
TERÇA FEIRA DA VII SEMANA DA PÁSCOA- 18/05/2010
III Terça Feira do Saltério (Vésperas = I Salmo) Ant. 1 Paz a vós! Não temais, pois sou Eu, aleluia. Salmo 124 (125): Deus, protetor de Seu povo. Se o cetro dos malvados ainda não sufocou definitivamente Jerusalém, cidade que segue inspirando confiança, pode-se pensar nos anos 597 a 587 a. C para a datação deste Salmo; a não ser que os malvados sejam os últimos reis de Judá e, neste caso, não compreendemos a liberdade com que se expressa o salmista. Em todo caso, os malvados não ocupam o centro deste Salmo: o centro de atenção são os justos que habitam em Sião. Para estes se deseja a Paz. O Salmo é um poema de consolação, que vacila entre o didático e o lírico, entre a súplica e a profissão de confiança. A visão da Cidade santa inspira sentimentos de confiança nos habitantes de Jerusalém e nos peregrinos, que agora podem relacionar-se com a assembléia cristã. O v. 3, enquanto expressão de um sentimento de segurança, recorre a uma linguagem didática. Os dois últimos versos formulam uma súplica direta. O salmo 124 forma parte da intensa e sugestiva coleção chamada “Canção das Subidas”, livro ideal de orações para a peregrinação a Sião, com vistas ao encontro com Yahweh, no Templo (cf. Sl 119-133).