Liturgia – 28 de agosto – SANTO AGOSTINHO

Liturgia – 28 de agosto – SANTO AGOSTINHO

SANTO AGOSTINHO,
Bispo e Doutor

Cor litúrgica: Branco

Ofício da memória
Liturgia das Horas: 1236-1645-675
Oração das Horas: 1345-1525-829

Leituras: 1Ts 4,1-8 – Sl 96(97) – MT 25,1-13
“Vós deveis vigiar, pois não sabeis o dia nem a hora.”
Preparar-se para a vinda de Jesus, que pode acontecer no momento menos esperado.

Aurélio Agostinho (do latim, Aurelius Augustinus), Agostinho de Hipona, São Agostinho ou Santo Agostinho (Tagaste, 13 de Novembro de 354 — Hipona, 28 de Agosto de 430) foi um bispo católico, teólogo e filósofo, considerado pelos católicos santo e Doutor da Igreja.

Vida
Agostinho cresceu no norte da África colonizado por Roma, educado em Cartago. Foi professor de retórica em Milão em 383. Seguiu o Maniqueísmo nos seus dias de estudante e se converteu ao cristianismo pela pregação de Ambrósio de Milão. Foi batizado na Páscoa de 387 e retornou ao norte da África, estabelecendo em Tagaste uma fundação monástica junto com alguns amigos. Em 391 foi ordenado sacerdote em Hipona. Tornou-se um pregador famoso (há mais de 350 sermões dele preservados, e crê-se que são autênticos) e notado pelo seu combate à heresia do Maniqueísmo. Defendeu também o uso de força contra os Donatistas, perguntando “Por que (…) a Igreja não deveria usar de força para compelir seus filhos perdidos a retornar, se os filhos perdidos compelem outros à sua própria destruição?” (A Correção dos Donatistas, 22-24). Em 396 foi nomeado bispo assistente de Hipona (com o direito de sucessão em caso de morte do bispo corrente), e permaneceu como bispo de Hipona até sua morte em 430. Deixou seu mosteiro, mas manteve vida monástica em sua residência episcopal. Deixou a Regula para seu mosteiro que o levou a ser designado o “santo Patrono do Clero Regular”, que é uma paróquia de clérigos que vivem sob uma regra monástica. Agostinho morreu em 430, durante o cerco de Hipona pelos Vândalos. Diz-se que ele encorajou seus cidadãos a resistirem aos ataques, principalmente porque os Vândalos haviam aderido ao arianismo, que Agostinho considerava uma heresia.

Agostinho e os Judeus
Agostinho escreveu, no Livro 18, Capítulo 46, da Cidade de Deus, “Os Judeus que O assassinaram, e não criam nele, porque coube a Ele morrer e viver novamente, foram ainda mais miseravelmente assolados pelos romanos, e completamente expulsos do seu reino, onde estrangeiros já os tinham dominado , e foram dispersos pelas terras (tanto que não há lugar onde eles não estejam), e são assim, pelas suas próprias Escrituras, um testemunho para nós de que não forjamos as profecias a respeito de Cristo.” Escreveu também uma das principais obras que apóia a crença na Trindade. Agostinho considerou a dispersão importante, porque ele acreditava que isto era um cumprimento de certas profecias, provando assim que Jesus era o Messias. Isto deve-se ao fato de Agostinho crer que os judeus, que foram dispersados, eram inimigos da Igreja Cristã. Ele também cita parte da mesma profecia, que diz “Não os mates, para que o meu povo não se esqueça; espalha-os pelo teu poder”. Algumas pessoas usaram as palavras de Agostinho para atacar os judeus, enquanto outros as usaram para atacar cristãos – cristianismo e anti-semitismo.

