
Liturgia – 01 de junho – SÃO JUSTINO, Mártir
SÃO JUSTINO
Mártir
Cor litúrgica: Vermelho
Ofício da memória
I Semana do Saltério
Liturgia das Horas: 1332-1603-664 (III Vol)
Oração das Horas: 1255-1509-790
Leituras: Tb 1,3;2,1a-8 – Sl 111(112) – Mc 12,1-12 “A parábola do vinhateiro.”
Para os cristãos, os novos lavradores da vinha, essa parábola se transforma em fundamento da fé no Cristo ressuscitado e exaltado, mas também numa advertência constante contra as pretensões abusivas e arrogantes diante de Deus.
São Justino nasceu em 103, na cidade de Siquém, na Palestina. Espírito inquieto, incursionou pelas escolas estóica, pitagórica, aristotélica … No platonismo julgou ter encontrado a resposta para suas inquietações intelectuais e espirituais. Segundo ele próprio relata, logo percebeu que o platonismo não satisfazia inteiramente a sua busca metafísica e transcendental. Um velho sábio de Cesaréia convenceu-o de que residia no cristianismo a verdade absoluta; a verdade capaz de satisfazer o espírito humano mais exigente. Este encontro marcou a sua conversão, aos 30 anos de idade. A partir daí, tornou-se um dos mais famosos apologistas do século II. Escreveu três “apologias”, justificando a fé cristã e contra as calúnias dos adversários oferecendo-nos uma síntese doutrinal. Das suas numerosas obras, a mais célebre é o “Diálogo com Trifão”. Os seus escritos oferecem-nos ricas informações sobre ritos e administração dos sacramentos na Igreja primitiva. Descontentes pelo seu bom desempenho apologético, Crescêncio e Trifão denunciaram-no como cristão. Condenado à morte, foi decapitado juntamente com outros companheiros, durante a perseguição de Marco Aurélio, imperador romano.
“A alma enamorada, por maior conformidade que tenha com o Amado, não pode deixar de desejar a paga e o salário de seu amor, e por causa dessa recompensa é que serve ao Amado.”
São João da Cruz – C 9,7
Carta de Santa Teresa de Jesus em 01
1574 – C 62 – A Madre Maria Bautista, em Villadolid – Morte exemplar de Isabel de los Angeles. Desapego e liberdade de espírito. Recomenda D. Guiomar.
Nossa Senhora da Luz
Invocação e expansão do culto
Nossa Senhora da Luz era tradicionalmente invocada pelos cegos (como afirma o Padre António Vieira no seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus: «Perguntai aos cegos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Luz […]»), e tornou-se particularmente cultuada em Portugal a partir do início do século XV; segundo a tradição, deve-se a um português, Pedro Martins, muito devoto de Nossa Senhora, que descobriu uma imagem da Mãe de Deus por entre uma estranha luz, no sítio de Carnide, no termo de Lisboa. Aí se fundou de imediato um convento e igreja a ela dedicada, que conheceu grande incremento devido à ação mecenática da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I e sua terceira esposa, D. Leonor de Áustria.
A partir daí, a devoção à Senhora da Luz cresceu, e com a expansão do Império Português, também se dilatou pelas regiões colonizadas, com especial destaque para o Brasil, onde é a santa padroeira da cidade de Curitiba, capital do Paraná (veja-se a lenda de Nossa Senhora da Luz), Guarabira/PB, Pinheiro Machado/RS, Itu/SP, ou ainda Corumbá/MS. Em Juazeiro do Norte, Ceará, ocorre todos os anos uma grande romaria em sua homenagem. É ainda a santa padroeira das ilhas Canárias, sob o nome de Nossa Senhora da Candelária.