Da Homilia pronunciada por João Paulo II na Canonização de S. Rafael Kalinowski, 17 de novembro de 1991

Da Homilia pronunciada por João Paulo II na Canonização de S. Rafael Kalinowski, 17 de novembro de 1991

Tradução Frei Alzinir Debastiani, ocd
 Homem “conquistado por Cristo“. Um homem
cujo espírito, depois de todas as experiências graves anteriores – e também
através das experiências que o fizeram sofrer muito – descobriu o significado
das palavras que Cristo disse na Última Ceia: “Como o Pai me amou, assim
Eu vos amei. . . Ninguém tem maior amor do que dar a sua vida por seus amigos “(Jo
15, 9-13).
Dá a vida. . . Para
seus compatriotas, por uma grande causa. “Ele amava  tanto a sua pátria terrena, que por sua causa
ele se expôs à morte” – como já tive ocasião de dizer em Czerna dia 15 de
novembro de 1966, junto a seu túmulo.
Dá a vida. . .
“Por amor à pátria eterna” – como eu disse no mesmo lugar – pela
profissão no Carmelo, a amar mais plenamente à semelhança de Cristo,
tornando-se seu amigo: “Vocês são meus amigos” (Jo 15, 14).
Dá a vida. . . Pelos
outros no desempenho do ministério sacerdotal, impulsionando todos à perfeição
para a santidade. Ele torna-se oração e trabalho, querendo ser
“propriedade dos outros.”
Dá a vida. . . Pela
causa da unidade da Igreja. Arde do desejo ver unidos no mesmo rebanho os
irmãos ortodoxos, cheio de confiança na intercessão da Santíssima Virgem, tão
venerada por eles.
Alegrai-vos, a família do Carmelo, a pátria espiritual do
Padre Rafael, regozijai-vos no ano de seu jubileu!
Os santos são um fruto maduro do Reino de Deus na terra. Neles
realiza-se de uma maneira especial a escolha de Cristo: “Não fostes vós
que me escolhestes, mas fui que eu vos escolhi e vos designei para que vades e
deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15, 16).

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