Devemos não apenas pedir, mas também louvar e agradecer
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Catequese de Bento
XVI na Audiência Geral de quarta-feira
XVI na Audiência Geral de quarta-feira
CIDADE DO VATICANO,
quarta-feira, 20 de junho de 2012(ZENIT.org) – Seguem as palavras pronunciadas por Bento XVI
na catequese de hoje, durante a Audiência Geral, aos fiéis e peregrinos
reunidos na Sala Paulo VI.
quarta-feira, 20 de junho de 2012(ZENIT.org) – Seguem as palavras pronunciadas por Bento XVI
na catequese de hoje, durante a Audiência Geral, aos fiéis e peregrinos
reunidos na Sala Paulo VI.
***
Queridos irmãos e
irmãs,
irmãs,
A nossa oração,
muitas vezes, é pedido de ajuda numa necessidade. E é normal para o homem,
porque temos necessidade de ajuda, temos necessidade dos outros, temos
necessidade de Deus. Assim, é normal pedir alguma coisa a Deus, buscar a ajuda
Dele; e devemos lembrar que a oração que o Senhor nos ensinou, o “Pai Nosso”, é
uma oração de pedido, e com esta oração, o Senhor nos ensina as prioridades da
nossa oração, limpa e purifica os nossos desejos e, assim, limpa e purifica o
nosso coração. Então, por si mesmo, é normal que na oração peçamos alguma
coisa, mas não deveria ser exclusivamente assim.
muitas vezes, é pedido de ajuda numa necessidade. E é normal para o homem,
porque temos necessidade de ajuda, temos necessidade dos outros, temos
necessidade de Deus. Assim, é normal pedir alguma coisa a Deus, buscar a ajuda
Dele; e devemos lembrar que a oração que o Senhor nos ensinou, o “Pai Nosso”, é
uma oração de pedido, e com esta oração, o Senhor nos ensina as prioridades da
nossa oração, limpa e purifica os nossos desejos e, assim, limpa e purifica o
nosso coração. Então, por si mesmo, é normal que na oração peçamos alguma
coisa, mas não deveria ser exclusivamente assim.
Existe também motivos
de agradecimento, se estamos um pouco atentos, vemos que de Deus recebemos
tantas coisas boas: é tão bom para conosco que convém, é necessário, dizer
obrigado. E deve ser também oração de louvor: se o nosso coração está aberto,
vemos, apesar de todos os problemas, também as belezas de sua criação, a
bondade que se revela na sua criação. Portanto, devemos não apenas pedir, mas
também louvar e agradecer: somente assim a nossa oração será completa.
de agradecimento, se estamos um pouco atentos, vemos que de Deus recebemos
tantas coisas boas: é tão bom para conosco que convém, é necessário, dizer
obrigado. E deve ser também oração de louvor: se o nosso coração está aberto,
vemos, apesar de todos os problemas, também as belezas de sua criação, a
bondade que se revela na sua criação. Portanto, devemos não apenas pedir, mas
também louvar e agradecer: somente assim a nossa oração será completa.
Na sua carta, São
Paulo não apenas fala da oração, mostra certamente orações de pedido, mas
também oração de louvor e de graças por tudo que Deus realiza e continua
realizando na história da humanidade.
Paulo não apenas fala da oração, mostra certamente orações de pedido, mas
também oração de louvor e de graças por tudo que Deus realiza e continua
realizando na história da humanidade.
