Liturgia – 30 de maio – NOSSA SENHORA NO SÁBADO

Liturgia – 30 de maio – NOSSA SENHORA NO SÁBADO



Cor litúrgica: Branco

Ofício da memória de Nossa Senhora
Laudes: Liturgia das Horas:1681-1291-1682
Oração das Horas: 1472-1022-1474
I Vésperas: Liturgia das Horas: 915
Oração das Horas: 638
(Solenidade de Pentecostes)

Leituras: At 28,16-20.30-31 – Sl 10 – Jo 21,2025

“Este é o discípulo que dá testemunho.”
Ser apóstolo significa testemunhar a vida de Cristo, o Ressuscitado.

“Jesus Cristo é pouco conhecido mesmo pelos que se dizem seus amigos, pois a estes vemos procurar nele seus gostos e consolações, amando a si próprios e não as amarguras e aniquilamentos da cruz por amor de Cristo.”
São João da Cruz – 2S 7,12

“… Essas pessoas alegam que o Senhor disse a Seus discípulos que lhes convinha que Ele se fosse.Eu não posso tolerar! Certamente não o disse a Sua Mãe Sacratíssima, porque Ela estava firme na fé e sabia que Ele era Deus e homem. E, embora O amasse mais do que os discípulos, fazia-o com tanta perfeição que isso antes a ajudava.”
Santa Teresa de Jesus – M 6.7.14

Cartas de Santa Teresa de Jesus em 30

1574 – C 61 – À Madre Ana da Encarnação, em Salamanca – Suplica-lhe que encomende a Deus os negócios de D. Fradique, duque de Huéscar. Viagem dos irmãos da Santa.

1580 – C 330 – Ao Padre Je´ronimo Gracián, em Madrid – As monjas de Segóvia receberam a Juana López de Velasco. Espera a Santa o Padre Gracián em Toledo, passada a festa de Corpus Christi.

1582 – C 430 – À Madre Ana de Jesus, Priora de Granada e às suas Religiosas. Repreende-lhe o guardar silêncio para com ela e o Padre Gracián depois da fundação e o ter levado tantas religiosas antes de haver casa própria. Devem ser exatas na obediência e consultar os Superiores. A peste em Sevilla, enfermidade de algumas religiosas. Sobre a volta a seus conventos de algumas monjas que tinham ido a Granada. Observância, desapego e humildade. Sobre a estrita guarda da clausura. Gratidão aos benfeitores de Granada.

SANTO DO DIA

Santa Joana d´Arc
Guerreira do Altíssimo
1412-1431

Nascida em Domremy , Champagen , França em 1412 , morreu em Rouen em 31 de maio de 1431. O pai de Joana, Jaques D’Arc era um fazendeiro e Joana nunca aprendeu a ler ou a escrever. Quando ela tinha 13 ou 14 anos ela teve a sua primeira experiência mística. Ela ouviu uma voz chamando-a e acompanhada de uma luz. Ela recebeu as visões quando cuidava das ovelhas do seu pai.

Visões posteriores eram compostas de mais vozes e ela foi capaz de identificar as vozes como sendo de São Miguel, Santa Catarina de Siena e Santa Margarete entre outras. Em 1428 suas mensagens tinham um fim especifico. Era para se apresentar-se para Robert Bauricourt , que comandava o exercito do rei na cidade próxima. Joana convenceu um tio a levá-la, mas Robert riu dela e comentou com o seu pai que ele deveria discipliná-la. Mas as visões continuaram e secretamente ela deixou sua casa e retornou a Vancoulers. Baudricourt duvidou dela, mas modificou sua posição quando chegaram as noticias de sérias derrotas nas batalhas de Herrings do lado de fora de Orleans em fevereiro de 1429 exatamente conforme Joana havia predito. Ele enviou Joana com uma escolta para o falar com o Rei e ela escolheu viajar disfarçada com roupas de homem para sua própria proteção. Em Chinon, o rei Carlos estava disfarçado, mas ela o identificou e por sinais secretos eles se comunicavam e ela o convenceu a acreditar na origem divina das sua visões e da sua missão. Ela pediu uma tropa de soldados para ir a Orleans .O seu pedido foi muito questionado na corte e ela foi enviada para ser examinada por um painel de teólogos em Poities. Após um exame de tres semanas o painel aconselhou a ao rei Carlos que fizesse uso dos seus serviços. Diz a tradição que um dos membros do painel era um cardeal que conhecia a verdadeira aparência de Santo Miguel, muito bem guardado nos arquivos de Roma e quando perguntou a Joana com era São Miguel, ela o descreveu exatamente como estava descrito no arquivo secreto em Roma.

