O CARMELITA SECULAR E A VIVÊNCIA DA QUARESMA
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“Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja une-se ao mistério de Jesus no deserto.” (Catecismo da Igreja Católica, nº 540).
A palavra Quaresma vem do latim, quadragésima, e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecede a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência e conversão.
De acordo com a Carta Apostólica do Papa Paulo VI, aprovando o Novo Calendário Romano Geral, página 28, o tempo da quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-feira da Semana Santa (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive – Diretório da Liturgia – CNBB). Tradicionalmente, a Quaresma era contada da Quarta-Feira de Cinzas até o Sábado de Aleluia, somando-se 46 dias. Excluindo-se os seis domingos que não são dias com caráter penitencial, tem-se o número de 40 dias.
Conforme o Catecismo da Igreja Católica, no nº 1438, “os tempos e os dias de penitência no decorrer do Ano Litúrgico (tempo da Quaresma, cada sexta-feira, em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Estes tempos são particularmente apropriados para os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações em sinal de penitência, as privações voluntárias, como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras caritativas e missionárias)”.
O Catecismo da Igreja Católica, em seu nº 1434, indica-nos as formas que o católico pode praticar seus atos de penitência:
CIC, nº 1434: “A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobretudo em três formas: o jejum, a oração e a esmola que exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros. A par da purificação radical operada pelo Batismo ou pelo martírio, citam, como meios de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para se reconciliar com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade «que cobre uma multidão de pecados» (1 Pe 4, 8).”
Todos os católicos devem cumprir os cinco preceitos da Igreja, os quais têm por fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável do espírito de oração, da vida sacramental, do empenho moral e do crescimento do amor de Deus e do próximo. (Compêndio do Catecismo, 431). O quarto preceito da Igreja consiste em guardar a abstinência e jejuar nos dias marcados pela Igreja (Compêndio do Catecismo, 432).
Dessa forma, o Código de Direito Canônico assim estabelece os dias de penitência:
Cân. 1249 — Todos os fiéis, cada qual a seu modo, por lei divina têm obrigação de fazer penitência; para que todos se unam entre si em alguma observância comum de penitência, prescrevem-se os dias de penitência em que os fiéis de modo especial se dediquem à oração, exercitem obras de piedade e de caridade, se abneguem a si mesmos, cumprindo mais fielmente as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a abstinência, segundo as normas dos cânones seguintes.
Cân. 1250 — Os dias e tempos de penitência na Igreja universal são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma.
Cân. 1251 — Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Cân. 1252 — Estão obrigados à lei da abstinência os que completaram catorze anos de idade; à lei do jejum estão sujeitos todos os maiores de idade até terem começado os sessenta anos. Todavia os pastores de almas e os pais procurem que, mesmo aqueles que, por motivo de idade menor não estão obrigados à lei da abstinência e do jejum, sejam formados no sentido genuíno da penitência.
Cân. 1253 — A Conferência episcopal pode determinar mais pormenorizadamente a observância do jejum e da abstinência, e bem assim substituir outras formas de penitência, sobretudo obras de caridade e exercícios de piedade, no todo ou em parte, pela abstinência ou jejum.
Com referência ao cânon 1251, a CNBB afirma que o fiel católico brasileiro pode substituir a abstinência de carne por uma obra de caridade, um ato de piedade ou comutar a carne por um outro alimento.
O cânon é bem claro ao afirmar que todos são obrigados a jejuar, pois compreende a idade de 18 a 60 anos. Porém, desde os catorze anos os adolescentes já podem fazer algum tipo de abstinência.
Portanto, o quarto mandamento da Lei da Igreja está plenamente em vigor. A maioria dos católicos é obrigada a cumprir esse preceito, que não deve ser encarado como uma imposição, um sacríficio, mas sim, como meio de seguro de responder ao apelo de Jesus à conversão do coração.
Desde os primórdios da nossa Ordem, a Regra de Santo Alberto já previa o jejum e a abstinência para os primeiros carmelitas, eremitas no Monte Carmelo:
15. Jejuai todos os dias, menos aos domingos, desde a festa da Exaltação da Santa Cruz até o dia da Ressurreição do Senhor, a não ser que enfermidade ou debilidade física ou outra causa razoável aconselhe sua dispensa, pois a necessidade não está sujeita à Lei.
16. Observai a abstinência de carne, a menos que a tomeis como remédio em caso de enfermidade ou debilidade. E já que pelas viagens, tereis que mendigar, amiúde, para vosso sustento, fora de casa podeis comer legumes preparados com carne, a fim privar de moléstias a quem vos hospedar. Porém, fica autorizada a comida de carne em viagens.
