CELEBRANDO O ANIVERSÁRIO DA “MAIOR SANTA DOS TEMPOS MODERNOS”

CELEBRANDO O ANIVERSÁRIO DA “MAIOR SANTA DOS TEMPOS MODERNOS”



A Igreja
aguardou por muito tempo aquela que seria “a maior santa dos tempos modernos”,
segundo a expressão do Papa São Pio X. Há 144 anos, uma carmelita descalça com
um feminismo juvenil, viveu e explanou de forma simples e ao mesmo tempo
profunda a sua maneira de ver e viver a doutrina evangélica
(Obras Completas
de Santa Teresa do Menino Jesus, Editora Paulus)
.
Seu nome era
Maria Francisca Teresa Martin. Nasceu no dia 02 de Janeiro de 1873, às 23h na
rua Saint Blaise, 36 em Aleçon, pequeno povoado francês na Região da Baixa Normandia.
Anos turbulentos
precederam o nascimento de Santa Teresinha, tanto para seus pais São Luís
Martin e Santa Zélia Guerín (declarados Santos pelo Papa Francisco em 18 de
outubro de 2015), como também para França.
A França, em 16
de julho de 1870, declara guerra à Prússia, mas, o exército francês era muito
mal preparado e a derrota é inevitável. O exército prussiano invade
progressivamente a França e acaba se aproximando do território francês. Em
janeiro de 1871, os prussianos entram em Aleçon e um bombardeio cai sobre a
cidade. Luís e Zélia se refugiam no porão e depois são obrigados a abrigar em
sua casa nove soldados inimigos. Finalmente, os prussianos são derrotados. Porém
a cidade está praticamente destruída.
Em 27 de janeiro
de 1871, o cessar fogo é assinado. Um armistício com os prussianos é assinado,
mas, a guerra deixa marcas. É neste contexto pós-guerra que é anunciada a
gravidez da mãe de Santa Teresinha do Menino Jesus. A santa menina um dia será
descrita por sua mãe, Zélia, como uma “obra
prima da natureza e da graça”
.
Sua mãe, Santa
Zélia, ainda traumatizada pela morte da filha anterior, chamada também Teresa,
tem constantes pesadelos por medo de perdê-la. Mas é com total abandono e
confiança no bom Deus que dirá: “Espero que
essa criança venha com saúde: a infelicidade não pode estar sempre à mesma
porta. De qualquer maneira, que a vontade do bom Deus seja feita
”.
Mas, é também um tempo de felicidade que ela relata:
“Quando estava grávida, dela observei uma coisa que jamais me ocorrera com meus
outros filhos: sempre que eu cantava, ela cantava comigo. Conto isso somente a
você: ninguém acreditaria em mim”
(Correspondance
familiale
1863-1885, Editions du Cerf, 2004. Do livro Luis e Zélia Martin, autora
Hélene Mongin).
Seu nascimento
se deu então durante o inverno. Na madrugada de 02 de janeiro de 1873 veio ao
mundo a nona filha do casal Martín. As filhas mais velhas, Maria e Paulina,
tinham vindo do convento das Visitandinas que ficava em Les Mans para passar o
feriado do Natal em casa com os pais. Depois do desapontamento inicial pelo fato
de não ser o menino tão esperado – o futuro sacerdote da família fora ainda
negado – rapidamente esse pensamento foi dissipado e o que se seguiu foi uma
grande alegria! A pequena Teresa foi recebida como um presente especial do Céu.
O pai logo a chamou de “minha pequena rainha”. Ao longo do dia, uma fina chuva
caiu na cidade de Aleçon. A “rainhazinha” foi de fato bem recebida naquela
manhã de inverno e, no decorrer do dia, uma pobre cantora tocou timidamente à
porta do feliz lar e apresentou um papel com a seguinte estrofe:
“Sorria e cresça rapidamente, todos te chamam
de alegria, doce amor e ternura, Sorria alegremente ao amanhecer, pois tu serás
uma majestosa rosa”
.
Era uma profecia
encantadora, pois o broto desdobrou suas pétalas e se tornou uma rosa – uma
rosa de amor – mas não por muito tempo, “pelo espaço de uma manhã”.


(SOEUR THÉRÈSE OF LISIEUX, THE LITTLE FLOWER OF JESUS
A NEW AND COMPLETE TRANSLATION OF L’HISTOIRE D’UNE
ÂME, WITH AN ACCOUNT OF SOME FAVOURS ATTRIBUTED TO THE INTERCESSION OF SOEUR
THÉRÈSE
EDITED BY T. N. TAYLOR: PRIEST OF THE ARCHDIOCESE OF
GLASGOW: WITNESS BEFORE THE TRIBUNAL OF THE BEATIFICATION
BURNS, OATES
& WASHBOURNE LD.
TWENTY-EIGHT ORCHARD STREET, LONDON, W., AND EIGHT TO
TEN PATERNOSTER ROW, LONDON, E.C.)

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