A ela foi dada a tropa e um estandarte especial feito para ela com a inscrição “Jesus:Maria” e o símbolo da Santíssima Trindade na qual dois anjos presenteavam a ela uma flor de lis e Joana vestia um armadura branca e sua tropa entrou em Orleans em 29 de abril .Sua presença revigorou a cidade e em 8 de maio as forças inglesas que cercavam a cidade foram capturadas.Ela foi ferida no peito por uma flecha o que reforçou a sua reputação de guerreira.Ela começou uma campanha em Loire com o Duque d’ Alençon, e eles se tornaram grandes amigos.A campanha teve grande sucesso em parte graças ao elevado moral das tropas, com a presença de Joana e as tropas britânicas se retiraram para Paty e de lá para Troyes. Joana agora estava tentando fazer com que o rei aceitasse a sua responsabilidade e lutou pela sua coroação em 17 de julho de 1429. E a missão de Joana, conforme as suas visões, estava completada. Daí em diante devido ao fato que Carlos não forneceu nem suporte e nem sua presença conforme prometido, Joana sofreu varias derrotas. O ataque a Paris falhou e ela foi ferida na coxa. Durante a trégua de inverno Joana ficou na corte onde ela continuava sendo vista com ceticismo.


Quando as hostilidades recomeçaram ela foi para Compiègne onde os franceses estavam resistindo ao cerco dos Burbundians. A ponte movediça foi fechada muito cedo e Joana e suas troas ficaram do lado de fora. Ela foi capturada e levada ao Duque de Burgundy em 24 de maio. Ela ficou prisioneira até o fim do outono. O rei Carlos não fez nenhum esforço em libertá-la. Ela havia previsto que o castelo seria entregue ao ingleses e assim aconteceu. Ela foi vendida aos lideres ingleses na negociação. Os ingleses estavam determinados a ficarem livres do poder de Joana sobre os soldados franceses . Como os ingleses não podiam executá-la por estar em uma guerra eles forjaram uma maneira de julgá-la como herege .Em 21 de fevereiro de 1431 ela apareceu a um tribunal liderado por Peter Cauchon, bispo de Beauvais, o qual tinha esperança que os ingleses o ajudariam a fazê-lo Arcebispo de Rouen. Ela foi interrogada sobre as vozes, sua fé e sua vestimenta masculina. Um sumário falso e injusto foi feito e suas visões foram consideradas impuras em sua natureza, uma opinião suportada pela Universidade de Paris. O tribunal declarou que se ela se recusasse a retratar seria entregue aos seculares como um herege. Mesmo sob tortura ela recusou a se retratar. Quando finalmente ela foi trazida para uma sentença formal no Cemitério de Santo Ouen, diante de uma enorme multidão ela retratou-se apenas um pouco e de forma bastante incerta e foi devolvida a prisão e voltou a vestir as roupas masculinas que havia concordado em abandonar. Ela teve a coragem de declarar que tudo que ela havia dito antes era verdade e que ela havia recuperado a sua coragem e que Deus havia, na verdade, enviado-a para salvar a França dos ingleses.Assim no dia 30 de março de 1431 ela foi levada a praça pública do mercado em Rouen e queimada viva. Joana não tinha completado 20 anos. Suas cinzas foram atiradas no Sena. Em 1456 sua mãe e dois irmãos apelaram para a reabertura do caso, com o que o Papa Calistus III concordou.O julgamento e o veredicto foram anulados e ela foi canonizada como uma santa virgem e mártir. Ela era chamada La Pucelle “a Virgem de Orleans.” Na arte litúrgica da Igreja Santa Joana é mostrada como uma garota numa armadura, com uma espada, ou uma lança e, ora, com uma bandeira com as palavras “Jesus, Maria” e, ora, com um capacete .Nas pinturas mais antigas, ela tinha longos cabelos caindo nas suas costas, para mostrar que ela era vvirgem. Ela, às vezes, é mostrada incentivando o rei , ou seguida de uma tropa, ou em roupas femininas com um espada. Popularmente venerada por séculos, foi finalmente beatificada em 1909 e canonizada em 1920 pelo papa Bento XV. A figura de Joana foi celebrada em centenas de obras de arte e muitas obras literárias. Santa Joana d’Arc é, com Santa Teresinha do Menino Jesus , padroeira da França.
ORAÇÃO

Concedei-me, Ó Pai a coragem e o espírito de sacrifício de vossa serva Joana D`Arc, a fim de que, pelo seu exemplo e fidelidade, seja eu também um soldado da Causa do Evangelho. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém. Santa Joana D´Arc, rogai por nós.