Hoje, gostaria de
deter-me no primeiro capítulo da Carta aos Efésios, que começa exatamente com
uma oração, que é um hino de benção, uma expressão de agradecimento, de
alegria. São Paulo bendiz Deus, pai do Senhor Nosso Jesus Cristo, porque Nele
nos deu a ‘conhecer o mistério da sua vontade’ (Ef 1,9). Realmente existe
motivo de agradecimento se Deus nos faz conhecer aquilo que é desconhecido: a
sua vontade conosco, para nós; “o mistério de sua vontade”. “Mysterion”,
“Mistério”: um termo que se repete muitas vezes na Sagrada Escritura e na
Liturgia. Não gostaria agora de entrar na filologia, mas em linguagem comum
indica o quanto não se pode conhecer, uma realidade que não podemos afirmar com
nossa própria inteligência. O hino que abre a Carta aos Efésios nos conduz pela
mão em direção a um significado mais profundo deste termo e da realidade que
nos indica. Para os que crêem, “mistério” não é tanto o desconhecido, mas
sim a vontade misericordiosa de Deus, o seu projeto de amor que em Jesus Cristo
foi revelado plenamente e nos oferece a possibilidade de, “com todos os santos,
compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto
é, conhecer a caridade de Cristo” (Ef 3,18-19). O “mistério desconhecido”
de Deus é revelado, é que Deus nos ama e nos ama desde o início, da eternidade.
deter-me no primeiro capítulo da Carta aos Efésios, que começa exatamente com
uma oração, que é um hino de benção, uma expressão de agradecimento, de
alegria. São Paulo bendiz Deus, pai do Senhor Nosso Jesus Cristo, porque Nele
nos deu a ‘conhecer o mistério da sua vontade’ (Ef 1,9). Realmente existe
motivo de agradecimento se Deus nos faz conhecer aquilo que é desconhecido: a
sua vontade conosco, para nós; “o mistério de sua vontade”. “Mysterion”,
“Mistério”: um termo que se repete muitas vezes na Sagrada Escritura e na
Liturgia. Não gostaria agora de entrar na filologia, mas em linguagem comum
indica o quanto não se pode conhecer, uma realidade que não podemos afirmar com
nossa própria inteligência. O hino que abre a Carta aos Efésios nos conduz pela
mão em direção a um significado mais profundo deste termo e da realidade que
nos indica. Para os que crêem, “mistério” não é tanto o desconhecido, mas
sim a vontade misericordiosa de Deus, o seu projeto de amor que em Jesus Cristo
foi revelado plenamente e nos oferece a possibilidade de, “com todos os santos,
compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto
é, conhecer a caridade de Cristo” (Ef 3,18-19). O “mistério desconhecido”
de Deus é revelado, é que Deus nos ama e nos ama desde o início, da eternidade.
Reflitamos um pouco
sobre esta solene e profunda oração. “Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor
Jesus Cristo” (Ef 1,3). São Paulo usa o verbo “euloghein”, que geralmente
traduz o termo hebraico “barak”: é o louvar, glorificar, agradecer Deus Pai
como fonte dos bens da salvação, como Aquele que “nos abençoou com toda a
benção espiritual nos céus em Cristo”.
sobre esta solene e profunda oração. “Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor
Jesus Cristo” (Ef 1,3). São Paulo usa o verbo “euloghein”, que geralmente
traduz o termo hebraico “barak”: é o louvar, glorificar, agradecer Deus Pai
como fonte dos bens da salvação, como Aquele que “nos abençoou com toda a
benção espiritual nos céus em Cristo”.
O apóstolo agradece e
louva, mas reflete também sobre os motivos que impulsionam o homem a este
louvor, a este agradecimento, apresentando os elementos fundamentais do plano
divino e suas etapas. Antes de tudo, devemos bendizer Deus Pai, porque – assim
escreve São Paulo – Ele “nos acolheu nele antes da criação do mundo para sermos
santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos” (v. 4).
louva, mas reflete também sobre os motivos que impulsionam o homem a este
louvor, a este agradecimento, apresentando os elementos fundamentais do plano
divino e suas etapas. Antes de tudo, devemos bendizer Deus Pai, porque – assim
escreve São Paulo – Ele “nos acolheu nele antes da criação do mundo para sermos
santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos” (v. 4).
Aquilo que nos faz
santos e imaculados é a caridade. Deus nos chamou à existência, à
santidade. E esta escolha precede a criação do mundo.Desde sempre estamos
no seu projeto, no seu pensamento. Com o profeta Jeremias podemos afirmar
também nós que antes de formar-nos no seio de nossa mãe, Ele já nos conhecia. (cfrJr 1,5); e
conhecendo-nos, nos amou. A vocação à santidade, isto é à comunhão com Deus,
pertence ao desenho eterno deste Deus, um desenho que se estende na história e
compreende todos os homens e mulheres do mundo, porque é um chamado universal.
