2º DIA – TRÍDUO DE MEDITAÇÕES COM SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ
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2º Dia – Rezamos pelas intenções da Igreja e do Carmelo – as intenções do Santo Padre o Papa Francisco; as vocações sacerdotais, religiosas, seculares e missionárias.
Oração Inicial: (Todos os dias)
• Sinal da Cruz.
• Vinde Espírito Santo.
Da experiência eclesial. Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), virgem e mártir carmelita. Padroeira da Europa. De sua trajetória eclesial e carmelitana destacamos o fato de que, de assistente de Edmund Husserl, cujo pensamento fenomenológico a influenciou profundamente, Edith experimentou uma profunda conversão no ano de 1921, após a leitura da autobiografia de Santa Teresa de Jesus, se tornando “a água que lhe faz germinar na alma a semente cristã”. No ápice de um longo percurso interior, Edith Stein deixou o estudo de filosofia para se dedicar ao compromisso com a promoção humana, social e religiosa das mulheres, e à vida contemplativa. Ansiosa por conquistar a verdade, mediante o conhecimento e o estudo, foi conquistada pela Verdade de Cristo, ao aprofundar os textos dos Santos Tomás e Agostinho. Edith Stein recebeu o Batismo e a Crisma, em 1922, contra a vontade dos pais, mas nunca renegou suas raízes judaicas. Durante os anos das perseguições, tornou-se professora e Irmã carmelita em Colônia, em 1934, com o nome de Teresa Benedita da Cruz; abraçou o sofrimento do seu povo, em sintonia com o sacrifício de Cristo. “Ave Crux, Spes Unica”: com o olhar fixo nos braços abertos de Cristo na cruz, única esperança, Edith Stein recebeu a palma do martírio nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau, no tórrido mês de agosto de 1942.
Dirá o então Papa João Paulo II: “Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (cf. Gl 6, 14). As palavras de São Paulo aos Gálatas adaptam-se bem à experiência humana e espiritual de Teresa Benedita da Cruz, que hoje é solenemente inscrita no álbum dos santos. Também ela pode repetir com o Apóstolo: “Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. A cruz de Cristo! No seu constante florescimento, a árvore da Cruz dá sempre renovados frutos de salvação. Por isso, os fiéis olham com confiança para a Cruz, haurindo do seu mistério de amor a coragem e o vigor para caminhar com fidelidade nas pegadas de Cristo crucificado e ressuscitado. Assim, a mensagem da Cruz entrou no coração de muitos homens e mulheres, transformando a sua existência. Um exemplo eloqüente desta extraordinária renovação interior é a vicissitude espiritual de Edith Stein. Uma jovem em busca da verdade, graças ao trabalho silencioso da graça divina, tornou-se santa e mártir: é Teresa Benedita da Cruz, que hoje repete do céu a todos nós as palavras que caracterizaram a sua existência: «Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de Jesus Cristo».
Da Doutrina Carmelita. Sempre mergulhada nos livros, Edith descobre, no Carmelo, que “não é a atividade humana que pode nos salvar, mas só a paixão de Cristo. Participar da paixão do Senhor: eis o desejo”. E escreve: “O caminho da fé nos dá mais que o caminho do pensamento filosófico: nos dá Deus, tão próximo como uma pessoa que nos ama e se compadece de nós, e nos dá esta segurança que não é própria de nenhum outro conhecimento natural. Porém, o caminho da fé é obscuro”.
Seu caminho espiritual é a mística de Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz, os pais espirituais dos Carmelitas Descalços. Desenvolve um trabalho com a mística de São João da Cruz no 4º Centenário de sua morte, no ano de 1942. Com uma mística trilhada com João da Cruz, Edith Stein receberá, no Carmelo de Colônia, o nome de Teresa Benedita da Cruz. E lá surgem, entre outros escritos, o testamento espiritual: A Ciência da Cruz – É o estudo sobre São João da Cruz, no qual explora a essência da pessoa humana: o eu, a liberdade e a pessoa, de um lado; o espírito, a fé e a contemplação, do outro.
Valem para ela as palavras com que descreve seu guia espiritual: “para aquele místico… a alma está unida a Cristo, e viverá a vida de Cristo, ao conseguir entregar-se completamente a ele, seguindo-lhe inteiramente o caminho da cruz” (A Ciência da Cruz). “Também nós, somente com santa reverência poderemos nos aproximar dos segredos divinos que se passam no íntimo da alma recolhida. Uma vez levantado o véu, não é permitido continuar em silêncio; eis diante de nós… a união beatificante da alma que terminou a via crucis”. Os últimos capítulos do livro não são escritos; são vividos no calvário de Auschwitz.
Frei Romeu Leuven, OCD, é sucinto: “Sua obra, centro de sua vida e lugar de união mística, radica em Deus o princípio e a finalidade da vida de todas as pessoas”.
Oração Final: (Todos os dias)
Senhor de nossos pais, fazei abundar em nós a sabedoria da cruz, com a qual, admiravelmente enriquecestes a bem-aventurada Teresa Benedita da Cruz, na hora do martírio. Concedei-nos, por sua intercessão, que constantemente vos procuremos, suma Verdade, e guardemos fielmente, até à morte, a eterna aliança de amor, selada no sangue de vosso Filho, para a salvação de todos os homens. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
• Pai Nosso.
• Ave Maria.
• Glória ao Pai.
Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!
*Texto enviado por: Estela da Paz.
Grupo São José, Petrópolis – RJ.