Liturgia – 29 de maio – 6a-FEIRA DA 7a. SEMANA DA PÁSCOA

Liturgia – 29 de maio – 6a-FEIRA DA 7a. SEMANA DA PÁSCOA

6ª-FEIRA DA 7ª. SEMANA DA PÁSCOA

Cor litúrgica: Branco

Ofício do dia de semana do Tempo Pascal depois da Ascenção
Liturgia das Horas: 845-1276-905
Oração das Horas: 608-1009-633

Leituras: At 25,13-21 – Sl 102(103) – Jo 21,15-19

“Apascenta as minhas ovelhas.”
A preocupação do Ressuscitado pela comunidade pós-pascal aparece no encargo encomendado a Pedro. Ele toma a iniciativa para começar a missão evangelizadora: vai pescar, levando a rede à margem e ao cuidado de manter a unidade da Igreja.

“Aquele que quiser estar só e sem arrimo de mestre e guia será como a árvore do campo, isolada e sem dono, que por mais fruto que dê, os viandantes os colhem antes de amadurecerem.”
São João da Cruz – D 5

“Minhas filhas, imitem um pouco a grande humildade da Virgem Santíssima, cujo hábito trazemos, pois é muito impróprio chamarmos monjas suas, já que, por mais que tenhamos a impressão de nos humilhar, bem longe estamos de ser filhas de tal Mãe e esposa de tal Esposo.”
Santa Teresa de Jesus – C 13,3

SANTOS DO DIA


MARIA ÚRSULA LEDOCHOWSKA
Religiosa, Fundadora e Santa
1865-1939

“Soubesse só amar! Arder, consumar-se no amor” ― assim escreveu Júlia Ledóchowska antes dos votos religiosos aos 24 anos de idade. No dia da sua Profissão, mudou o nome para Maria Úrsula de Jesus, que tomou aquelas palavras como orientação para toda a sua vida. Na sua família houve vários homens de Estado, militares, eclesiásticos e pessoas consagradas, comprometidas na história da Europa e da Igreja. Outros dos seus irmãos escolheram a vida consagrada e Maria Teresa foi beatificada em 1975; tinha fundado o Sodalício de São Pedro Claver e o seu irmão Vladimiro, foi Superior-Geral dos Jesuítas. Nos vinte e cinco anos de vida no convento, em Cracóvia, Maria Úrsula atraiu as atenções com o seu amor ao Senhor, pelo talento educativo e sensibilidade perante as necessidades dos jovens, nas difíceis condições sociais, políticas e morais daquele tempo. Quando as senhoras foram autorizadas a frequentar a Universidade, conseguiu organizar o primeiro pensionato na Polónia, onde as estudantes podiam encontrar um lugar seguro para a vida e para o estudo, além de uma sólida formação religiosa. Mostrou a mesma sensibilidade ao andar, com a bênção de Pio X, em trabalho no coração da Rússia, hostil à Igreja. Quando partiu, acompanhada de outra religiosa e ambas vestidas de burguesas, para Pietroburgo, partiu sem saber que caminhava para um destino desconhecido e que o Espírito Santo a guiava por caminhos que não previra. Em Pietroburgo, a Madre e as Irmãs da comunidade viviam na clandestinidade, sempre vigiadas pela polícia secreta, mas desenvolvendo um intenso trabalho educativo e de formação religiosa, orientado também para a aproximação das relações entre polacos e russos. Quando a guerra rebentou em 1914, Maria Úrsula teve de deixar a Rússia, partindo para Estocolmo, começando um peregrinação por toda a Escandinávia, empenhando-se num trabalho educativo e de compromisso na Igreja local, em favor da vítimas da guerra e num compromisso ecuménico. A sua casa foi apoio para pessoas de várias orientações políticas e religiosas. O seu amor pela Pátria ia a par e passo com a abertura aos outros, tendo declarado quando lhe perguntaram qual era a sua política: a minha política é o amor. Voltou à Polónia com um numeroso grupo de órfãos de famílias emigradas. A Sé Apostólica transformou o convento autónomo das Ursulinas na Congregação das Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus Agonizante, cuja espiritualidade se concentrava em volta da contemplação do amor salvífico de Cristo e na participação na sua Missão, por meio do trabalho educativo e de serviço ao próximo, de modo especial os que sofrem, vivem na solidão, marginalizados ou que procuram um sentido para a vida. Maria Úrsula educa as irmãs para o amor de Deus acima de todas as coisas e em Deus cada pessoa humana e toda a criação. Deu um testemunho particularmente credível da sua união com Cristo, e foi um instrumento eficiente do influxo evangelizador e educativo, através do sorriso, serenidade de espírito, humildade e capacidade de viver um dia-a-dia difícil como caminho privilegiado para a santidade. E ela foi um exemplo transparente desta vida. A Congregação depressa se desenvolveu, nascendo comunidades na Polónia e nas fronteiras orientais do País. Eram pobres, de muitas nações e confissões. Em 1928, abriu a Casa Generalícia em Roma e um pensionato para moças de poucas posses, para melhor conhecerem a riqueza espiritual e religiosa do coração da Igreja e da civilização europeia. Começam um trabalho entre os pobres dos subúrbios de Roma e, em 1930, estabelecem-se em França, sempre com as mesmas preocupações de educação e de ensino. Ocupam-se também da catequese e trabalho nos bairros pobres, organizam aulas para crianças e jovens; ela mesma escreve livros e artigos; procura iniciar e apoiar organizações eclesiásticas para as crianças (Movimento Eucarístico) para a Juventude e para as senhoras. Participa activamente na vida da Igreja e do País, recebendo altos reconhecimentos, bem como condecorações estatais e eclesiásticas. Faleceu em Roma, a 29 de Maio de 1939, tendo as pessoas dito de imediato que morreu uma santa. Foi beatificada por João Paulo II em 20 de Junho de 1983, em Poznan e canonizada pelo mesmo Pontífice, a 18 de maio de 2003, Praça S. Pedro.


