Dia Nacional dos Cristãos Leigos – Mensagens

Caros membros da OCDS 

A festa de Cristo Rei marca o fim do ano litúrgico em toda a Igreja , que olha para o Crucificado-Ressuscitado com esperança. Com o Bom ladrão pedimos: “Lembra-te de mim quando estiveres em teu Reino”. 

A Cruz é o trono de Cristo Rei, o qual fez sempre o bem e trouxe a Redenção com o amor feito serviço até o fim, conquistando assim para o Pai um povo sacerdotal profético e real, dignidade esta participada por cada membro da Igreja. 

No Brasil celebramos junto com a festa de Cristo Rei o Dia Nacional do Leigo. 

Quero então desejar aos membros da OCDS que seja um dia de ação de graças pela esperança que nos vem desta festa e ao mesmo tempo seja o renovar e reforçar a vocação de vocês, que na Ordem são chamados a ser “testemunhas do Deus vivo” em meio às famílias, no trabalho, nas amizades e demais realidades do mundo. Aí vocês vivem seu sacerdócio e profetismo sendo missão do Reino com palavras e o testemunho de vida. 

Que o Espírito Santo lhes ilumine e fortaleça para seguirem adiante nesta bonita missão, no delicado momento que vive nosso Brasil. Que o fermento do Evangelho seja a força e a luz a guiá-los e animá-los na construção do “Reino da verdade, da justiça e do amor”.

Fraternalmente, 

Fr Alzinir Francisco Debastiani OCD 

(Delegado Geral da OCDS)

Roma, 24 de Novembro de 2019.

Festa de Cristo Rei

Nesse Dia Nacional do Leigo, Deus confirme cada membro da OCDS na sua vocação, no seu apostolado. 

Preservando a comunhão fraterna dos mesmos bens espirituais, participando de uma missão comum, membros de uma mesma família, sigamos empenhados no serviço à Igreja.

Frei Emerson Santos, OCD

Provincial eleito (Província São José )

Os leigos possuem – não perdem! – a secularidade. 

Hoje quando celebramos a festa Litúrgica de Cristo Rei e também o dia do leigo, lembramos nosso papel de sermos o “tempero” na festa do Senhor. E intensificamos a afirmação feita na Exortação Apostólica ‘Christifideles Laici’ de 1988: Os leigos possuem – não perdem! – a secularidade. 

Sempre foi uma grande tentação, e um grande erro, identificar esses modos, de maneira a propor aos leigos as mesmas formas de viver as virtudes que se apresentam para os religiosos. Na Exortação o Papa reitera a afirmação evangélica, tantas vezes esquecida na prática, de que todo apostolado fecundo deve apoiar-se na vida interior dos que pretendem efetuá-lo. O ramo não produz fruto se não estiver unido à videira, a Cristo. Todos os cristãos são chamados à santidade, à perfeição, a serem semelhantes ao Pai. E é nisso que firmamos nossa vida e missão como Carmelo Descalço Secular. No seguimento de Santa Teresa e São João da Cruz: oração, vida fraterna e missionariedade. 

Sal da Terra e luz do mundo (Mateus 5,13-14), foi assim que Jesus definiu a missão que aos seus discípulos missionários confiou. As imagens do sal e da luz são particularmente significativas se aplicadas aos cristãos leigos. Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja e nenhum cristão vivem para si mesmos. No caso dos cristãos, somente surtirão o efeito da Boa Nova, se estiverem ligados a Jesus Cristo (João 15,18). O grande campo de ação dos cristãos é o mundo. 

Em nossa vocação de Carmelitas Sseculares, nosso papel no mundo e na Igreja, é necessário, que tomemos consciência de nossa dignidade de batizados, e assim inseridos no meio do povo, das comunidades e da sociedade sejamos testemunhas da experiência de Deus. O perfil do nosso laicato hoje apresenta desafios de integridade e discernimento, fidelidade à nossa Igreja católica e fidelidade ao Papa e à sua palavra de Pai e Pastor. Temos sido tentados a nos afastar da verdade de nossa fé e de nossa Igreja em favor de posicionamentos políticos e na aceitação impensada de afirmações contra nossa historia eclesial. Aqui surge tentação de não buscar respostas e de crer em qualquer coisa. Nesta hora lembremo–nos de que “a criatura sem o seu Criador desaparece, não tem razão de ser” (conf. CFL). É, portanto, mais um convite a não abandonar o mundo, a trabalhar com todos na procura de soluções justas para os problemas. Na busca da verdade como nos ensina nossos Santos Carmelitas.