Influência como teólogo e pensador
Na história do pensamento ocidental, sendo muito influenciado pelo platonismo e neoplatonismo, particularmente por Plotino, Agostinho foi importante para o batismo do pensamento grego e a sua entrada na tradição cristã e, posteriormente, na tradição intelectual européia. Também importantes foram os seus adiantados e influentes escritos sobre a vontade humana, um tópico central na ética, que se tornaram um foco para filósofos posteriores, como Schopenhauer e Nietzsche, mas ainda encontrando eco na obra de Camus e Hannah Arendt (ambos os filósofos escreveram teses sobre Agostinho). É largamente, devido à influência de Agostinho, que o cristianismo ocidental concorda com a doutrina do pecado original e a Igreja Católica sustenta que batismo e ordenações feitos fora dela podem ser válidos (a Igreja Católica Romana reconhece ordenações feitas na Igreja Ortodoxa Oriental e Ocidental, mas não nas igrejas protestantes, e reconhece batismos de quase todas as igrejas cristãs). Os teólogos católicos, geralmente, concordam com a crença de Agostinho de que Deus existe fora do tempo e no “presente eterno”; o tempo só existe dentro do universo criado. O pensamento de Agostinho foi também basilar na orientação da visão do homem medieval sobre a relação entre a fé cristã e o estudo da natureza. Ele reconhecia a importância do conhecimento, mas entendia que a fé em Cristo vinha restaurar a condição decaída da razão humana, sendo, portanto, mais importante. Agostinho afirmava que a interpretação das escrituras deveria ser feita de acordo com os conhecimentos disponíveis, em cada época, sobre o mundo natural. Escritos como sua interpretação do livro bíblico do Gênesis, como o que chamaríamos hoje de um “texto alegórico”, iriam influenciar fortemente a Igreja medieval, que teria uma visão mais interpretativa e menos literal dos textos sagrados. Tomás de Aquino tomou muito de Agostinho para criar sua própria síntese do pensamento grego e cristão. Dois teólogos posteriores que admitiram influência especial de Agostinho foram João Calvino e Cornelius Jansen. O Calvinismo desenvolveu-se como parte da teologia da Reforma, enquanto que o Jansenismo foi um movimento dentro da Igreja Católica; alguns Jansenistas entraram em divisão e formaram a sua própria igreja. Agostinho foi canonizado por reconhecimento popular e reconhecido como um doutor da Igreja. O seu dia é 28 de Agosto, o dia no qual ele supostamente morreu. Ele é considerado o santo padroeiro dos cervejeiros, impressores, teólogos e de um grande número de cidades e dioceses.

Escritos
Da Doutrina Cristã, 397-426

Confissões, 397-398

A Cidade de Deus, iniciado c. de 413, terminado 426.

Da Trindade, 400-416

Enquirídio

Retratações De Magistro

Conhecendo a si mesmo

“Ó beleza sempre antiga e sempre nova. Tarde te amei”.
“Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.”

Além da sua notável literatura, escreveu também uma “Regra” para os seus companheiros de ideal. Em diversas partes do mundo, obedecendo a esta Regra, congregaram-se homens e mulheres, formando um grande número de Ordens e Congregações Religiosas, que têm o seu nome. As principais são:
AGOSTINIANOS ASSUNCIONISTAS; ORDEM DOS AGOSTINIANOS RECOLETOS; ORDEM DE SANTO AGOSTINHO; ORDEM DOS AGOSTINIANOS DESCALÇOS.
É certo, todavia, quando todo o bem do homem procede de Deus, e ele nenhuma coisa boa pode fazer de si mesmo, podemos verdadeiramente dizer que nosso despertar é despertar de Deus, e nosso levantar é levantar de Deus.”
São João da Cruz – Ch 4,9

Carta de Santa Teresa de Jesus em 28

1575 – C 85 – À Madre Maria Bautista, Priora em Valladolid – Chegam das Índias os irmãos da Santa. Virtude de D. Lorenzo de Cepeda. Assuntos do Convento de Medina e de algumas Descalças. “Desgosta-me que lhe pareça não haver quem olhe pelas coisas tão bem como vossa reverência.” Apreço em que tem o Padre Gracián. Sobre o Caminho da Perfeição. Conselhos espirituais em uns caderninhos

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