
Orações dos Papas pela Paz
Nós Carmelitas Seculares, somos chamados a viver em oração permanente, “meditando dia e noite a Palavra do Senhor”. Em cada tempo da história, os Papas foram motivados a orar pela paz nos mais diferentes cenários e hoje não é diferente. No tempo em que vivemos, devemos intensificar nossas orações, pedindo ao Espírito Santo pela Paz no mundo!
Oremos com os Papas pela paz!
Oração ao Divino Triunfante (João XXIII)
“Ó Príncipe da Paz, Jesus Ressuscitado, olha com bondade para toda a humanidade. Ela espera só de Ti ajuda e conforto para as suas feridas. Como nos dias da Tua passagem terrena, Tu sempre favoreces os pequenos, os humildes, os dolorosos; vai sempre procurar pecadores. Faz com que todos te invoquem e te encontrem, para ter em ti o caminho, a verdade, a vida. Preserva-nos a tua paz, ó Cordeiro sacrificado pela nossa salvação: Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem! Aqui, Jesus, é a nossa oração. Tirai do coração dos homens aquilo que pode pôr em perigo a paz, e confirmai-os na verdade, na justiça, no amor aos irmãos. Iluminai os governantes do povo, para que, ao lado das justas preocupações com o bem-estar dos seus irmãos, garantir e defender o grande tesouro da paz; acender a vontade de todos para superar as barreiras que dividem, para fortalecer os laços da caridade mútua, para estar prontos a compreender, a simpatizar, a perdoar, para que em Teu nome o povo possa se unir, e a paz, a Tua paz, possa triunfar nos corações, nas famílias, no mundo”.
Oração pela paz (Papa Paulo VI 1969)
Senhor Deus da paz, Tu que criastes os homens para serem herdeiros de tua glória, nós Te bendizemos e Te agradecemos porque nos enviastes Jesus, Teu filho bem-amado. Tu fizeste dele no ministério de sua Páscoa o artesão da nossa salvação a fonte de toda paz, o laço de toda fraternidade. Agradecemos pelos desejos, pelos esforços e pelas realizações que teu Espírito de paz suscitou em nossos dias para substituir o ódio pelo amor a desconfiança pela compreensão a indiferença pela solidariedade. Abri mais ainda nossos Espíritos e nossos corações para as exigências concretas do amor de todos os nossos irmãos para que sejamos cada vez mais artesão da paz lembra-te ó Pai de todos os que lutam, sofrem, e morrem para a parturição de um mundo mais fraterno que para homens de todas as raças e de todas a línguas venha a teu reino de justiça de Paz e de amor amém.
Oração de São João Paulo II pela Paz
Ao Criador da natureza e do homem, da verdade e da beleza, suplico:
Escuta minha voz, Senhor, pois é a voz das vítimas de todas as guerras e de todas as violências entre os indivíduos e os povos…
Escuta minha voz, pois é a voz de todas as crianças que sofrem e que sofrerão enquanto os povos colocarão sua confiança nas armas e na guerra…
Escuta minha voz, quando eu te suplico de insuflar no coração de todos os humanos a sabedoria da paz, a força da justiça e a alegria da amizade…
Escuta minha voz quando eu te falo para as multidões que, em todos os países e em todos os tempos, não querem a guerra e estão prontas a percorrer o caminho da paz…
Escuta minha voz e dá-nos a força de sempre saber responder ao ódio pelo amor, à injustiça por um total engajamento pela justiça, à miséria pela partilha…
Escuta minha voz, ó Deus, e concede ao mundo tua paz eterna.
