10º DIA DO RETIRO COM SANTA ELISABETE DA TRINDADE
COMO ENCONTRAR O CÉU NA TERRA
Sugerimos que você escolha um lugar silencioso, livre de distrações.
Você pode acender uma vela…fique em postura de oração…
Peça a presença do Espírito Santo… deixe-se conduzir por Deus na oração! Sinta-se no centro da Trindade Santa… Leia o texto de Elisabete da Trindade e, após ler o texto, ouça o vídeo.
Ave Maria…
Pai Nosso…
Glória ao Pai….
ORAÇÃO INICIAL
“Saber que um ser chamado amor habita em mim, foi o que fez a mina vida um céu sem fim. Crer que um ser chamado amor habita em mim, a todo instante, do dia e da noite, foi isto que fez de minha vida aqui um céu. Um céu antecipado em minha alma com meus três. Agora somos um meu único amor, no interior da alma, onde acontece a divina união contigo!”
Amém
Décimo dia – CT 38 – 44
Se conhecesses o dom de Deus – A Virgem fiel – A Virgem da vida interior – Atitudes espirituais de um louvor de glória – O nome novo do vencedor.
Primeira oração
38. “Si scires donumn Dei” Jo 4,10
“Se conhecesses o dom de Deus”, disse Jesus à Samaritana. Mas qual é este dom de Deus, senão ele mesmo? “E, diz-nos o discípulo amado, veio aos seus e os seus não o receberam” Jo 1,11. São João Batista poderia dizer ainda a muitas almas estas palavras de reprovação: “No meio de vós, em vós mesmos’, está alguém que não conheceis” Jo 1,26
39. “Se conhecesses o dom de Deus!” Houve uma criatura que conheceu este dom de Deus, uma criatura que não desperdiçou nenhuma parcela deste dom, uma criatura tão pura, tão luminosa que parecia ser a própria Luz: “Speculum justitiae”. Uma criatura cuja vida foi tão simples, tão absorta em Deus, que quase nada se pode dizer a respeito dela.
“Virgo Fidelis”, Virgem fiel, é aquela “que guardava todas as coisas em seu coração”. Conservava-se tão pequena e recolhida diante de Deus, no segredo do Templo, que atraiu sobre si as complacências da Santíssima Trindade: “Porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações todas me chamarão bem-aventurada!…” Lc 1,48 O Pai, ao contemplar esta criatura tão bela e tão indiferente à própria beleza, quis que ela fosse, no tempo, a Mãe daquele de quem ele é o Pai na eternidade. Veio, então, sobre ela o Espírito de Amor, que preside a todas as operações divinas, e a Virgem disse o seu Fiat: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra” ( Lc 1,38) e o maior dos mistérios se realizou. Pela descida do Verbo nela, Maria tornou-se, para sempre, a presa de Deus.
40. Parece-me que a atitude da Virgem, durante os meses que se passaram entre a Anunciação e o Natal, é o modelo das almas interiores, desses seres por Deus escolhidos para viver “no interior”, no fundo do abismo sem fundo. Com que paz e recolhimento Maria se submetia e se entregava a todas as ocupações! Como as ações mais banais eram divinizadas nela! Porque, em tudo, a Virgem permanecia a adoradora do dom de Deus, em todos os seus atos. Esta atitude não a impedia de doar-se exteriormente, quando a caridade o exigia. O Evangelho narra que “Maria percorreu apressadamente as montanhas da Judéia, para dirigir-se à casa da sua prima Isabel”. Jamais a visão inefável que ela contemplava no seu interior diminuiu a sua caridade exterior, porque, conforme afirma um autor piedoso, “se a contemplação conduz ao louvor e à eternidade de seu Senhor, ela tem em si a unidade e não a perderá jamais”. Se lhe chega uma ordem do céu, volta-se para os homens, compadece-se de todas as suas necessidades. inclina-se sobre todas as suas misérias. Convém que ela chore e fecunde! A contemplação ilumina como o fogo; como ele, queima, absorve e consome, elevando para o céu tudo quanto destruiu. E uma vez cumprida a sua missão na terra, levanta-se e empreende novamente o caminho para a altura, ardendo em seu próprio fogo
Segunda oração
41. “Nele, predestinados pela decisão daquele que tudo opera segundo o conselho de sua vontade, fomos feitos sua herança, para sermos o louvor de sua glória” Ef 1,11-12
É São Paulo que assim fala. São Paulo instruído pelo próprio Deus. Como realizar este grande sonho do coração de nosso Deus, este seu desejo imutável sobre nossas almas, numa palavra, como corresponder à nossa vocação e nos tornar perfeitos louvores de glória da Santíssima Trindade?
42. No céu, cada alma é um louvor de glória ao Pai, ao Verbo e ao Espirito Santo, pois cada alma está fixada no amor puro, “não vivendo mais da sua própria vida, mas da vida de Deus”. “Então, ela o conhece, afirma São Paulo, como é conhecida por ele”. Em outras palavras: “seu entendimento é o entendimento de Deus, sua vontade a vontade divina, seu amor o mesmo amor de Deus. O Espírito de amor e de fortaleza é quem transforma realmente a alma, pois tendo sido enviado para suprir nela tudo quanto lhe falta, como diz também São Paulo, ele opera na alma esta gloriosa transformação”. São João da Cruz afirma que falta pouco para que a alma, assim entregue ao amor, não se eleve nesta vida pela virtude do Espírito Santo ao grau de amor que estamos falando. Eis o que eu chamo um perfeito louvor de glória”
Um louvor de glória: é uma alma que permanece em Deus, que o ama com um amor puro e desinteressado, sem buscar-se a si mesmo na doçura desse amor; que o ama acima de todos os seus dons, e amaria ainda que nada tivesse dele recebido, e que deseja o bem ao Objeto assim amado. Ora, como desejar e querer efetivamente algum bem a Deus, se não pelo cumprimento exato de sua vontade, uma vez que esta vontade encaminha todas as coisas para a sua maior glória? Portanto, esta alma deve se entregar a ele plena e inteiramente, até não conseguir mais querer outra coisa senão o que Deus quer.