Para os carmelitas seculares, as Constituições da OCDS recomendam as práticas de abnegação evangélica e a observância da penitência conforme o calendário litúrgico:
Constituições OCDS, art. 22: O caminho da oração cristã exige viver a abnegação evangélica (Lc 9,23) no cumprimento da própria vocação e missão, já que “oração e vida cômoda são incompatíveis” [20]. O secular assumirá a partir da perspectiva da fé, da esperança e do amor, os trabalhos e sofrimentos de cada dia, as preocupações familiares, a incerteza e as limitações da vida humana, a enfermidade, a incompreensão e tudo aquilo que constitui o tecido de nossa existência terrena. Procurará, ao mesmo tempo, fazer de tudo isso matéria para seu diálogo com Deus, para crescer numa atitude de louvor e agradecimento ao Senhor. Para viver autenticamente a simplicidade, o desapego, a humildade e a completa confiança no Senhor, a Ordem Secular observa as práticas de abnegação evangélica recomendadas pela Igreja. De particular importância são aqueles dias e períodos do calendário litúrgico que têm caráter penitencial.
Em nossa Província São José, também o Estatuto Particular da OCDS, recomenda para a vivência espiritual do carmelita secular a penitência e a mortificação:
Estatuto Particular da OCDS – Província São José, art. 4º: A vida de oração, fundamento e exercício primordial do Carmelo, será cultivada pelo Carmelita Secular com o uso dos meios que a Ordem para isto determina, conforme a seguir elencados:
(…)
X – A PENITÊNCIA E MORTIFICAÇÃO – Porque a vida de oração e de união com Deus exige “manter o dinamismo permanente de conversão”. O Carmelita Secular cultivará o espírito de penitência e de mortificação, segundo as indicações que se seguem:
(…)
b) praticará algum exercício de penitência, segundo a tradição da Ordem, especialmente nas sextas-feiras do Advento e Quaresma, e em preparação às festas da Ordem, e quando possível o jejum e abstinência na Vigília da festa de Nossa Senhora do Carmo.
Entretanto, devemos estar muito atentos para não praticarmos penitências exageradas, conforme muito bem nos advertem nossos pais Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz:
“Como já sabeis, não aprovo penitências excessivas, que, se forem feitas sem discernimento, pode provocar malefícios à saúde” (Santa Teresa de Jesus – Caminho de Perfeição 15, 3).
“Sobrecarregam-se de penitências excessivas e outras muitas práticas extraordinárias, de todo arbitrárias, e imaginam que somente isto basta para chegar à união com a Sabedoria divina, sem a mortificação dos seus apetites desordenados” (São João da Cruz 1S, 4).
Portanto, de nada adianta qualquer prática de penitência, se esta não nos levar à conversão do coração. “Sem ela, as obras de penitência são estéreis e enganadoras” (CIC, 1430).
O Papa Francisco, em sua Mensagem para a Quaresma de 2019, nos indica que o caminho para a verdadeira conversão é abandono do egoísmo, fazendo-nos próximos das pessoas em dificuldade, através da partilha de nossos bens materiais e espirituais:
“Queridos irmãos e irmãs, a «quaresma» do Filho de Deus consistiu em entrar no deserto da criação para fazê-la voltar a ser aquele jardim da comunhão com Deus que era antes do pecado das origens (cf. Mc 1,12-13; Is 51,3). Que a nossa Quaresma seja percorrer o mesmo caminho, para levar a esperança de Cristo também à criação, que ‘será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus’. Não deixemos que passe em vão este tempo favorável! Peçamos a Deus que nos ajude a realizar um caminho de verdadeira conversão. Abandonemos o egoísmo, o olhar fixo em nós mesmos, e voltemo-nos para a Páscoa de Jesus; façamo-nos próximo dos irmãos e irmãs em dificuldade, partilhando com eles os nossos bens espirituais e materiais”” (Papa Francisco – Mensagem para a Quaresma de 2019).
Na mensagem para a Quaresma de 2017, o Papa Francisco nos estimulou a participar das Campanhas de Quaresma:
“Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participando nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo, promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Rezemos uns pelos outros para que, participando na vitória de Cristo, saibamos abrir as nossas portas ao frágil e ao pobre. Então poderemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa.” (Papa Francisco – Mensagem para a Quaresma de 2017).
No Brasil, anualmente no tempo da Quaresma é realizada a Campanha da Fraternidade, que é uma das maiores campanhas de solidariedade do mundo cristão. A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema: “Fraternidade e Políticas Públicas”, como lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça”. (Is 1,27), e tem como objetivo geral: Estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade.
Seguem abaixo, informações retiradas do site da CNBB, onde constam informações importantes sobre o que é a Campanha da Fraternidade, como surgiu, e qual a sua relação com Quaresma:
O QUE É A CAMPANHA DA FRATERNIDADE?
A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da Igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.
Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e comunidades.
COMO COMEÇOU A CAMPANHA DA FRATERNIDADE?
Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
Este projeto se tornou nacional no dia 26 de dezembro de 1963, com uma resolução do Concílio Vaticano II, a maior e mais importante reunião da igreja católica. O projeto realizou-se pela primeira vez na quaresma de 1964. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.
QUAL É A RELAÇÃO ENTRE CAMPANHA DA FRATERNIDADE E A QUARESMA?
A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.
Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.
QUAL O OBJETIVO DO TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2019?
Conforme o presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, em seu pronunciamento durante cerimônia de lançamento da Campanha da Fraternidade 2019, “um dos principais objetivos da CF é contribuir para o conhecimento da importância do tema e promover uma participação maior na elaboração de políticas públicas nos diversos âmbitos da vida social (saúde, educação, segurança pública, meio ambiente…) temas já trabalhados em temas anteriores. De tal modo, que esta Campanha, com um tema de caráter mais abrangente, retoma e dá continuidade a outras que tiveram temas mais específicos. Ela estimula o exercício consciente e responsável da cidadania, despertando o interesse pelas políticas públicas, tema exigente e ainda pouco conhecido. Durante o tempo quaresmal, teremos a ocasião especial para conhecer melhor o tema desta Campanha. É importante refletir sobre o tema por meio de encontros de formação, palestras, debates e rodas de conversa. Há diversos modos de participar da vida política, muito além da militância em partidos políticos, como participação em conselhos paritários, em audiências públicas, em movimentos sociais e tantas outras iniciativas de cidadania responsável. as políticas públicas devem assegurar e efetivar direitos fundamentais da população, a começar dos mais pobres e vulneráveis. O bem dos pequenos e fragilizados é critério para assegurar se a política está efetivamente a serviço do bem comum. Os pobres e excluídos não podem ser esquecidos; ao contrário, devem ser considerados com especial atenção e elaboração de políticas públicas. O lema ‘serás libertado pelo direito e pela justiça’, extraído do Profeta Isaías (Is 1,27) ilumina e anima esta Campanha, orientando as nossas ações. Mais uma vez, a Igreja não pretende oferecer soluções técnicas para os problemas sociais, nem se deixa guiar por ideologias ou partidos. Cumpre a sua missão profética nas condições concretas da história, oferecendo aquilo que tem de mais precioso: a luz da fé, a Palavra de Deus, os valores do Evangelho. A Igreja oferece critérios, princípios, valores éticos, a serem acolhidos na ação político partidária e demais iniciativas no âmbito político, tendo como grandes fontes a Palavra de Deus e a Doutrina Social da Igreja“. (Confira a notícia: http://www.cnbb.org.br/cardeal-sergio-da-rocha-sabemos-que-uma-das-principais-exigencias-da-espiritualidade-quaresmal-e-a-fraternidade/)
O papa Francisco enviou mensagem para a Igreja do Brasil sobre a Campanha da Fraternidade 2019. Para ele os cristãos devem buscar a participação mais ativa na sociedade como forma concreta de amor ao próximo, que permita a construção de uma cultura fraterna baseada no direito e na justiça. Aos que se dedicam na construção de políticas públicas – governos e gestores públicos, o papa Francisco exortou a que vivam “com paixão o seu serviço aos povos, vibrando com as fibras íntimas do seu atos e da sua cultura, solidários com o seus sofrimentos e esperanças”. Para o Santo Padre, citando mensagem ao Congresso organizado pela CAL-CELAM, 1/XII/2017, é necessário que tenhamos “políticos que anteponham o bem comum aos seus interesses privados, que não se deixem intimidar pelos grandes poderes financeiros e mediáticos, sendo competentes e pacientes face a problemas complexos, conjugando a busca da justiça com a misericórdia e a reconciliação”. (Confira a mensagem completa: http://www.cnbb.org.br/papa-francisco-envia-mensagem-a-abertura-da-campanha-da-fraternidade-no-brasil/)
Portanto nós, carmelitas descalços seculares, devemos procurar viver com amor tudo o que os preceitos da Igreja nos determinam e os documentos de nossa Ordem nos indicam para este tempo da Quaresma, fazendo nossos atos de penitência com simplicidade e discrição, celebrando o que a Liturgia da Igreja nos oferece (Ofício próprio para a Quaresma), e participando da Campanha da Fraternidade proposta pela CNBB, tudo com a finalidade de buscar a conversão de nossos corações para, com a graça e a misericórdia de Deus, chegarmos um dia ao topo do Monte, como fizeram nossos santos do Carmelo!
“O amor prova-se por feitos, então como posso provar meu amor? Grandes feitos estão fora do meu alcance. A única forma de provar meu amor é espalhando flores e estas flores são todos os pequenos sacrifícios, cada olhar, cada palavra e cada pequeno ato de amor.” (Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face).