ADVENTO, VIGIAR NA ESPERANÇA – Frei Alzinir Debastiani
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Umadas frases breves e intensas do Papa Francisco na Evangelii gaudium diz: “Não deixemos que nos roubem a esperança!“
E
desta frase começamos esta breve mensagem de início do tempo litúrgico do
Advento. Tempo forte de esperança e de vigilância sobre nós mesmos, a fim de
não sermos privados desta virtude tão
importante na vida humana e cristã. Ela nos dá forças para enfrentar as crises
e as dificuldades pessoais e do nosso tempo.
desta frase começamos esta breve mensagem de início do tempo litúrgico do
Advento. Tempo forte de esperança e de vigilância sobre nós mesmos, a fim de
não sermos privados desta virtude tão
importante na vida humana e cristã. Ela nos dá forças para enfrentar as crises
e as dificuldades pessoais e do nosso tempo.
Vivemos
em uma cultura “desertificada” que esconde o verdadeiro rosto de Deus
e explora, com o objetivo de lucro, tantos símbolos cristãos, o deus mercado
onipresente em tantos lugares. Ele nos impulsiona ao egoísmo, ao hedonismo e ao
consumismo, fazendo esfriar o amor ao próximo.
em uma cultura “desertificada” que esconde o verdadeiro rosto de Deus
e explora, com o objetivo de lucro, tantos símbolos cristãos, o deus mercado
onipresente em tantos lugares. Ele nos impulsiona ao egoísmo, ao hedonismo e ao
consumismo, fazendo esfriar o amor ao próximo.
Deste
perigo já Santa Teresa de Jesus advertia em um poema que tem como pano de fundo
o capítulo 25 do Evangelho de Mateus. A Santa Madre recomenda “ficar
acordado, para estar em sentinela, até que o Noivo venha”, não deixando
que o ladrão venha de surpresa e nos roube (Poesia 25). E no Caminho de Perfeição escreve:
“Devemos ser sempre cautelosos e vigilantes … as almas que aspiram a uma
maior perfeição … devem sempre vigiar e orar …” (Caminho, 7,6).
perigo já Santa Teresa de Jesus advertia em um poema que tem como pano de fundo
o capítulo 25 do Evangelho de Mateus. A Santa Madre recomenda “ficar
acordado, para estar em sentinela, até que o Noivo venha”, não deixando
que o ladrão venha de surpresa e nos roube (Poesia 25). E no Caminho de Perfeição escreve:
“Devemos ser sempre cautelosos e vigilantes … as almas que aspiram a uma
maior perfeição … devem sempre vigiar e orar …” (Caminho, 7,6).
É
evidente que para o Carmelo Teresiano, a oração é essencial. Mas no Advento,
sob a orientação dos Profetas, de São João Batista e da Virgem Maria, a oração
se torna um dos lugares para se aprender a viver na esperança. Ela nos diz que
nunca estamos sozinhos, mesmo quando parece o contrário. Se Deus demora a atender
as nossas orações, Ele faz com que o desejo dilate o nosso coração e o
purifique em nossa busca Dele, para levar-nos à verdade mais profunda de nós
mesmos, e assim chegar ao objeto da esperança, que é Ele próprio. Então, livres
de todas as falsas esperanças, tornamo-nos sinais de esperança para os outros:
uma esperança ativa, que nos leva a lutar contra o mal em nós mesmos e ao nosso
redor, e, ao mesmo tempo, a transformá-lo e com isso permitir que brilhe
a verdadeira esperança que o Natal significa: Deus veio morar conosco e
fazer-nos todos os irmãos, cidadãos do seu Reino de paz e justiça (cf. Spe salvi, 32-34).
evidente que para o Carmelo Teresiano, a oração é essencial. Mas no Advento,
sob a orientação dos Profetas, de São João Batista e da Virgem Maria, a oração
se torna um dos lugares para se aprender a viver na esperança. Ela nos diz que
nunca estamos sozinhos, mesmo quando parece o contrário. Se Deus demora a atender
as nossas orações, Ele faz com que o desejo dilate o nosso coração e o
purifique em nossa busca Dele, para levar-nos à verdade mais profunda de nós
mesmos, e assim chegar ao objeto da esperança, que é Ele próprio. Então, livres
de todas as falsas esperanças, tornamo-nos sinais de esperança para os outros:
uma esperança ativa, que nos leva a lutar contra o mal em nós mesmos e ao nosso
redor, e, ao mesmo tempo, a transformá-lo e com isso permitir que brilhe
a verdadeira esperança que o Natal significa: Deus veio morar conosco e
fazer-nos todos os irmãos, cidadãos do seu Reino de paz e justiça (cf. Spe salvi, 32-34).
Por
isso a importância deste tempo de espera vigilante, de fortalecimento da fé e da
esperança pela intensificação da oração pessoal, em nossas famílias e
comunidades. E para esta atitude orante, um papel fundamental no sustento mutuo
da fé, é o “descobrir e transmitir a
«mística» de viver juntos, misturar-nos, encontrar-nos, dar o braço,
apoiar-nos, participar nesta maré um pouco caótica que pode transformar-se numa
verdadeira experiência de fraternidade, numa caravana solidária, numa
peregrinação sagrada” (EG 87), com quem vive a “verdadeira
esperança cristã que gera história”, como Deus fez em Cristo. Nele o Reino
entrou a nossa história, onde o trigo e o joio crescem juntos, mas que no final
serão separados e o bem vencerá o mal.
isso a importância deste tempo de espera vigilante, de fortalecimento da fé e da
esperança pela intensificação da oração pessoal, em nossas famílias e
comunidades. E para esta atitude orante, um papel fundamental no sustento mutuo
da fé, é o “descobrir e transmitir a
«mística» de viver juntos, misturar-nos, encontrar-nos, dar o braço,
apoiar-nos, participar nesta maré um pouco caótica que pode transformar-se numa
verdadeira experiência de fraternidade, numa caravana solidária, numa
peregrinação sagrada” (EG 87), com quem vive a “verdadeira
esperança cristã que gera história”, como Deus fez em Cristo. Nele o Reino
entrou a nossa história, onde o trigo e o joio crescem juntos, mas que no final
serão separados e o bem vencerá o mal.
Caríssimos,
que vivamos então este tempo com intensidade e com o olhar voltado para a Mãe
da Esperança. A Virgem Maria de Nazaré nos foi dada como Mãe em um momento em
que tudo parecia perdido. E como diz São João da Cruz a “Mãe de Deus é minha”,
confiemo-nos à Estrela da esperança que nos conduz em meio às tempestades da
vida. Com Ela aprendamos a escrutar Escrituras, fonte privilegiada da oração e do
sentido da história e permaneçamos “firmes na esperança do Evangelho que ouvimos”
(Cl 1,23) e que não desilude.
que vivamos então este tempo com intensidade e com o olhar voltado para a Mãe
da Esperança. A Virgem Maria de Nazaré nos foi dada como Mãe em um momento em
que tudo parecia perdido. E como diz São João da Cruz a “Mãe de Deus é minha”,
confiemo-nos à Estrela da esperança que nos conduz em meio às tempestades da
vida. Com Ela aprendamos a escrutar Escrituras, fonte privilegiada da oração e do
sentido da história e permaneçamos “firmes na esperança do Evangelho que ouvimos”
(Cl 1,23) e que não desilude.
Com votos de um santo Advento
e festa de São João da Cruz,
e festa de São João da Cruz,
Fr. Alzinir F. Debastiani OCD
Roma, 30 de novembro de 2014