9º DIA DO RETIRO COM SANTA ELISABETE DA TRINDADE

9º DIA DO RETIRO COM SANTA ELISABETE DA TRINDADE

COMO ENCONTRAR O CÉU NA TERRA

Sugerimos que você escolha um lugar silencioso, livre de distrações.

Você pode acender uma vela…fique em postura de oração…

Peça a presença do Espírito Santo… deixe-se conduzir por Deus na oração! Sinta-se no centro da Trindade Santa… Leia o texto de Elisabete da Trindade e, após ler o texto, ouça o vídeo.

 

Ave Maria…

Pai Nosso…

Glória ao Pai….

ORAÇÃO INICIAL

 

Saber que um ser chamado amor habita em mim, foi o que fez a mina vida um céu sem fim. Crer que um ser chamado amor habita em mim, a todo instante, do dia e da noite, foi isto que fez de minha vida aqui um céu. Um céu antecipado em minha alma com meus três. Agora somos um meu único amor, no interior da alma, onde acontece a divina união contigo!”

Amém

Nono dia – CT 31 – 37

Filhos de Deus por adoção – Nosso modelo de santidade – Adoradores do Pai em espírito e em verdade – Ingratidão e malícia do pecador – O pecado como instrumento de salvação e de humildade.

Primeira oração

31. “Deus nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por Jesus Cristo, conforme o beneplácito da sua vontade, para louvor e glória da sua graça, com a qual ele nos agraciou no Amado, no qual temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que ele derramou profusamente sobre nós, infundindo-nos toda sabedoria e prudência”  Ef 1,5-8
A alma que se tornou realmente filha de Deus, segundo a palavra do Apóstolo, é movida pelo próprio Espírito Santo: “Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus” Rm8,14. E ainda: “Não recebestes o espírito de escravos, para recair no temor, mas recebestes o espirito de filhos adotivos, no qual clamamos: Abbá Pai! O próprio Espirito se une ao nosso espirito para testemunhar que somos filhos de Deus. E, se somos filhos de Deus, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, pois sofremos com ele, para também com ele sermos glorificados” Rm 8,15-17. É para fazer-nos chegar a este abismo de glória que Deus nos criou à sua imagem e semelhança.

Vede, diz São João, que prova de amor nos deu o Pai, sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos… Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas o que nós seremos ainda não se manifestou. Sabemos que, por ocasião desta manifestação, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo o que nele tem esta esperança, santifica-se a si mesmo, como também ele é santo” 1Jo 3,1a

32. Eis a medida de santidade dos filhos de Deus: “ser santo como Deus é santo, ser santo da própria santidade de Deus” ( 1Jo 3,3 ) e isto vivendo intimamente com ele, no fundo do abismo sem fundo “dentro de nosso ser”. “A alma parece adquirir, então, uma certa semelhança com Deus, o qual, embora encontre delícias em todas as criaturas, não pode encontrar tanto quanto em si mesmo, porque possui, em si mesmo, um bem supremo, diante do qual desaparecem todos os outros bens. Também todas as alegrias que a alma sente, são, para ela, outros tantos sinais, que a convidam a saborear, de preferência, o Bem que ela possui, ao qual nenhum outro pode ser comparado” “Pai nosso que estais nos céus”.  É neste pequeno céu, criado por ele no centro de nossa alma, que devemos procurá-lo e, sobretudo, permanecer.

33. Cristo, um dia, disse à samaritana que o “Pai estava procurando adoradores em espírito e em verdade” Jo 4,23 . Para alegrar o seu coração, sejamos esses grandes adoradores. Adoremo-lo “em espirito”, isto é, tenhamos o coração e o pensamento fixos nele, com o espírito cheio de seu conhecimento pela luz da fé. Adoremo-lo “em verdade”, isto é, por meio das nossas obras, pois nossa veracidade se manifesta através de nossa conduta. Adorá-lo “em verdade” é fazer sempre o que agrada ao Pai  de quem somos filhos. Enfim, adoremos “em espírito e em verdade” isto é, por Jesus Cristo e com Jesus Cristo, pois só ele é o verdadeiro adorador, em espírito e em verdade.

