Liturgia – DEZEMBRO – DESTAQUES DO MÊS
DESTAQUES LITÚRGICOS DE DEZEMBRO-2009
“Estava no mundo e o mundo não o conheceu.”
(Jo 1,10)
“Enquanto vivemos, e até por humildade, é bom conhecer a nossa natureza miserável.”
São João da Cruz – V 13,1
Intenção missionária do mês: Cristo, Luz do Mundo.
Para que no Natal, os povos da terra reconheçam, no Verbo Encarnado, a Luz que ilumina toda a humanidade e as nações abram as portas para Cristo
Ano Litúrgico – Advento – Volume I (Liturgia das Horas)
O ano litúrgico é como uma roda de festividades que apresentam todos os aspectos fundamentais da pessoa e da vida de Jesus. O ano civil começa no dia 1º. De janeiro; mas a liturgia segue um outro calendário e estabelece o começo do ano litúrgico aproximadamente um mês antes, com o primeiro domingo do Advento (palavra que significa chegada).
No início do ano litúrgico, ao longo de quatro semanas, a Igreja entoa um canto de esperança àquele que está por chegar, o Príncipe da Paz, o Emanuel, Deus-conosco. A liturgia quer mostrar à Igreja que há muito a ser feito na História e nos ensina que Jesus não veio somente uma vez. Ele continua vindo e está presente em cada um de nós e nas nossas comunidades.
DESTAQUES DO MÊS
08 – Imaculada Conceição
11 – SANTA MARAVILHAS DE JESUS, Virgem da nossa Ordem
12 – Nossa Senhora de Guadalupe
14 – SÃO JOÃO DA CRUZ, Presbítero, Doutor da Ordem, nosso Pai
16 – Bv. MARIA DOS ANJOS, Virgem da nossa Ordem
17-24 – Preparação próxima do Natal
25 – Natal do Senhor Jesus
28 – Sagrada Família, Jesus Maria e José

3ª-FEIRA DA 1ª SEMANA DO ADVENTO
Cor litúrgica: Roxo
Ofício do dia de semana do Tempo do Advento
I Semana do Saltério
Liturgia das Horas: 105-647-132
Oração das Horas: 74-790-83
Leituras: Is 11,1-10 – Sl 71(72) – Mt 15,29-37
“Deus quer o bem de todos os seus filhos.
Por isso não esconde nada de sua doutrina a nenhum de nós.”
Sejamos humildes e tenhamos a humildade de nos reconhecermos limitados.
“A Alma que caminha no amor, não cansa nem se cansa.”
São João da Cruz – D 95
“É muito bom que qualquer serviço prestado à sua Mãe agrade a Nosso Senhor, e grande é a Sua misericórdia. Seja sempre louvado e bendito, porque paga com a vida e a glória eterna a baixeza de nossas obras.”
Santa Teresa de Jesus – F 10,5
Cartas de Santa Teresa de Jesus em 01
1569 – C 24 – À D. Juana de Ahumada, em Alba de Tormes – Alegra-se com a ida de Juan de Ovalle a Toledo. Cumprimenta D. Juana pela festa do Natal que se aproxima. Adverte-lhe que não a deve procurar para proveito do mundo, senão somente para que a encomende a Deus.
1580 – C 347 – A Madre Ana de La Encarnación, Priora de Salamanca – Sobre os negócios daquela comunidade de Descalças.
1581 – C 403 – Ao PE. Jerônimo Gracián, em Salamanca – Toma dois escudos, dos oito que tinham dado ao Pe. Gracián.
SANTO DO DIA

Santo Elígio ou Elói ,Bispo
Bispo, escultor, modelista, marceneiro e ourives, Elói ou Elígio foi um artista e religioso completo. Nasceu na cidade de Chaptelat, perto de Limoges, em 588, na França. Seus pais, de origem franco-italiana, eram modestos camponeses cristãos com princípios rígidos de honestidade e lealdade, transmitidos com eficiência ao filho. Com sabedoria e muito sacrifício, fizeram questão que ele estudasse, pois sua única herança seria uma profissão. Assim foi que, na juventude, Elói ingressou na escola de ourives de Limoges, a mais conceituada da Europa da época e respeitada ainda hoje. Ao se formar mestre da profissão, já era afamado pela competência, integridade e honestidade. Tinha alma de monge e de artista, fugia dos gastos com jogos e diversões. tudo dispendia com os pobres. Levava uma vida austera e de oração meditativa, ganhando o apelido de “o Monge”. Conta-se que sua fama chegou à Corte e aos ouvidos do rei Clotário II, em Paris. Ele decidiu contratar Elói para fazer um trono de ouro e lhe deu a quantidade do metal que julgava ser suficiente. Mas, com aquela quantidade, Elói fez dois tronos e entregou ambos ao rei. Admirado com a honestidade do artista, ele o convidou para ser guardião e administrador do tesouro real. Assim, foi residir na Corte, em Paris. Elói assumiu o cargo e também o de mestre dos ourives do rei. E assim se manteve mesmo depois da morte do soberano. Quando o herdeiro real assumiu o trono, como Dagoberto II, quis manter Elói na corte como seu colaborador, pois lhe tinha grande estima. Logo o nomeou um de seus conselheiros e embaixador, devido à confiança em suas virtudes. Elói também realizou obras de arte importantes, como o túmulo de são Martinho de Tours, o mausoléu de são Dionísio em Paris, o cálice de Cheles e outros trabalhos artísticos de cunho religioso. Além disso, e acima de tudo, Elói era um homem religioso, não lhe faltou inspiração para grandes obras beneméritas e na arte de dedicar-se ao próximo, em especial aos pobres e abandonados. O dinheiro que recebia pelos trabalhos na Corte, usava-o todo para resgatar prisioneiros de guerra, fundar e reconstruir mosteiros masculinos e femininos, igrejas e para contribuir com outras tantas obras para o bem estar espiritual e material dos mais necessitados. Em 639, o rei Dagoberto II morreu. Elói, então, ingressou para a vida religiosa. Dois anos depois, era consagrado bispo de Noyon, na região de Flandres. Foi uma existência totalmente empenhada na campanha da evangelização e re-evangelização, no norte da França, Holanda e Alemanha, onde se tornou um dos principais protagonistas e se revelou um grande e zeloso pastor a serviço da Igreja de Cristo. Durante os últimos dezenove anos de sua vida, Elói evitou o luxo e viveu na pobreza e na piedade. Foi um incansável exemplo de humildade, caridade e mortificação. A região de sua diocese estava entregue ao paganismo e à idolatria. Com as pregações de Elói e suas visitas a todas as paróquias, o povo foi se convertendo até que, um dia, todos estavam batizados. Morreu no dia 1o de dezembro de 660, na Holanda, durante uma missão evangelizadora. A história da sua vida e santidade se espalhou rapidamente por toda a França, Itália, Holanda e Alemanha, graças ao seu amigo bispo Aldoeno que escreveu sua biografia. A Igreja o canonizou e autorizou o seu culto, um dos mais antigos da cristandade. A festa de santo Elói ou Elígio, padroeiro dos joalheiros e ourives, ocorre na data de sua morte. Entretanto ele é celebrado também como padroeiro dos cuteleiros, ferreiros, ferramenteiros, celeiros, comerciantes de cavalos, carreteiros, cocheiros, garagistas e metalúrgicos.