Tema: A Grandeza da nossa vocação
Período: 30 de outubro a 07 de novembro de 2025
Em nome do Pai…
finalizando hoje nossa novena e nossas reflexões com Santa Elisabete da Trindade, vamos confirmar nossa fé, pedindo ao Espírito Santo que nos faça crescer na santidade, na presença de Cristo e da Igreja, no serviço aos pobres. O Senhor nos mandei: Ide e formai discípulos e Santa Teresa conclui: “obras quer o Senhor”. Feche seus olhos e sinta o agir de Deus em sua vida… ore comigo…
Ave Maria
Pai Nosso
POEMA 109 DE SANTA ELISABETE DA TRINDADE
Ó Senhor, eu queria derramar-me em Teu seio
Como uma gota d’água em um mar imenso.
Digna-Te destruir em mim o que não é divino
Para que minha alma, livre, se lance em Teu Ser.
É preciso que eu penetre neste lugar espaçoso,
Nesse abismo insondável e no profundo mistério
Para amar-Te, ó Jesus, como Te amam nos Céus,
Sem que nada de fora possa me distrair.
Amém. ( P 109)
Meditando com a Santa
9o dia – Crescer na ação de graças – tudo é graça!
Após 8 dias meditando a Grandeza de nossa vocação com Santa Elisabete da Trindade, chegamos hoje ao dia final. Mas um final que também é um começo…vamos hoje agradecer a Deus pela riqueza de nossa vocação, uma vocação que nasceu nos planos de Deus, que nasceu do céu, para nos fazer santos. Para construir em nosso ser a identidade de Cristo nesse caminho tão lindo.
E qual é a grandeza de nossa vocação?
A primeira é compreendermos que temos um ideal e que o desejamos, para sairmos de nós e ajudarmos o mundo que jaz no abismo da morte espiritual.
A segunda é a humildade de tomarmos a nossa cruz e renunciarmos a nós mesmo! E isso só é possível pela ação da graça de Deus. E a grandeza de nossa vocação é sabermos que Deus tem reservado para nós uma graça especial, como que uma “morada”, ou uma maneira especial de nos conduzir para esse caminho, sem medo, sem distração, com esperança e amor.
A terceira é “viver a liberdade dos filhos de Deus”. A alma que tem consciência da sua grandeza entra nessa santa liberdade dos filhos de Deus e me parece que alma mais livre é a que se esquece de si mesma. Nossa vocação nos convida a essa liberdade: de ser quem Deus quer que sejamos. Entrar nessa vocação é entrar nesse mistério. É uma liberdade inteiro que nos tira de si para algo maior, que nos faz diluir no mundo, estando em tudo e todos. Algo que experimentamos que dilata a alma e não nos permite mais viver num mundo tão pequeno de nossas próprias ideias.
A quarta grandeza é nos capacitar a sairmos do nosso orgulho. O Espírito Santo em nós nos faz sair dessa mentalidade mesquinha, egoísta, sair do eu para o amor. Ó vocação tão bela que esmaga em esse orgulho! Não como um amuleto, mas como um caminho de busca em um processo onde Deus se faz presente sempre para nos ajudar e orientar soba ação do Espirito Santo.
A quinta riqueza é tirarmos o julgo que pesa sobre nós. Que julgo é esse? O pesar de nossas faltas, a insatisfação por não sermos perfeitos? Aqui nós entendemos como Santa Teresinha que o que agrada a Deus em minha pequena alma é que eu ame a minha pequenez e minha fraqueza, pois é a esperança cega que tenho em sua misericórdia. E aceitar com amor nossas misérias e limitações.
A sexta grandeza de nossa vocação, que pode ser a maior de todas, é poder completar em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo. Que grande honra! Que amor incomensurável de Deus nos chamar a essa vivencia de amor, de oferta, de abandono!
A sétima grandeza de nossa vocação é saber que se Ele nos chamou, também nos glorificou! Podemos dizer: ó tão grande pecado que nos trouxe tão grande salvação. Que grandeza essa saber que somos glorificados, que Deus nos mantém de pé, em estado “de saída”, como nos chama o Papa Francisco. Vivamos essa verdade em nossas vidas.
A oitava grandeza é nos mantermos firmes na fé, pensando como Deus pensa e não como nós pensamos, é não irmos nos apoiando em nossas crenças mas no próprio Deus que no sustenta. Que grandeza!
E por fim, como ultima proposta da carta de Santa Elisabete da Trindade, a grandeza de nossa vocação está em crescer em ação de graças. Nos disse ela em sua carta: “Se caminhardes enraizada em Jesus Cristo, firmes em tua fé, viverás na ação de graças…A dileção dos filhos de Deus! Pergunto: como a alma que sondou a dileção do coração de Deus por ela, pode não ser sempre alegre, em todo sofrimento e em toda dor?. Recorda-te que: ELE TE ESCOLHEU NELE ANTES DE TODA A CRIAÇÃO para que sejas imaculada e pura em sua Sua presença, no amor!” Como não crer diante disso que “tudo é graça!” Sim, “tudo é graça!”
Que vivamos a grandeza de nossa vocação hoje e sempre. Amém
Oração Final
Desejo habitar em tua fornalha de amor, sob a irradiação da luz da Tua face, e viver só de Ti, como na Divina Morada! Nessa doce paz que nenhum bem supera, é ali que se dará a transformação. Ali me tornarei como outro Tu mesmo, sob a condição de ter tudo perdido, por Ti, Beleza Suprema. Já não vivemos em nós quando amamos de verdade, pois sentimos a necessidade de esquecer- nos sem cessar. O coração só tem repouso e descanso depois que encontrou o objeto de sua ternura. Eis porque, Jesus, em meu amor por Ti, não desejo senão Tua Santa presença. A todo instante do dia quero sair de mim e somente sob teu olhar, imolar-me em silêncio.
Amém.
Santa Elisabete da Trindade, rogai por nós!
Comissão de Espiritualidade, Província São José
Ana Catarina da Santíssima Trindade, ocds
Frei César Cardoso, ocd
Referência Bibliográfica