
Liturgia – 04 de setembro – 6a-FEIRA DA 22a. SEMANA DO TEMPO COMUM
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1a. Sexta-feira do mês
Cor
litúrgica:VerdeOfício do dia de semana
Liturgia das Horas: 814
Oração das Horas: 919
Leituras: Cl 1,15-20 – Sl 99(100) – Lc 5,33-39
“Disseram-lhe: os discípulos de João jejuam e recitam orações, os dos fariseus também, ao passo que os teus comem e bebem.”
O desentendimento entre Jesus e os líderes judeus também ocorrem entre os cristãos.
“É necessário, pois, abster-se não somente dos atos voluntários de imperfeições, como ainda aniquilar os hábitos dessas mesmas imperfeições.”
São João da Cruz
Carta de Santa Teresa de Jesus em 04
1578 – C 256 – À Madre Maria de S. José, em Sevilla – Sobre o procedimento que deveria observar a Madre Priora em relação a Garcia Álvarez.
SANTO DO DIA

Santa Rosa de Viterbo
Rosa de Viterbo nasceu em Viterbo (Itália), cerca de 1233 e morreu provavelmente em 1252. Terciária franciscana desde 1250, empenhou-se na luta contra os cátaros protegidos pelo imperador Frederico II e, por isso, foi exilada de Viterbo, para onde só pôde retornar após a morte do imperador. Às duas festas da santa, a litúrgica (6 de março) e a popular (4 de setembro), estão ligadas manifestações folclóricas em sua cidade natal, dentre as quais a dos 62 cavaleiros de Santa Rosa. Nasceu em uma família humilde de Viterbo. Afirmam seus biógrafos que desde tenra idade já manifestava experiências místicas. Viveu asceticamente e se impunha severas penitências. Durante a disputa entre o Papa Inocêncio IV e o Imperador Frederico II da Germânia mostrou-se aguerrida defensora da Igreja. Foi integrada ao martiriológio romano mesmo não tendo chegado a termo ser processo de canonização. Seu corpo, incorrupto e flexível, está na Igreja de Santa Maria del Poggio, de onde todos os anos na data de 4 de Setembro é carregado em procissão pelas ruas de Viterbo pelos chamados Facchini di Santa Rosa num espetáculo monumental. É a santa padroeira da Juventude Franciscana. Santa Rosa de Viterbo foi escolhida para ser a padroeira da Jufra do Brasil, sua festa liturgica é dia 06 de março, o dia de sua morte, mas também pode ser comemorada no dia 04 de setembro, dia do seu translado para o mosteiro de Clarissas de Santa Rosa de Viterbo. No dia da festa de Santa Rosa, a Jufra do Brasil, comemora o DNJUFRA (Dia Nacional da Jufra). Neste ano o dia Nacional da Jufra, no estado de São Paulo será comemorado no dia 04 de setembro. Santa Rosa viveu na primeira metade do século XIII, em uma época de grande confrontos, de um lado surgia São Francisco de Assis, o irmão menor de todos, de outro o imperador Frederico II, o grande estadista, que governava com mão-de-ferro. Há um guerra de poderes, em um extremo o poder Espiritual, a Igreja, e de outro o mundo, o Imperador. Não sabe-se muito bem o ano que Rosa, nasceu, alguns biógrafos situam em 1234 ou 1235. Mais, provável que tenha nascido em 1236, deduzindo-se, pois, morreu em 1253 com 18 anos incompletos. Seus pais trabalhavam em um mosteiro de Clarissas perto de sua casa, chamado São Damião. Desde cedo Rosa recebeu influência da espiritualidade Franciscana em sua vida. A medida que ela crescia, aumentava as suas orações. Muitas vezes passava longas horas da noite em contemplação. Durante o dia procurava os lugares onde poderia ficar em silêncio e entregar-se a oração. No dia 23 de julho de 1247, foi atacada por uma forte febre. Na sua cama, de repente, ajoelhou-se e balbuciou o nome de Maria. Ficou ali por um longo tempo, então, levantou e sorriu, estava sem febre. Contou que a Virgem lhe apareceu e lhe confiara uma missão: visitar as igrejas de São João Batista, Santa Maria do Oiteiro e São Francisco. E depois da Missa fosse pedir sua admissão na Ordem da Penitência de São Francisco – hoje chamada de Ordem Franciscana Secular. No ano de 1247 a cidade de Viterbo, fiel ao Papa, caiu nas mãos do imperador Frederico II. A cidade estava nas mãos do hereges, que negavam a autoridade do Papa, e o poder do Sacerdote de perdoar os pecados e consagrar. Então em oração Rosa teve uma visão do crucificado e seu coração ardeu em chamas. Rosa não se conteve, saiu pelas rua para pregar com um crucifixo nas mãos. A notícia correu toda cidade. Muitos sentiram-se estimulados na fé, e vários hereges se converteram. Confundia até os mais preparados. Devido a sua pregação diária, Rosa representava uma ameaça para as autoridades da cidade, então em 1250 o prefeito assinou uma ordem, condenado Rosa ao exílio, afirmando que ela ocasionava revolta entre o povo. Rosa e seus pais foram morar em Soriano onde sua fama já havia chegado. Nessa cidade Rosa se tornou uma verdadeira apostola, e pregava o Evangelho a todos nas praças. Na noite de 4 para 5 de dezembro, Rosa recebeu a visita de um anjo, que lhe revelou que o imperador morreria dentro de poucos dias. No dia 13 de dezembro o imperador Frederico II, faleceu. Com a morte de Frederico II, o poder dos hereges enfraqueceram e Rosa pode retornar a Viterbo, no início de 1252. Toda região vivia em paz. Rosa, humildemente, pode compreender que Deus a fizera “instrumento de sua paz”. No dia 06 de março de 1252, “sem agonia”, Deus a chamou, e a grande santa morreu… No dia 25 de novembro de 1252 o Papa Inocêncio IV, por sua Bula “Sic In Sanctis”, mandou instaurar oficialmente o processo de canonização de Rosa. O Papa Inocêncio IV mando exumar o corpo de Rosa no dia 04 de setembro de 1257, e para a surpresa de todos, o corpo foi encontrado intacto, quase como se ela estivesse viva. Rosa foi transladada para o mosteiro de Clarissa, chamado depois disso, mosteiro de Santa Rosa. Depois dessa cerimônia a Santa foi “canonizada” pelo povo. O Papa Eugênio IV e, principalmente, Calisto III mandaram continuar os trabalhos do Processo de Canonização. Em 1457 o processo ficou pronto, mas Calisto III, morreu, sem que chegasse a promulgar o decreto de canonização. Curiosamente, a canonização de Rosa ficou nisso. Nunca foi oficializada. Mas também nunca foi negada pelo Papa e pela Igreja. Podemos dizer que ela, desde o momento de sua morte, foi canonizada pelo povo. Em setembro de 1929, o Papa Pio XI, declarou Santa Rosa de Viterbo a padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana. Desde o início da história da Jufra do Brasil, escolheu-se Santa Rosa de Viterbo como sua padroeira. A Padroeira dos jovens franciscanos seculares. A mensagem de Santa Rosa continua atual, plenamente válida e urgente: conversão, mudança de vida, fidelidade ao Evangelho e a Igreja, amor e paz.