Um louvor de glória: é uma alma de silêncio, que permanece como uma lira, sob o toque misterioso do Espírito Santo, que nela produz harmonias divinas. Ela sabe que o sofrimento é uma corda que produz sons mais belos ainda e por isso gosta de vê-la no seu instrumento, para comover, mais ternamente, o coração de seu Deus
Um louvor de glória: é uma alma que contempla a Deus na fé e na simplicidade; é um reflexo do Ser de Deus. E como um abismo sem fundo, no qual ele pode derramar-se, expandir-se. E também como um cristal, através do qual Deus pode irradiar e contemplar todas as suas perfeições e o seu próprio resplendor. Uma alma que permite deste modo ao Ser divino satisfazer nela sua necessidade de comunicar tudo quanto ele é e tudo quanto possui é realmente o louvor de glória de todos os seus dons.
Enfim, um louvor de glória é um ser em contínua ação de graças. Cada um de seus atos e movimentos, cada um de seus pensamentos e de suas aspirações, fixam-na mais profundamente no amor e são como que um eco do “Sanctus” eterno.
44. No céu da glória, os bem-aventurados não cessam de repetir “dia e noite: ‘Santo, Santo, Santo, o Senhor Todo-poderoso… E, prostrando-se, adoram aquele que vive pelos séculos dos séculos”
No céu de sua alma o louvor de glória começa, desde já, o oficio que há de exercer na eternidade. Seu cântico nunca se interrompe, porque ele age sempre sob o impulso do Espírito Santo. Um louvor de glória: é uma alma que permanece em Deus, que o ama com um amor puro e desinteressado, sem buscar-se a si mesmo na doçura desse amor; que o ama acima de todos os seus dons, e amaria ainda que nada tivesse dele recebido, e que deseja o bem ao Objeto assim amado. Ora, como desejar e querer efetivamente algum bem a Deus, se não pelo cumprimento exato de sua vontade, uma vez que esta vontade encaminha todas as coisas para a sua maior glória? Portanto, esta alma deve se entregar a ele plena e inteiramente, até não conseguir mais que rer outra coisa senão o que Deus quer.
Um louvor de glória: é uma alma de silêncio, que permanece como uma lira, sob o toque misterioso do Espírito Santo, que nela produz harmonias divinas. Ela sabe que o sofrimento é uma corda que produz sons mais belos ainda e por isso gosta de vê-la no seu instrumento, para comover, mais ternamente, o coração de seu Deus
Um louvor de glória: é uma alma que contempla a Deus na fé e na simplicidade; é um reflexo do Ser de Deus. E como um abismo sem fundo, no qual ele pode derramar-se, expandir-se. E também como um cristal, através do qual Deus pode irradiar e contemplar todas as suas perfeições e o seu próprio resplendor. Uma alma que permite deste modo ao Ser divino satisfazer nela sua necessidade de comunicar tudo quanto ele é e tudo quanto possui é realmente o louvor de glória de todos os seus dons.
Enfim, um louvor de glória é um ser em contínua ação de graças. Cada um de seus atos e movimentos, cada um de seus pensamentos e de suas aspirações, fixam-na mais profundamente no amor e são como que um eco do “Sanctus” eterno.
44. No céu da glória, os bem-aventurados não cessam de repetir “dia e noite: ‘Santo, Santo, Santo, o Senhor Todo-poderoso… E, pros trando-se, adoram aquele que vive pelos séculos dos séculos”
No céu de sua alma o louvor de glória começa, desde já, o oficio que há de exercer na eternidade. Seu cântico nunca se interrompe, porque ele age sempre sob o impulso do Espírito Santo, que tudo opera nele. E, ainda que ele nem sempre tenha consciência disso, pois a fraqueza da natureza não lhe permite fixar-se em Deus sem distra’ões, ele canta e adora constantemente, e transforma-se, por assim dizer, em louvor, em amor apaixonado pela glória de seu Deus. No céu de nossa alma sejamos louvores de glória da Santíssima Trindade, louvores de amor de nossa Mãe Imaculada. Chegará o dia em que o véu cairá e seremos introduzidos nos átrios eternos e lá cantaremos no seio do amor infinito, e Deus nos dará o nome novo prometido ao vencedos.”Qual será este nome?
Lauden Gloriae!
Reflexões
Sugerimos agora que você permaneça em lugar silencioso.
Peça mais uma vez o auxílio do Espírito Santo. Deixe-se conduzir pelos “Gemidos inefáveis” do Espírito.
Ouça o áudio e coloque-se em oração profunda…
SANTA ELISABETE DA TRINDADE, ROGAI POR NÓS!
Referência Bibliográfica
ELISABETE DA TRINDADE, Obras Completas. Ed. Vozes; São Paulo. 1993. Como Encontrar o Céu na Terra, 1-44
Ana Catarina da Santíssima Trindade, ocds – Comunidade Senhora do Carmo
Maria de Jesus Crucificado, ocds – Com. Alegria da Sagrada Face – Itapetininga, SP
Comissão de Espiritualidade
Província São José