14 de janeiro – 5ª Feira da 1ª Semana do Tempo Comum

14 de janeiro – 5ª Feira da 1ª Semana do Tempo Comum

Calendário Litúrgico Carmelitano produzido por Dyonísio da Silva

Cor litúrgica: verde

Ofício do dia de semana: I Semana do Saltério
Leituras: 1Sm 4, 1-11 – Sl 43(44) – Mc 1, 40-45
Liturgia das Horas: 682
Oração das Horas: 814

“Eu quero, fica purificado”


O poder de Jesus levanta qualquer homem de seu estado de prostração, para encaminhá-lo sobre a senda do serviço.

Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45.
Um leproso veio ter com Ele, caiu de joelhos e suplicou: «Se quiseres, podes purificar-me.» Compadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: «Quero, fica purificado.» Imediatamente a lepra deixou-o, e ficou purificado. E logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo: «Livra-te de falar disto a alguém; vai, antes, mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que foi estabelecido por Moisés, a fim de lhes servir de testemunho.» Ele, porém, assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o sucedido, a ponto de Jesus não poder entrar abertamente numa cidade; ficava fora, em lugares despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São João da Cruz (1542 – 1591), carmelita, Doutor da Igreja

A Chama viva do amor. Estrofe 2 «Jesus estendeu a mão e tocou-o» Mas Tu, oh vida divina, nunca matas senão para dar vida, e nunca chagas senão para sarar! Quando castigas, tocas levemente, e isso basta para destruir o mundo; mas também quando acaricias, amoldas-Te perfeitamente e, assim, o prazer da Tua doçura é incontável. Chagaste-me para me curar, oh divina mão, e mataste em mim o que me trazia morto sem a vida de Deus que agora me vejo viver. Tudo isto fizeste com a liberalidade da Tua graça generosa que tiveste para comigo quando me tocaste com o toque «do resplendor da Tua glória e imagem fiel da Tua substância» (Heb 1, 3), que é o Teu Filho Unigénito, no qual, sendo Ele a Tua sabedoria, «tocas com vigor de uma extremidade à outra» (Sb 8, 1). Este Teu filho Unigénito, oh mão misericordiosa do Pai, é o toque delicado com que me tocaste e me chagaste na força do Teu cautério. Oh, pois Tu, toque delicado, verbo, Filho de Deus, que, com a suavidade do Teu ser divino, penetras subtilmente na substância da minha alma e, tocando-a delicadamente, toda a absorves em Ti em modos divinos de suavidade e doçura, «das quais nunca se ouviu falar em Canaã nem foram vistas em Temã» (Br 3, 22). Oh, pois, forte e de certa maneira excessivo toque dedicado do Verbo, tanto mais delicado foste para mim quanto fendeste as montanhas e quebrastes os rochedos no monte Horeb com a sombra do Teu poder e força que ia à Tua frente, e tão doce e vivamente Te manifestastes ao profeta no sopro de uma brisa suave (1Rs 19, 11-12). Oh brisa suave, sendo tão suave e delicada, diz, Verbo, Filho de Deus, como tocas suave e delicadamente, sendo tão terrível e poderoso? […] «Ao abrigo da Tua face, que é o Verbo, os defendes das maquinações dos homens.» (Sl 30, 21).


“Estou convencida de que Deus não chama ninguém, unicamente, para si mesmo, e que além disso quando acolhe a oferta de uma alma, é pródigo de demonstrações de amor”
(Edith Stein)

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SANTO DO DIA

S. Félix de Nola, confessor, +256

Nasceu no terceiro século, em Nola, perto de Nápoles, Itália. Filho mais velho de Hermias, um soldado sírio que tinha se retirado para Nola. Após a morte de seu pai, Felix vendeu quase todos os seus bens e deu para os pobres e passou a seguir a sua vocação clerical. Ordenado pelo bispo Maximus de Nola. Durante as perseguições do Imperador Décius, o velho bispo ajudado por Felix fugiu para as montanhas e Felix foi preso, surrado e torturado para renegar a sua fé. A lenda diz que um anjo o livrou da prisão para que ele cuidasse de seu bispo doente. Felix escondeu Maximus em uma casa abandonada. Diz ainda a tradição que quando os dois estavam seguros dentro desta velha casa uma aranha rapidamente teceu uma enorme teia sobre a porta de modo que todos pensassem que a casa estava abandonada há tempos. Os soldados imperiais por lá passaram e não entraram devido a enorme teia e os dois cristãos ficaram assim seguros lá dentro. Com a morte de Décius em 251DC as autoridades encerraram as perseguições aos cristãos. Após a morte do Bispo Maximus Felix foi escolhido para ser o bispo de Nola, mas recusou a favor de Quintus um padre mais antigo e mais experiente. Felix passou a explorar a sua pequena fazenda e dava tudo que nela produzia para os pobres e doentes. A pouca informação que temos sobre São Felix vem de cartas e poesias que enviava para São Paulinus de Nola, que serviu como um porteiro na igreja dedicada a São Felix e que reuniu informações sobre ele dos peregrinos e dos paroquianos e mais tarde escreveu uma espécie de biografia de São Felix de Nola. Felix faleceu em 255 de causas naturais, mas é normalmente listado como mártir, devido as torturas e privações de que foi vitima durante as perseguições aos cristãos. Seu túmulo tornou-se local de peregrinações e vários milagres foram creditados a sua intercessão.

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