BEATA ELISABETE DA TRINDADE,OCD
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Beata Elizabete da Trindade
1879-1897
26 anos de vida- 5 no Carmelo
um presente para o Carmelo e para a Igreja.
Viveu só 26
anos, sendo que os últimos cinco anos no Carmelo, mas neste curto período,
podemos admirar o reflexo de seu coração, o segredo de sua vida e a
manifestação de seu intenso amor.
anos, sendo que os últimos cinco anos no Carmelo, mas neste curto período,
podemos admirar o reflexo de seu coração, o segredo de sua vida e a
manifestação de seu intenso amor.
Seus
escritos, impregnados da Presença de Deus não envelhecem e a cada leitura
sentimos o aleito divino chegando até nós, o sopro do Espírito Santo nos
animando.
escritos, impregnados da Presença de Deus não envelhecem e a cada leitura
sentimos o aleito divino chegando até nós, o sopro do Espírito Santo nos
animando.
Elisabete
celebra a vida em suas cores e dores; por meio de suas palavras reconhecemos
que a Palavra de Deus é convertida em substância do seu ser. O exame
grafológico de sua escrita mostra com as palavras “amor” e “Deus” alcançam as fibras mais profundas de sua
personalidade.
celebra a vida em suas cores e dores; por meio de suas palavras reconhecemos
que a Palavra de Deus é convertida em substância do seu ser. O exame
grafológico de sua escrita mostra com as palavras “amor” e “Deus” alcançam as fibras mais profundas de sua
personalidade.
Nasceu
Elisabete Catez em 18/07/1880 no campo militar de Avor- França e foi batizada
no dia 22/07 (festa de Santa Maria Madalena).
Elisabete Catez em 18/07/1880 no campo militar de Avor- França e foi batizada
no dia 22/07 (festa de Santa Maria Madalena).
escritos.
Elisabete da
Trindade morreu no Carmelo de Dijon (atualmente Flavignerot) no dia 09/11/1906.
Trindade morreu no Carmelo de Dijon (atualmente Flavignerot) no dia 09/11/1906.
Em 1984, no
dia 25/11 foi beatificada por João Paulo II. Sua comemoração litúrgica foi
fixada a oito de novembro.
dia 25/11 foi beatificada por João Paulo II. Sua comemoração litúrgica foi
fixada a oito de novembro.
No
seu coração, a jovem sonhava receber no Carmelo o nome de Elisabete de
Jesus . Não sem sacrifício ela aceita o de Elisabete da
Trindade que a Priora lhe propõe em memória de uma Carmelita de Beaune.
seu coração, a jovem sonhava receber no Carmelo o nome de Elisabete de
Jesus . Não sem sacrifício ela aceita o de Elisabete da
Trindade que a Priora lhe propõe em memória de uma Carmelita de Beaune.
A
01 de julho de 1900, encontramos este nome pela primeira vez numa carta
dirigida a uma outra aspirante do Carmelo, Margarida Gollot. Pouco antes,
Elisabete encontrou pela primeira vez o Padre Vallée, Prior dos Dominicanos de
Dijon, orador apreciadíssimo do Carmelo.. A longa conversa com este Padre, que
ela verá ainda várias vezes antes da sua entrada, encorajou-a intensamente a
crer no Deus “todo Amor” que nela habita, o que ela sabe tão bem. O religioso
lhe dá asas para continuar sua rápida carreira. Não que ele tenha revelado a
realidade da inabitação de Deus em sua alma, da qual ela já vivia. Mas é
seguramente enriquecida daquilo que o Padre Vallée lhe dizia sobre o amor que,
não somente Jesus, mas também Deus, Pai, verbo e Espírito Santo lhe têm. Como
ela deveu beber estas palavras, ela que escrevera dois anos antes, no dia de
Pentecostes de 1898, ao falar do Espírito Santo que ela “invoca a cada dia” e
de quem espera a dilatação de todos os seus desejos:
01 de julho de 1900, encontramos este nome pela primeira vez numa carta
dirigida a uma outra aspirante do Carmelo, Margarida Gollot. Pouco antes,
Elisabete encontrou pela primeira vez o Padre Vallée, Prior dos Dominicanos de
Dijon, orador apreciadíssimo do Carmelo.. A longa conversa com este Padre, que
ela verá ainda várias vezes antes da sua entrada, encorajou-a intensamente a
crer no Deus “todo Amor” que nela habita, o que ela sabe tão bem. O religioso
lhe dá asas para continuar sua rápida carreira. Não que ele tenha revelado a
realidade da inabitação de Deus em sua alma, da qual ela já vivia. Mas é
seguramente enriquecida daquilo que o Padre Vallée lhe dizia sobre o amor que,
não somente Jesus, mas também Deus, Pai, verbo e Espírito Santo lhe têm. Como
ela deveu beber estas palavras, ela que escrevera dois anos antes, no dia de
Pentecostes de 1898, ao falar do Espírito Santo que ela “invoca a cada dia” e
de quem espera a dilatação de todos os seus desejos:
Espírito
Santo, Bondade, Beleza suprema!
