Liturgia – 24 de novembro – SANTO ANDRE DUNG-LAC E COMPANHEIROS

Liturgia – 24 de novembro – SANTO ANDRE DUNG-LAC E COMPANHEIROS

SANTO ANDRÉ DUNG-LAC,
Presbítero e COMPANHEIROS, Mártires

Cor litúrgica: Vermelho

Ofício da memória
Liturgia das Horas: 1588-753
Oração das Horas: 1493-879

Leituras: Dn 2,31-45 – Cânt. Dn 3 – Lc 21,5-11
“Quando ouvirdes falar de guerras e subversões, não vos atemorizeis; pois é preciso que primeiro aconteça isso, mas não será logo o fim.”
Não é de hoje que se fala do fim do mundo.

A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita.Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: “Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer”. Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.

“Causa pena ver a alma, cuja capacidade é infinita, reduzir-se, pela sua fraqueza e inabilidade sensível, a tomar seu alimento apenas por migalhas através do sentido.”
São João da Cruz

“A perfeição não se encontra nos gostos, nem na recompensa, mas em quem ama e em quem melhor age com justiça.”
Santa Teresa de Jesus – M 3, 2,10

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