Eugênio de Mazenod
Bispo, Fundador, Santo1782-1861

Carlos José Eugênio de Mazenod, esse era seu nome de batismo. Ele nasceu na bela cidade Aix-en-Provance, sul da França, em dia 1o de agosto de 1782. Seu pai era um nobre e presidia a Corte dos Condes da Provença. Sua mãe pertencia a uma família burguesa muito rica. Teve duas irmãs: Antonieta e Elisabete, que morreu aos cinco anos de idade. Sua infância foi tranquila até 1790, quando a família teve de fugir da Revolução Francesa, deixando todos os bens e indo para a Itália, onde permaneceram durante onze anos, vivendo de cidade em cidade. Nesse período, seus pais também se separam. A mãe deixou Eugênio com o pai na Itália e foi para a França, tentar reaver os bens confiscados. Tudo isso influenciou a personalidade do menino, de maneira tanto positiva como negativa, cujo reflexo foi uma séria crise de identidade na adolescência. Embora Eugênio, antes do exílio, tivesse dado mostras de sua vocação religiosa, ela foi sufocada por esses problemas e pela lacuna existente na sua formação intelectual, devido à falta de uma moradia fixa. Mas seu caráter forte permaneceu por toda a vida, sendo sua marca pessoal. Foi por meio do padre Bartolo Zinelli, durante o período que morou em Veneza, entre 1794 e 1797, que Eugênio teve contato concreto com a vida de fé. E ao retornar para a França, em 1802, então com vinte anos de idade, amadureceu a idéia de ingressar na vida religiosa, seguindo sua vocação primeira. Em 1808, entrou no Seminário de São Sulpício, em Paris, recebendo a ordenação em Amiens três anos depois. Retornou para sua cidade natal, dedicando seu apostolado à pregação. Levou a Palavra de Cristo aos camponeses pobres, aos prisioneiros e aos doentes abandonados, a todos dando os sacramentos como único meio de recompor os valores cristãos, num momento novo para o país tão desgastado e sem rumo. Outros padres se juntaram a ele nessa missão, por isso decidiu, em 1816, fundar a Sociedade dos Missionários da Provença, que depois mudou o nome para Oblatos de Maria Imaculada, recebendo todas as aprovações da Igreja. Eugênio foi, então, nomeado vigário-geral da diocese de Marselha, da qual, depois, foi nomeado bispo, cargo que exerceu durante trinta e sete anos. Foram muitos os problemas com as autoridades que governaram Paris, com a elite social e até com alguns membros eclesiásticos que não concordavam com as regras de vida em comum estabelecidas por ele. Mas o povo pobre o queria, amava e respeitava. Assim, continuou governando a diocese e os oblatos, que se desenvolveram e foram pregar a Palavra de Cristo fora dos domínios da Europa, nos Estados Unidos, Canadá e México, depois também na África e na Ásia, levando o carisma missionário da congregação. Eugênio de Mazenod morreu no dia 21 de maio de 1861, na sua querida Marselha. Muitas foram as graças atribuídas à sua intercessão. O papa João Paulo II declarou-o santo em 1995. A solenidade contou com a presença de representantes dos sessenta e oito países onde os oblatos já estavam fixados.

Post a Comment