Santo, Bondade, Beleza suprema!
Ó
tu que eu adoro, ó tu que eu amo!
tu que eu adoro, ó tu que eu amo!
Consome
por tuas divinas chamas,
por tuas divinas chamas,
Este
corpo, e este coração, e esta alma!
corpo, e este coração, e esta alma!
Esta
esposa [da] Trindade
esposa [da] Trindade
Que
não aspira senão à sua vontade!…(P 54)
não aspira senão à sua vontade!…(P 54)
Durante
o verão de 1900 esta “esposa da trindade” faz o seu grande adeus ao mundo
durante o percurso de uma viagem de três meses. Uma última vez, os encontros e
as soirées são retomados em Dijon, mas também o apostolado ao qual ela se
dedica nas paróquias de São Miguel e São Pedro: o patronato para as filhas dos
operários da fábrica de tabacos, a catequese às crianças que se preparam para a
primeira Comunhão, as visitas a seus pais e aos doentes, o coro de canto…
o verão de 1900 esta “esposa da trindade” faz o seu grande adeus ao mundo
durante o percurso de uma viagem de três meses. Uma última vez, os encontros e
as soirées são retomados em Dijon, mas também o apostolado ao qual ela se
dedica nas paróquias de São Miguel e São Pedro: o patronato para as filhas dos
operários da fábrica de tabacos, a catequese às crianças que se preparam para a
primeira Comunhão, as visitas a seus pais e aos doentes, o coro de canto…
O
tempo passa depressa, seus vinte e um anos e sua entrada no Carmelo já se
aproximam. Elisabete atravessa um período de aridez na sua busca de Deus. Ela
sofre. Sofre mais ainda “por fazer sofrer os outros”: sua mãe e sua
irmã contam os dias que lhes resta com sua Sabete. “Minhas pobres queridas que
eu crucifico”, ela geme. Mais tarde o Cônego Angles evocará os “dois amores”
que, como uma trave vertical e uma horizontal, formam uma cruz no coração de
Elisabete: “o amor de Deus e o amor de sua mãe eu ela amava apaixonadamente”.
Mas a filha do oficial não recua diante dos sacrifícios por maiores que eles
fossem para responder ao Amor maior.
tempo passa depressa, seus vinte e um anos e sua entrada no Carmelo já se
aproximam. Elisabete atravessa um período de aridez na sua busca de Deus. Ela
sofre. Sofre mais ainda “por fazer sofrer os outros”: sua mãe e sua
irmã contam os dias que lhes resta com sua Sabete. “Minhas pobres queridas que
eu crucifico”, ela geme. Mais tarde o Cônego Angles evocará os “dois amores”
que, como uma trave vertical e uma horizontal, formam uma cruz no coração de
Elisabete: “o amor de Deus e o amor de sua mãe eu ela amava apaixonadamente”.
Mas a filha do oficial não recua diante dos sacrifícios por maiores que eles
fossem para responder ao Amor maior.
