
Teresa de Ávila continua a ser uma estrela na Igreja
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450 anos do
Carmelo: Reflexão de Frei Patrício Sciadini, ocd, delegado geral no Egito
Carmelo: Reflexão de Frei Patrício Sciadini, ocd, delegado geral no Egito
ROMA, terça-feira, 28 de agosto de 2012(ZENIT.org) –
O Papa não escreve carta todos os dias e nem para todos os 450
anos de um acontecimento histórico, mas existem acontecimentos que não podem
passar silenciosamente porque possuem uma mensagem vital para a Igreja e a
humanidade, que ultrapassam os limites restritos de uma Ordem religiosa, como é
a celebração dos 450 anos da fundação do primeiro Carmelo que Santa Teresa
fundou na cidade de Ávila, no dia 24 de agosto de 1562.
anos de um acontecimento histórico, mas existem acontecimentos que não podem
passar silenciosamente porque possuem uma mensagem vital para a Igreja e a
humanidade, que ultrapassam os limites restritos de uma Ordem religiosa, como é
a celebração dos 450 anos da fundação do primeiro Carmelo que Santa Teresa
fundou na cidade de Ávila, no dia 24 de agosto de 1562.
Teresa, com aquele gesto profético,
teve a coragem de romper com um passado, de viver um presente de fidelidade
mais autêntica no serviço exclusivo a Deus e aos irmãos, por um caminho novo da
oração, de iniciar um novo apostolado sendo forte presença de
“retaguarda” para todos os apóstolos com a força da oração e do silêncio
contemplativo. Como pessoa e como carmelita descalço me senti muito honrado e
feliz pela carta do Papa Bento XVI. Uma carta que, com sua capacidade de síntese,
nos faz compreender como a obra iniciada por Teresa de Ávila e continuada no
mundo por mais de 800 mosteiros de carmelitas Descalças e 400 conventos de
frades Carmelitas descalços, está no caminho certo. É preciso escutar,
através da voz forte e paterna do Papa, a voz de Teresa de Ávila. O Papa coloca
6 pontos na sua carta que quero somente relembrar para os leitores
de Zenit e convidá-los a ler toda a carta, meditá-la e assumir uma
postura de fé que na Igreja as obras, se não forem fecundadas pela força da
oração, são uma mera ação social.
teve a coragem de romper com um passado, de viver um presente de fidelidade
mais autêntica no serviço exclusivo a Deus e aos irmãos, por um caminho novo da
oração, de iniciar um novo apostolado sendo forte presença de
“retaguarda” para todos os apóstolos com a força da oração e do silêncio
contemplativo. Como pessoa e como carmelita descalço me senti muito honrado e
feliz pela carta do Papa Bento XVI. Uma carta que, com sua capacidade de síntese,
nos faz compreender como a obra iniciada por Teresa de Ávila e continuada no
mundo por mais de 800 mosteiros de carmelitas Descalças e 400 conventos de
frades Carmelitas descalços, está no caminho certo. É preciso escutar,
através da voz forte e paterna do Papa, a voz de Teresa de Ávila. O Papa coloca
6 pontos na sua carta que quero somente relembrar para os leitores
de Zenit e convidá-los a ler toda a carta, meditá-la e assumir uma
postura de fé que na Igreja as obras, se não forem fecundadas pela força da
oração, são uma mera ação social.
1. “Como uma estrela de vivíssimo esplendor.” São palavras de Santa
Teresa no livro da Vida 32, onde ela se sente animada pelo mesmo Senhor a levar
para frente o projeto de fundação deste primeiro Carmelo. E devemos reconhecer
que ao longo dos séculos tantas pessoas tem encontrado na doutrina de Teresa de
Ávila, mestra de oração, uma força para reconhecer a luz de Cristo que
renova toda a nossa vida espiritual e nos ajuda a chegar a plena maturidade cristã.
Belíssima definição de “Santo”, que o Santo Padre dá, a partir da experiência
teresiana: “Santo é quem permite com humildade a Cristo de penetrar na
sua alma… de ser ele o verdadeiro protagonista de todas as suas ações”.
Teresa no livro da Vida 32, onde ela se sente animada pelo mesmo Senhor a levar
para frente o projeto de fundação deste primeiro Carmelo. E devemos reconhecer
que ao longo dos séculos tantas pessoas tem encontrado na doutrina de Teresa de
Ávila, mestra de oração, uma força para reconhecer a luz de Cristo que
renova toda a nossa vida espiritual e nos ajuda a chegar a plena maturidade cristã.
Belíssima definição de “Santo”, que o Santo Padre dá, a partir da experiência
teresiana: “Santo é quem permite com humildade a Cristo de penetrar na
sua alma… de ser ele o verdadeiro protagonista de todas as suas ações”.