TERESINHA CANTA JOANA




As Cruzadas foram empreendimentos históricos. Porém, elas nasceram de um ideal que transcende o tempo. Esse ideal palpita ainda hoje nas almas de inúmeros católicos, em pleno III Milênio. Esse ideal ardeu intensamente na alma dos santos, embora se fale pouco disso. Eis um dos tantos exemplos: Santa Teresinha do Menino Jesus, que desejava passar o Céu fazendo o bem na Terra, não tinha uma alma débil, desprovida de personalidade e força de caráter, que fugia do sofrimento e da luta. Se assim fosse, não teria sido elevada às honras dos altares, nem teria sido apresentada ao mundo católico como “uma nova Joana d’Arc” pelo Papa Pio XI, em 18 de maio de 1925.

É muito oportuno e mesmo necessário, pois, considerarmos este aspecto de sua alma, freqüentemente esquecido ou falseado nas imagens e santinhos, onde ela aparece com a fisionomia adocicada, sentimental e romântica, totalmente inexistente em sua forte e marcante personalidade. Vejamos algumas de suas afirmações que refletem o espírito de cruzado que animava a Santa da chuva de rosas: “Na minha infância sonhei lutar nos campos de batalha .Quando comecei a aprender a História da França, o relato dos feitos de Joana d’Arc me encantava; sentia em meu coração o desejo e a coragem de imitá-los”. “Adormeci por alguns instantes — contava ela à Madre Inês — durante a oração. Sonhei que faltavam soldados para uma guerra contra os prussianos. Vós dissestes: É preciso mandar a Irmã Teresa do Menino Jesus. Respondi que estava de acordo, mas que preferia ir para uma guerra santa. Afinal, parti assim mesmo.Oh! não, eu não temeria ir à guerra. Com que alegria, por exemplo, no tempo das cruzadas, teria partido para combater os hereges. Sim! Eu não temeria levar um tiro, não temeria o fogo!”
“Lançando-me na arena. Não temerei ferro nem fogo ….Sorrindo enfrento a metralha ….Cantando morrerei, no campo de batalha com as armas à mão”,
bradava ela.

Tímida criança, deixa a tua choupana,
Toma esta espada que Deus guardava para ti
Toma uma bandeira branca por estandarte
E procura o Rei…

Sendo Deus tão generoso comigo, quero sê-lo também com Ele. Sim, partirei destes lugares para expulsar da França o estrangeiro! De uma só coisa preciso, da bênção do meu Senhor Jesus Cristo e da proteção de Nossa Senhora.

Sou tua irmã, tua amiga
Sempre sobre ti velarei
Pois na eterna Pátria
Perto de mim estarás
Em breve as celestes colinas
Onde o rebanho virginal apascenta
As fontes divinas para ti abrirão
Transparente como cristal
E nos Campos
Com tuas companheiras
O cordeiro seguirás
Cantando o cântico novo!

Ó meu Deus! Como sois poderoso! Ao ordenar-me para salvar minha Pátria, animai-me de um ardente amor por ela. Agora, meu coração está todo mudado, parece estar em fogo!
Conheço a vossa vontade, Senhor, e quero cumpri-la, mas os detalhes da missão ainda nãos os conheço… Ó São Miguel! Dignai-vos, novamente, a fazer ouvir a vossa voz, agora não temo mais espada nem guerra e sou capaz de suportar o brilho do vosso rosto resplandecente.
Dizei-me, suplico, a quem devo dirigir-me para ser instruída na arte dos combates?

Querida irmãzinha, é preciso deixar o futuro nas mãos de Deus; se não nos for dado rever-nos na terra, nos reveremos na Pátria celeste para nunca mais nos separar. Então, você se alegrará comigo pela bela missão que o Senhor me confia hoje, a de conservar a Fé da nossa querida França e povoar o Céu de eleitos.

Joana, teu nome está escrito nos Céus
Com os nomes dos salvadores da França
E Deus te guarde um trono glorioso
Que tua grandeza e poder mostrará.

Hás de combater antes de venceres
Não, ainda não a palma e a coroa
Arma teu braço, Joana, filha de grande coração
Toma esta espada, Deus é quem te dá.

Já vejo do Céu os bemaventurados
Regozijarem-se ouvindo a lira
De Leão XIII, imortal pontífice
Que cantará Joana, virgem e mártir.
Ouço o universo proclamar
As virtude da criança humilde e pia
E vejo Deus confirmar
O belo nome de Joana, bemavenurada
Nesses grandes dias,a França sofrerá
Pois seu seio os ímpios encherão
Mas de Joana a glória brilhará
Toda alma pura a santa invocará
Vozes aos Céus subirão
Com amor e confiança em coro cantando.

Joana d`Arc, ouça nossos desejos
Novamente salve a França!

“A Missão de Joana d´Arc”
Ou
A pastora de Domremy ouvindo vozes

Trechos do Recreio escrito e interpretado por
Santa Teresinha do Menino Jesus da Sagrada Face
21 de janeiro de 1894

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