Maria
de Jesus conhece o valor de sua jovem postulante e decide leva-la consigo para
a nova fundação de Paray-le-Monial. As malas de Elisabete já se encontravam lá
quando, no último momento, se consente em deixa-la no Carmelo de Dijon em consideração
para com a Senhora Catez.
de Jesus conhece o valor de sua jovem postulante e decide leva-la consigo para
a nova fundação de Paray-le-Monial. As malas de Elisabete já se encontravam lá
quando, no último momento, se consente em deixa-la no Carmelo de Dijon em consideração
para com a Senhora Catez.
São
horas dilacerantes, a última tarde, a última noite juntas…
horas dilacerantes, a última tarde, a última noite juntas…
Mas
a 2 de agosto de 1901 traz também para Elisabete a paz profunda de poder,
enfim, dizer sim a Jesus que a quer no Carmelo. Nesta mesma manhã ela escreve
ao Cônego Angles: “Nós comungaremos na Missa das oito horas e, depois disto,
quando Ele estiver no meu coração, mamãe me conduzirá à porta da clausura!”.
a 2 de agosto de 1901 traz também para Elisabete a paz profunda de poder,
enfim, dizer sim a Jesus que a quer no Carmelo. Nesta mesma manhã ela escreve
ao Cônego Angles: “Nós comungaremos na Missa das oito horas e, depois disto,
quando Ele estiver no meu coração, mamãe me conduzirá à porta da clausura!”.
Quando
Ele estiver no meu coração… Ela termina :”Eu sinto que sou toda sua, que não
reservo nada, lanço-me nos seus braços como uma criancinha”.
Ele estiver no meu coração… Ela termina :”Eu sinto que sou toda sua, que não
reservo nada, lanço-me nos seus braços como uma criancinha”.
Antes
de deixar para sempre a casa da Rua Prieur-de-la- Cote-d’Or, ela se ajoelha
diante do retrato de seu pai e lhe pede uma última bênção.
de deixar para sempre a casa da Rua Prieur-de-la- Cote-d’Or, ela se ajoelha
diante do retrato de seu pai e lhe pede uma última bênção.
Na
entrada da clausura, a Sub Priora, Germana de Jesus, e algumas Irmãs acolhem a
jovem que entra para o Carmelo. Ela sobe até a sua cela para se revestir com a
veste de postulante, com a capinha e o véu negro.
entrada da clausura, a Sub Priora, Germana de Jesus, e algumas Irmãs acolhem a
jovem que entra para o Carmelo. Ela sobe até a sua cela para se revestir com a
veste de postulante, com a capinha e o véu negro.
É
neste traje que nós a vemos numa foto da Comunidade feita três dias depois. O
rosto trai o sofrimento dos últimos dias, mas também sua decisão de ir em
frente. No dia seguinte, Irmã Teresa de Jesus envia diversas fotos ao Carmelo
de Lisieux (à Irmã Genoveva, a irmã de Teresa) e no seu longo comentário
encontramos esta frase assombrosa:”…uma postulante de três dias mas que
aspira ao Carmelo desde a idade de sete anos, Irmã Elisabete da Trindade, que
dará uma Santa porque já possui disposições notáveis”. Com efeito, ela
surpreende as Irmãs por suas virtudes e seu recolhimento, mas algumas se
perguntam se não seria belo demais para ser verdade…
neste traje que nós a vemos numa foto da Comunidade feita três dias depois. O
rosto trai o sofrimento dos últimos dias, mas também sua decisão de ir em
frente. No dia seguinte, Irmã Teresa de Jesus envia diversas fotos ao Carmelo
de Lisieux (à Irmã Genoveva, a irmã de Teresa) e no seu longo comentário
encontramos esta frase assombrosa:”…uma postulante de três dias mas que
aspira ao Carmelo desde a idade de sete anos, Irmã Elisabete da Trindade, que
dará uma Santa porque já possui disposições notáveis”. Com efeito, ela
surpreende as Irmãs por suas virtudes e seu recolhimento, mas algumas se
perguntam se não seria belo demais para ser verdade…