A Oração pela Paz do Papa Francisco
“Maria, pousai o vosso olhar sobre nós; eis-nos aqui na vossa presença! Vós sois Mãe, conheceis as nossas canseiras e as nossas feridas. Vós, Rainha da Paz, sofreis conosco e por nós, ao ver muitos dos vossos filhos provados pelos conflitos, angustiados com as guerras que dilaceram o mundo. É uma hora sombria. Esta é uma hora sombria, Mãe. E, nesta hora sombria, colocamo-nos sob os vossos olhos luminosos e confiamo-nos ao vosso coração, sensível aos nossos problemas. O vosso coração não esteve imune de inquietações e temores: Quanta apreensão ao ver que não havia lugar para Jesus na
hospedaria! Quanto medo naquela fuga precipitada para o Egito, pois Herodes queria matá-Lo! Quanta angústia, quando O perdestes no templo! Mas Mãe, nas provações, Vós fostes corajosa, fostes audaz: confiastes em Deus, e à apreensão respondestes com a solicitude, ao pavor com o amor, à angústia com o oferecimento. Mãe, não Vos alheastes, mas, nos momentos decisivos, tomastes a iniciativa: fostes apressadamente ter com Isabel, nas bodas de Caná obtivestes de Jesus o primeiro milagre, no Cenáculo mantivestes os discípulos unidos. E, quando no Calvário uma espada Vos trespassou a alma, Vós Mãe, mulher humilde, mulher forte, tecestes com a esperança pascal a noite do sofrimento.
Agora, Mãe, tomai mais uma vez a iniciativa; tomai-a por nós, nestes tempos dilacerados pelos conflitos e devastados pelas armas. Voltai o vosso olhar de misericórdia para a família humana, que perdeu a senda da paz, preferiu Caim a Abel e, tendo esquecido o sentido da fraternidade, não readquire a atmosfera de
casa. Intercedei pelo nosso mundo em perigo e tumulto. Ensinai-nos a acolher e cuidar da vida – de toda a vida humana! – e a repudiar a loucura da guerra, que semeia morte e apaga o futuro. Maria, já muitas vezes Vós viestes ter conosco, pedindo oração e penitência. Nós, porém, ocupados com as nossas necessidades e distraídos por tantos interesses mundanos, temos permanecido surdos aos vossos convites. Contudo Vós, que nos amais, não Vos canseis de nós, Mãe. Tomai-nos pela mão. Tomai- nos pela mão e guiai-nos para a conversão, fazei-nos colocar Deus em primeiro lugar. Ajudai-nos a guardar a unidade na Igreja, e a ser artesãos de comunhão no mundo. Recordai-nos a importância do nosso papel, fazei-nos sentir responsáveis pela paz, chamados a rezar e adorar, a interceder e reparar por todo o género humano.
Mãe, sozinhos, não conseguimos; sem o vosso Filho, nada podemos fazer. Mas Vós levai-nos a Jesus, que é a nossa paz. Por isso, Mãe de Deus e nossa, vimos até Vós, buscamos refúgio no vosso Coração Imaculado. Imploramos misericórdia, Mãe da misericórdia; paz, Rainha da paz! Movei o íntimo de quem está preso no ódio, convertei quem alimenta e excita conflitos. Enxugai as lágrimas das crianças – nesta hora, choram tanto! –, assisti os idosos que estão sozinhos, amparai os feridos e os doentes, protegei quem teve de deixar a sua terra e os afetos mais queridos, consolai os desanimados, despertai a esperança.
Para sempre, Vos confiamos e consagramos as nossas vidas, todas as fibras do nosso ser, aquilo que temos e somos. A Vós consagramos a Igreja para que, dando ao mundo testemunho do amor de Jesus, seja
sinal de concórdia, seja instrumento de paz. A Vós consagramos o nosso mundo, de modo especial consagramo-Vos os países e as regiões em guerra. O povo fiel chama-Vos aurora da salvação: Mãe, abri frestas de luz na noite dos conflitos. Vós, morada do Espírito Santo, inspirai caminhos de paz aos responsáveis das nações. Vós, Senhora de todos os povos, reconciliai os vossos filhos, seduzidos pelo mal, cegados pelo poder e pelo ódio. Vós, que estais próxima de cada um, encurtai as nossas distâncias. Vós, que tendes compaixão de todos, ensinai-nos a cuidar dos outros. Vós, que revelais a ternura do Senhor, tornai-nos testemunhas da sua consolação. Mãe, Vós, Rainha da Paz, derramai nos corações a harmonia de Deus. Amem.”
Ana Catarina da Santíssima Trindade, ocds
Comissão de Espiritualidade