao homem honesto, observante da lei; e, sim, que prefere a humildade do pecador arrependido à soberba de quem se presume justo. “Porque todo aquele que se exalta – na confiança e segurança de si – será humilhado, e quem se humilha – na consideração da própria miséria, será exaltado” (ibidem). Na realidade, teria tido o fariseu, não mesnos que o publicano, sobejos motivos de se humilhar, visto seu orgulho e falta de amor!
Gabriel de Sta. Mª Madalena, O.C.D.