34. Seremos então filhas de Deus, e conheceremos por experiência a verdade destas palavras de Isaías: “Sereis carregados ao colo e acariciados sobre os joelhos”. Com efeito, única a ocupação de Deus parece consistir em cumular a alma de carícias e de sinais de afeição, como uma mãe que cria o seu filho e o amamenta com o seu leite. Oh! Permaneçamos à escuta da voz misteriosa do nosso Pai: “Minha filha, diz ele. dá-me o teu coração”

Segunda oração

35.“Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em nossos pecados, nos vivificou junto com Cristo” Ef 2,4-5  “Todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus; e são justificados gratuitamente por sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus, que Deus estabeleceu como propiciação pelos pecados, mostrando que ele é justo e justifica quem tem fé nele” Rm 3,23-26

O pecado é um mal tão horrível que, para procurar um bem, por pequeno que seja, ou para evitar um mal qualquer, nenhum pecado deve ser cometido. Ora, já cometemos um grande número. Como poderemos não desfalecer de adoração quando nos submergimos no abismo da misericórdia e quando os olhos de nossa alma contemplam o fato de que Deus apagou nossos pecados? Ele o disse: “Sou eu o que apaga as tuas transgressões, e já não me lembro dos teus pecados” Is 43,25

“O Senhor, em sua clemência, quis que nossos pecados atuem contra eles mesmos e para nosso bem; descobriu o meio de que nos sejam úteis, pondo-os em nossas mãos como instrumento de salvação. Porém, isto não deve diminuir em nada nosso horror pelo pecado, nem nossa dor por ter pecado. De todos os modos nossos pecados se converteram para nós em fonte de humildade.” Ru 169-179 145

36. Quando a alma “considera no íntimo de seu ser, com os olhos abrasados de amor, a imensidade de Deus, sua fidelidade, suas provas de amor, seus benefícios que nada podem acrescentar à sua felicidade e quando, depois, contemplando-se a si mesma vê as ofensas que cometeu contra a imensidade de Deus, retorna ao fundo de seu próprio ser desprezando-se tão profundamente que não sabe como suportar sua culpa. O melhor que pode fazer é lamentar-se diante do Senhor, seu amigo, das forças do desprezo que a traem, não a rebaixando tanto como quisera. A alma se submete à vontade divina e encontra nesse abandono interior a paz verdadeira, invencível e perfeita, que nada pode perturbar, pois se submergiu num abismo tão profundo que ninguém irá encontrá-la”

37. “Se alguém me afirmasse que ter encontrado o fundo é estar submerso na humildade, eu nunca o desmentiria. Parece-me, entretanto, que estar imerso na humildade é submergir-se em Deus porque Deus é o fundo do abismo. É por isso que a humildade, como a caridade, é sempre susceptível de perfeição Visto que esse fundo de humildade é o vaso que se necessita, o vaso capaz de receber a graça divina e onde Deus quer derramá-la, sejamos humildes. O humilde nem elevará a Deus demasiado alto, nem ele mesmo descerá demasiado baixo. Mas aqui está a maravilha: sua impotência se mudará em sabedoria e a imperfeição de seu ato, sempre insuficiente a seus olhos, se converterá no maior prazer de sua vida. Quem possui um fundo de humildade não precisa de muitas palavras para instruir-se. Deus lhe revela mais coisas do que outros poderiam lhe ensinar. Os discípulos de Deus estão nesta posição.


Reflexões

 

Sugerimos agora que você permaneça em lugar silencioso.

Peça mais uma vez o auxílio do Espírito Santo. Deixe-se conduzir pelos “Gemidos inefáveis” do Espírito.

Ouça o áudio e coloque-se em oração profunda

 

SANTA ELISABETE DA TRINDADE, ROGAI POR NÓS!

Referência Bibliográfica

ELISABETE DA TRINDADE, Obras Completas. Ed. Vozes; São Paulo. 1993. Como Encontrar o Céu na Terra, 1-44

Ana Catarina da Santíssima Trindade, ocds – Comunidade Senhora do Carmo

Comissão de Espiritualidade

Província São José

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