Deus não exclui ninguém, o seu projeto é somente de amor. São
João Crisóstomo afirma: “Deus mesmo nos fez santos, mas não somos
chamados a permanecer santos. Santo é aquele que vive na fé” (Homilia
sobre a Carta aos Efésios, 1,1,4).
santos e imaculados é a caridade. Deus nos chamou à existência, à
santidade. E esta escolha precede a criação do mundo.Desde sempre estamos
no seu projeto, no seu pensamento. Com o profeta Jeremias podemos afirmar
também nós que antes de formar-nos no seio de nossa mãe, Ele já nos conhecia. (cfrJr 1,5); e
conhecendo-nos, nos amou. A vocação à santidade, isto é à comunhão com Deus,
pertence ao desenho eterno deste Deus, um desenho que se estende na história e
compreende todos os homens e mulheres do mundo, porque é um chamado universal.
Deus não exclui ninguém, o seu projeto é somente de amor. São
João Crisóstomo afirma: “Deus mesmo nos fez santos, mas não somos
chamados a permanecer santos. Santo é aquele que vive na fé” (Homilia
sobre a Carta aos Efésios, 1,1,4).
São Paulo continua:
Deus nos predestinou, nos elegeu para sermos “adotados como filhos seus por
Jesus Cristo”, a sermos incorporados em seu Filho Unigênito.O apóstolo destaca
a gratuidade deste maravilhoso desenho de Deus sobre a humanidade. Deus
nos escolhe não porque somos bons, mas porque Ele é bom. E a antiguidade
tinha uma palavra sobre a bondade: bonum est diffusivum sui; o bem se
comunica, faz parte da essência do bem que se comunique, estenda-se. E assim,
uma vez que Deus é bondade, é comunicação de bondade, deseja comunicar; Ele
cria, porque quer comunicar a sua bondade a nós e nos fazer bons e santos.
Deus nos predestinou, nos elegeu para sermos “adotados como filhos seus por
Jesus Cristo”, a sermos incorporados em seu Filho Unigênito.O apóstolo destaca
a gratuidade deste maravilhoso desenho de Deus sobre a humanidade. Deus
nos escolhe não porque somos bons, mas porque Ele é bom. E a antiguidade
tinha uma palavra sobre a bondade: bonum est diffusivum sui; o bem se
comunica, faz parte da essência do bem que se comunique, estenda-se. E assim,
uma vez que Deus é bondade, é comunicação de bondade, deseja comunicar; Ele
cria, porque quer comunicar a sua bondade a nós e nos fazer bons e santos.
No cento da oração de
benção, o Apóstolo ilustra o modo em que se realiza o plano de salvação do Pai
em Cristo, em seu Filhoamado. Escreve: “pelo seu sangue, temos a Redenção, a
remissão dos pecados segundo as riquezas de sua graça” (Ef 1,7).O
sacrifício da cruz de Cristo é o evento único e irrepetível no qual o
Pai mostrou de modo luminoso o seu amor por nós, não somente com palavras, mas
de modo concreto.Deus é assim concreto e o seu amor é assim concreto que entra
na história, se faz homem para sentir o que é, como é viver neste mundo criado,
e aceita o caminho do sofrimento da paixão, sofrendo também a morte. É tão
concreto o amor de Deus que participa não somente ao nosso ser, mas ao nosso
sofrimento e morte. O Sacrifício da cruz faz com que nos tornemos
“propriedade de Deus”, porque o sangue de Cristo nos resgatou da culpa, nos
lavou do mal, nos subtraiu da escravidão do pecado e da morte. São Paulo
convida a considerar o quanto é profundo o amor de Deus que transforma a
história, que transformou sua própria vida, de perseguidor de cristãos a
Apóstolo incansável do Evangelho. Repitamos ainda mais uma vez as palavras
reconfortantes da Carta aos Romanos: “Se Deus é por nós, quem será contra
nós? Ele que não poupou seu próprio filho, mas que por nós o entregou, como não
nos dará também com ele todas as coisas?… Estou persuadido de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o
futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer
criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus,
nosso Senhor(Rm8,31-32.38-39). Esta certeza – Deus é para nós, e nenhuma
criatura pode nos separar Dele, porque o seu amor é mais forte – devemos
inseri-la no nosso ser, na nossa consciência de cristãos.
benção, o Apóstolo ilustra o modo em que se realiza o plano de salvação do Pai
em Cristo, em seu Filhoamado. Escreve: “pelo seu sangue, temos a Redenção, a
remissão dos pecados segundo as riquezas de sua graça” (Ef 1,7).O
sacrifício da cruz de Cristo é o evento único e irrepetível no qual o
Pai mostrou de modo luminoso o seu amor por nós, não somente com palavras, mas
de modo concreto.Deus é assim concreto e o seu amor é assim concreto que entra
na história, se faz homem para sentir o que é, como é viver neste mundo criado,
e aceita o caminho do sofrimento da paixão, sofrendo também a morte. É tão
concreto o amor de Deus que participa não somente ao nosso ser, mas ao nosso
sofrimento e morte. O Sacrifício da cruz faz com que nos tornemos
“propriedade de Deus”, porque o sangue de Cristo nos resgatou da culpa, nos
lavou do mal, nos subtraiu da escravidão do pecado e da morte. São Paulo
convida a considerar o quanto é profundo o amor de Deus que transforma a
história, que transformou sua própria vida, de perseguidor de cristãos a
Apóstolo incansável do Evangelho. Repitamos ainda mais uma vez as palavras
reconfortantes da Carta aos Romanos: “Se Deus é por nós, quem será contra
nós? Ele que não poupou seu próprio filho, mas que por nós o entregou, como não
nos dará também com ele todas as coisas?… Estou persuadido de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o
futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer
criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus,
nosso Senhor(Rm8,31-32.38-39). Esta certeza – Deus é para nós, e nenhuma
criatura pode nos separar Dele, porque o seu amor é mais forte – devemos
inseri-la no nosso ser, na nossa consciência de cristãos.
Por fim, a benção
divina se fecha com a indicação ao Espírito Santo que foi efuso em nossos
corações; o Paráclito que recebemos selo prometido: Ele – diz Paulo – “é o
penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que
Deus adquiriu para o louvor da sua glória” (Ef 1,14). A redenção
ainda não foi concluída – o sabemos –, mas terá seu pleno cumprimento
quando aqueles que Deus adquiriu forem totalmente salvos. Nós estamos ainda no
caminho da redenção, cuja realidade essencial é dada com a morte e a
ressurreição de Jesus. Estamos no caminho em direção a redenção definitiva, em
direção a plena libertação dos filhos de Deus. E o Espírito Santo é a certeza
que Deus portará o cumprirá de seu designo de salvação, quando reconduzirá a
“Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na
terra” (Ef 1,10). São João Crisóstomo comenta sobre
este ponto: “Deus nos elegeu pela fé e imprimiu em nós o selo para a
heriditaridade da glória futura” (Homilia sobre a Carta aos Efésios 2,11-14).Devemos
aceitar que o caminho da redenção é também um caminho nosso, porque Deus quer
criaturas livres, que digam livremente ‘sim’; mas é, sobretudo e primeiramente,
um caminho Seu.Estamos em Suas mãos e agora é nossa liberdade andar sobre a
estrada aberta por Ele. Andemos nesta estrada da redenção, juntos a Cristo
e sintamos que a redenção se realiza.
divina se fecha com a indicação ao Espírito Santo que foi efuso em nossos
corações; o Paráclito que recebemos selo prometido: Ele – diz Paulo – “é o
penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que
Deus adquiriu para o louvor da sua glória” (Ef 1,14). A redenção
ainda não foi concluída – o sabemos –, mas terá seu pleno cumprimento
quando aqueles que Deus adquiriu forem totalmente salvos. Nós estamos ainda no
caminho da redenção, cuja realidade essencial é dada com a morte e a
ressurreição de Jesus. Estamos no caminho em direção a redenção definitiva, em
direção a plena libertação dos filhos de Deus. E o Espírito Santo é a certeza
que Deus portará o cumprirá de seu designo de salvação, quando reconduzirá a
“Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na
terra” (Ef 1,10). São João Crisóstomo comenta sobre
este ponto: “Deus nos elegeu pela fé e imprimiu em nós o selo para a
heriditaridade da glória futura” (Homilia sobre a Carta aos Efésios 2,11-14).Devemos
aceitar que o caminho da redenção é também um caminho nosso, porque Deus quer
criaturas livres, que digam livremente ‘sim’; mas é, sobretudo e primeiramente,
um caminho Seu.Estamos em Suas mãos e agora é nossa liberdade andar sobre a
estrada aberta por Ele. Andemos nesta estrada da redenção, juntos a Cristo
e sintamos que a redenção se realiza.
A visão que nos
apresenta São Paulo nesta grande oração de benção nos conduziu a contemplação
da ação das três Pessoas da Santíssima Trindade: o Pai, que nos escolheu
antes da criação do mundo, pensou em nós e nos criou; o Filho, que nos
redimiu com o seu sangue, e o Espírito Santo, penhor de nossa redenção
e glória futura. Na oração constante, no relacionamento cotidiano com
Deus, aprendemos também nós, como São Paulo, a ver cada vez mais
claramente os sinais deste projeto e desta ação: na beleza do
Criador que tudo emerge da sua criatura (cfr Ef 3,9), como canta São
Francisco de Assis: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as
Tuas criaturas (FF 263). O importante é estarmos atentos exatamente
agora, também no período de férias, à beleza da criação e ver transparecer
nesta beleza o rosto de Deus. Em suas vidas os santos mostram, de modo
luminoso, o que pode fazer a potência de Deus na fraqueza do homem. E pode
fazer conosco. Em toda a história da salvação, na qual Deus se
aproximou de nós e espera com paciência o nosso tempo,
compreende as nossas infidelidades, incentiva os nossos esforços
e nos guia.
apresenta São Paulo nesta grande oração de benção nos conduziu a contemplação
da ação das três Pessoas da Santíssima Trindade: o Pai, que nos escolheu
antes da criação do mundo, pensou em nós e nos criou; o Filho, que nos
redimiu com o seu sangue, e o Espírito Santo, penhor de nossa redenção
e glória futura. Na oração constante, no relacionamento cotidiano com
Deus, aprendemos também nós, como São Paulo, a ver cada vez mais
claramente os sinais deste projeto e desta ação: na beleza do
Criador que tudo emerge da sua criatura (cfr Ef 3,9), como canta São
Francisco de Assis: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as
Tuas criaturas (FF 263). O importante é estarmos atentos exatamente
agora, também no período de férias, à beleza da criação e ver transparecer
nesta beleza o rosto de Deus. Em suas vidas os santos mostram, de modo
luminoso, o que pode fazer a potência de Deus na fraqueza do homem. E pode
fazer conosco. Em toda a história da salvação, na qual Deus se
aproximou de nós e espera com paciência o nosso tempo,
compreende as nossas infidelidades, incentiva os nossos esforços
e nos guia.
Na oração,
aprendemos a ver os sinais deste projeto misericordioso no caminho da Igreja.
Assim, crescemos no amor de Deus, abrindo a porta, a fim de que, a Santíssima
Trindade venha habitar em nós, iluminando, aquecendo e guiando nossa
existência.“Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós
viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14,23), disse Jesus
prometendo aos discípulos o dom do Espírito Santo, que ensinará todas as
coisas. São Irineu disse uma vez que, na Encarnação, o Espírito Santo se
acostumou a estar no homem.Na oração, devemos nós habituar-nos a estar com
Deus. Isso é muito importante, que aprendamos a estar com Deus e, assim, vemos
como é belo estar com Ele, que é a redenção.
aprendemos a ver os sinais deste projeto misericordioso no caminho da Igreja.
Assim, crescemos no amor de Deus, abrindo a porta, a fim de que, a Santíssima
Trindade venha habitar em nós, iluminando, aquecendo e guiando nossa
existência.“Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós
viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo 14,23), disse Jesus
prometendo aos discípulos o dom do Espírito Santo, que ensinará todas as
coisas. São Irineu disse uma vez que, na Encarnação, o Espírito Santo se
acostumou a estar no homem.Na oração, devemos nós habituar-nos a estar com
Deus. Isso é muito importante, que aprendamos a estar com Deus e, assim, vemos
como é belo estar com Ele, que é a redenção.
Queridos amigos,
quando a oração alimenta a nossa vida espiritual nós nos tornamos capazes de
conservar aquilo que São Paulo chama de “mistério da fé” numa consciência pura
(cfr 1 Tm 3,9). A oração, como modo de “habituar-se” a estar
junto com Deus, gera homens e mulheres inspirados não pelo egoísmo, pelo desejo
de possuir, pela sede de poder, mas pela gratuidade, pelo desejo de amar, pela
sede de servir, inspirados, isto é, por Deus, e somente assim é possível levar
luz à escuridão do mundo.
quando a oração alimenta a nossa vida espiritual nós nos tornamos capazes de
conservar aquilo que São Paulo chama de “mistério da fé” numa consciência pura
(cfr 1 Tm 3,9). A oração, como modo de “habituar-se” a estar
junto com Deus, gera homens e mulheres inspirados não pelo egoísmo, pelo desejo
de possuir, pela sede de poder, mas pela gratuidade, pelo desejo de amar, pela
sede de servir, inspirados, isto é, por Deus, e somente assim é possível levar
luz à escuridão do mundo.
Gostaria de concluir
esta Catequese com o epílogo da Carta aos Romanos. Com São
Paulo, também nós rendemos glória a Deus porque disse-nos tudo sobre siem Jesus
Cristoe dou-nos o Consolador, o Espírito de verdade. Escreve São Paulo no final
da Carta aos Romanos: “Àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo meu
Evangelho, na pregação de Jesus Cristo – conforme a revelação do mistério,
guardado em segredo durante séculos, mas agora manifestado por ordem do eterno
Deus e, por meio das Escrituras Proféticas, dado a conhecer a todas as nações,
a fim de levá-las à obediência da fé –, a Deus, único, sábio, por Jesus Cristo,
glória por toda a eternidade! Amém” (16,25-27). Obrigado.
esta Catequese com o epílogo da Carta aos Romanos. Com São
Paulo, também nós rendemos glória a Deus porque disse-nos tudo sobre siem Jesus
Cristoe dou-nos o Consolador, o Espírito de verdade. Escreve São Paulo no final
da Carta aos Romanos: “Àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo meu
Evangelho, na pregação de Jesus Cristo – conforme a revelação do mistério,
guardado em segredo durante séculos, mas agora manifestado por ordem do eterno
Deus e, por meio das Escrituras Proféticas, dado a conhecer a todas as nações,
a fim de levá-las à obediência da fé –, a Deus, único, sábio, por Jesus Cristo,
glória por toda a eternidade! Amém” (16,25-27). Obrigado.
Após a catequese
Bento XVI dirigiu a seguinte saudação ao fiéis e peregrinos de língua
portuguesa:
Bento XVI dirigiu a seguinte saudação ao fiéis e peregrinos de língua
portuguesa:
A minha saudação a
todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente para os fiéis
brasileiros da Arquidiocese de Campinas, a quem encorajo a intensificar a vida
de oração para vos tornardes homens e mulheres movidos pelo desejo de amar,
fazendo brilhar a luz de Deus na escuridão do mundo. E que Ele vos abençoe!
todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente para os fiéis
brasileiros da Arquidiocese de Campinas, a quem encorajo a intensificar a vida
de oração para vos tornardes homens e mulheres movidos pelo desejo de amar,
fazendo brilhar a luz de Deus na escuridão do mundo. E que Ele vos abençoe!
(Tradução:MEM)