2. A reforma teresiana nasce da oração e nos leva a oração. Assim foi
para Teresa de Ávila e assim deve ser para cada um de nós. Sem a oração somos
nada. Todas as grandes obras devem se fundamentar na oração. E todos nós
devemos encontrar o tempo suficiente para estabelecer um diálogo de amor com
Deus no nosso dia a dia. O Carmelo de São José surge para dar as suas
filhas, as carmelitas, condições melhores para rezar.
para Teresa de Ávila e assim deve ser para cada um de nós. Sem a oração somos
nada. Todas as grandes obras devem se fundamentar na oração. E todos nós
devemos encontrar o tempo suficiente para estabelecer um diálogo de amor com
Deus no nosso dia a dia. O Carmelo de São José surge para dar as suas
filhas, as carmelitas, condições melhores para rezar.
3. Uma nova maneira de ser carmelitas. No tempo de Teresa eram tempos
duros e difíceis para a Igreja, e hoje também. Teresa quer ser uma força
orante dentro da mesma Igreja. Não é tempo, diz Teresa, de “tratar
com Deus de coisas de pouca importância”. E Teresa se doa totalmente na Igreja
para a salvação das almas. O fim do Carmelo na mente de Teresa é proteger a
Igreja e os apóstolos, envolvendo-os na oração e na dedicação total de si
mesma, vivendo com intensidade a própria vocação.
duros e difíceis para a Igreja, e hoje também. Teresa quer ser uma força
orante dentro da mesma Igreja. Não é tempo, diz Teresa, de “tratar
com Deus de coisas de pouca importância”. E Teresa se doa totalmente na Igreja
para a salvação das almas. O fim do Carmelo na mente de Teresa é proteger a
Igreja e os apóstolos, envolvendo-os na oração e na dedicação total de si
mesma, vivendo com intensidade a própria vocação.
4. A oração confiante seja a alma do apostolado… Esta afirmação do
Papa Bento XVI é fundamental. O exemplo de Santa Teresa é estimulante para
todos nós. Santa Teresa evangelizou sem meios terrenos e nem desanimou em sua
vida de oferta a Deus e a Igreja, vivendo em obediência à nossa Santa Madre
Igreja.
Papa Bento XVI é fundamental. O exemplo de Santa Teresa é estimulante para
todos nós. Santa Teresa evangelizou sem meios terrenos e nem desanimou em sua
vida de oferta a Deus e a Igreja, vivendo em obediência à nossa Santa Madre
Igreja.
5. Pastoral vocacional. Bela a reflexão do Santo Padre neste número de
sua carta: “Seguindo os passos de Teresa de Jesus, permiti-me que diga
àqueles que tem o futuro pela frente: Aspirai também a ser totalmente de Jesus,
só de Jesus e sempre de Jesus. Não temais dizer a Nosso Senhor, como ela:
“Vossa sou, para vós nasci. Que mandais fazer de mim?” (Poesia 2). E peço a Ele
que saibais também responder a seus chamados iluminados pela graça divina, com
“determinada determinação”…(n. 5)
sua carta: “Seguindo os passos de Teresa de Jesus, permiti-me que diga
àqueles que tem o futuro pela frente: Aspirai também a ser totalmente de Jesus,
só de Jesus e sempre de Jesus. Não temais dizer a Nosso Senhor, como ela:
“Vossa sou, para vós nasci. Que mandais fazer de mim?” (Poesia 2). E peço a Ele
que saibais também responder a seus chamados iluminados pela graça divina, com
“determinada determinação”…(n. 5)
6. Uma forte devoção a Virgem Maria e São José como teve Teresa de
Ávila, nos estimulem na vida. E Maria, estrela da evangelização,
interceda para que aquela estrela, “o Carmelo de São José”, que Deus acendeu na
Igreja, continue a brilhar. São os votos dos Santo Padre Papa
Bento XVI pelos 450 anos da fundação do primeiro Carmelo Teresiano.
Ávila, nos estimulem na vida. E Maria, estrela da evangelização,
interceda para que aquela estrela, “o Carmelo de São José”, que Deus acendeu na
Igreja, continue a brilhar. São os votos dos Santo Padre Papa
Bento XVI pelos 450 anos da fundação do primeiro Carmelo Teresiano.
É tempo que cada um de nós, diante do mundo de hoje, encontre novos
caminhos para ser verdadeiramente um cristão evangelizador. E o caminho que
todos podemos percorrer é sem dúvida o caminho da oração. Todos os dias
devemos rezar por aqueles que em primeira linha anunciam o evangelho, colocando
em risco a própria vida. Enquanto alguém estiver rezando pelos missionários a
chama da missionaridade e da evangelização na Igreja não se apagará.
caminhos para ser verdadeiramente um cristão evangelizador. E o caminho que
todos podemos percorrer é sem dúvida o caminho da oração. Todos os dias
devemos rezar por aqueles que em primeira linha anunciam o evangelho, colocando
em risco a própria vida. Enquanto alguém estiver rezando pelos missionários a
chama da missionaridade e da evangelização na Igreja não se apagará.
Mensagem de Bento XVI ao bispo de Ávila: http://www.zenit.org/article-30829?l=portuguese
Frei Patrício Sciadini, ocd, religioso, Carmelita
Descalço; escreveu mais de 60 livros, publicados no Brasil e no exterior e
atualmente é o delegado geral no Egito.
Descalço; escreveu mais de 60 livros, publicados no Brasil e no exterior e
atualmente é o delegado geral no Egito.