Rezemos para que sejamos parte de um laicato que gradativamente percebe o seu valor e sua missão no mundo e assuma assim sua missão própria e específica (LG 31) como homens e mulheres da Igreja no meio do mundo de hoje (Doc. Ap. nº 210-212.) (Daqueles que “Que escutam o chamamento de Cristo para trabalharem na Sua vinha”.(Mat.20) 

Na busca incansável e com determinada determinação rumo a Santidade a qual fomos chamados.

Que possamos “Primeirear” na oração e ação de sermos sal da terra e luz do mundo como nos pede nosso Papa Francisco. 

Nossa Santa Elisabete da Trindade quando escreve a uma leiga e afirma: “Por isso nossa vida não tem de esperar a morte para estar no céu e louvar a Deus. Vivemos em Deus e Deus vive em nós. Vivemos já o céu na terra. E nas vicissitudes da vida cotidiana, somos louvor de sua glória, porque «louvor de glória é uma alma que mora em Deus e que o ama com amor puro e desinteressado, sem buscar-se a si mesma nas doçuras desse amor; que o ama independentemente de todo os seus dons e mesmo que não tivesse recebido nada dele» (CF 43). 

É isso que Elisabete chama de «perfeito louvor de glória» (CF 42). Essa é realização suprema da vocação humana e da nossa de fieis leigos e leigas, fonte de equilíbrio e felicidade no presente e de plenitude no futuro. Ganhamos a Secularidade para a construção de um reino mais justo e mais amoroso. Ganhamos o Carmelo como condução que nos levará mais rápido a este objetivo. E que neste dia, nós leigos e leigas, possamos cada um dizer a Jesus Cristo Rei do Universo: Senhor, que te lembres de mim quando vieres na tua gloria! Que eu tenha temperado como devia e que esteja com minha cota de azeite pronta a iluminar!

Rose Lemos, ocds

Presidente Provincial da OCDS (Província São José)

Amados irmãos, amadas irmãs, Cristãos, leigos e leigas, espalhados Brasil, graça e paz!

Hoje celebramos a solenidade de Cristo Rei do Universo. Neste dia também a Igreja no Brasil celebra o Dia Nacional dos Cristãos Leigas e Leigas. Como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB quero cumprimentar a todos pelo protagonismo na evangelização. Isto acontece por meio do testemunho de fé, no cotidiano da vida. Também na vida profissional, na participação nos espaços eclesiais, como a animação de comunidades eclesiais, nas pastorais sociais, nos movimentos eclesiais e associações laicais, nas comunidades novas e nas ações coletivas organizadas na sociedade.

Neste ano, a Igreja no Brasil refletiu na sua Campanha da Fraternidade o tema das Políticas Públicas. Merece destaque o forte chamado da presença cristã e, de modo especial dos cristãos leigos, nos aerópagos modernos: na família, no mundo do trabalho, na política, na economia, no meio ambiente, na cultura, na educação, na comunicação e em muitos outros lugares desafiadores. Acompanhar esta presença dos cristãos leigos na Igreja e na sociedade, ser presença de comunhão, oferecer formação junto a esses homens e mulheres de fé, em seus espaços de missão, é a missão da Igreja, é a missão da CNBB é a minha missão como presidente da Comissão do Laicato.Quero agradecer a todos e todas pelo testemunho e pela alegria com que vocês vivem a vocação batismal e o testemunho de serem sujeitos eclesiais na Igreja e também na sociedade. Quero desejar a todos uma frutuosa celebração no Dia Nacional dos Cristãos Leigos.Um grande abraço e minha bênção a todos!

Dom Giovane Pereira de Melo

Bispo de Tocantinópolis (TO)

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato