Texto complementar aprovado e acrescentado às Constituições da OCDS.
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III – B – A COMUNHÃO
FRATERNA
FRATERNA
24-a) A Igreja, família de Deus
que é Pai, Filho e Espírito Santo, é mistério de comunhão1. Jesus veio até nós
para revelar-nos o amor trinitário e a vocação de participar na comunhão de
amor da SS. Trindade, à qual é chamada cada pessoa humana, criada à Sua imagem
e semelhança (cf.: Gn 1,26-27). À luz destemistério revela-se a verdadeira
identidade e dignidade de cada pessoa e particularmente a vocação de cada um
dos fiéis cristãos na Igreja2. De natureza espiritual, a pessoa humana
realiza-se e amadurece ao ser numa relação autêntica com Deus, mas também com
outras pessoas3. Portanto, a Comunidade local da Ordem Secular do Carmelo
Teresiano, sinal visível da Igreja e da Ordem4, é um âmbito para viver e
promover a comunhão pessoal e comunitária com Deus em Cristo no Espírito e com
os outros irmãos (cf.: Rm 8,29) conforme o carisma teresiano. A pessoa de
Cristo é o centro da Comunidade. Os membros reúnem periodicamente no seu nome
(cf.: Mt 18,20), inspirando-se no grupo formado por Ele e os doze Apóstolos
(Cf. Mc 3,14-16.34-35)5 e nas primeiras Comunidades cristãs (cf.: At 2,42; 4,
32-35). Buscam viver a unidade pedida por Jesus (Jo 17,20-23) e o seu
mandamento de amar como Ele os ama (Jo 13,34). Prometem tender à perfeição
evangélica6 no espírito dos conselhos evangélicos, das Bem-aventuranças (Mt
5,1-12) e das virtudes cristãs (cf.: Col 3,12-17; Flp 2,1-5), conscientes de
que esta realidade de comunhão faz parte da espiritualidade carmelitana.24-b)
S. Teresa de Jesus inicia um novo modelo de vida em Comunidade. Seu ideal de
vida comunitária baseia-se na certeza de fé que Jesus Ressuscitado está em meio
à Comunidade e que esta vive sob a proteção da Virgem Maria7. Está consciente
que ela e suas monjas foram reunidas para ajudar à Igreja e colaborar na sua
missão. As relações fraternas são marcadas pelas virtudes do amor verdadeiro,
gratuito, livre, desinteressado; pelo desapego e pela humildade. São virtudes
fundamentais para a vida espiritual que trazem a paz interior e
exterior8. Teresa é consciente da importância da ajuda mútua no caminho de
oração e da importância da amizade com os outros na busca de Deus9. Para a vida
em fraternidade considera também fundamental a cultura, as virtudes humanas, a
suavidade, a empatia, a prudência, a discrição, a simplicidade, a afabilidade,
a alegria, a disponibilidade e o buscar andar “na verdade diante de Deus e das
pessoas”10.A doutrina de S. João da Cruz tem como objetivo a união com Deus por
meio das virtudes teologais11. Partindo deste princípio, o Santo vê o efeito
purificador e unificador das virtudes teologais também na vida fraterna.
Particularmente o amor ativo para com os outros: «Onde não há amor, põe amor e
encontrarás amor», porque assim faz o Senhor: ama e capacita a amar12.24- c) O
fiel cristão começa a fazer parte da Ordem Secular por meio da promessa feita à
Comunidade, diante do Superior da Ordem13. Com a promessa compromete-se a viver
em comunhão com a Igreja , com a Ordem, com a Província e sobretudo com aqueles
que fazem parte da Comunidade, amando-os e estimulando-os na prática das
virtudes14. Nas Comunidades menores15 é possível estabelecer uma verdadeira e
profunda relação de amizade humana e espiritual, de apoio mútuo na caridade e
na humildade. S. Teresa de Jesus valoriza a ajuda do outro na vida
espiritual: a caridade cresce por meio de um diálogo respeitoso, cuja
finalidade é a de conhecer-se melhor para ser agradável a Deus16. As reuniões
da Comunidade se desenvolvem num clima fraterno de diálogo e de partilha17. A
oração, a formação e o ambiente alegre são fundamentais para aprofundar as
relações de amizade e garantir o suporte mútuo para viver a vocação laical do
Carmelo Teresiano no dia a dia da família, do trabalho e em outras realidades
sociais. Para isso é necessário uma participação assídua e ativa na vida e nos
encontros da Comunidade. As ausências são admitidas somente por motivos sérios
e justos, avaliados e concordados com os responsáveis. Os Estatutos
particulares estabelecerão o tempo de ausência injustificada, além do qual um
membro será considerado inativo e passível de demissão da Comunidade.24-d) A
responsabilidade formativa da Comunidade e de cada um dos membros18 requer que
cada um se comprometa com a comunhão fraterna, na convicção que a
espiritualidade de comunhão19 desempenha um papel essencial no aprofundamento
da vida espiritual e no processo educativo dos membros. A vida eucarística e de
fé20 e a escuta da Palavra de Deus21 fazem crescer e sustentam a
comunhão. A autoridade local da Comunidade preste o seu serviço na fé, na
caridade e em humildade (Cf. Mt 20,28; Mc 10,43-45; Jo 13,14). Ajude a criar
uma convivência familiar e favoreça o crescimento humano e espiritual de todos
os membros. Impulsione ao diálogo, ao sacrifício pessoal, ao perdão e à
reconciliação. Evite qualquer apego ao poder e o personalismo no desenvolver
seu encargo.A oração de uns pelos outros, a solicitude fraterna, também no caso
de necessidade material, o contato com os membros que estão distantes, a visita
aos enfermos, aos que sofrem, aos anciãos e a oração pelos defuntos são também
outros sinais de fraternidade. O Carmelo Secular realiza e exprime a
comunhão fraterna através do encontro e a solidariedade com as outras
Comunidades, especialmente na mesma Província ou Circunscrição, bem como
mediante a comunicação e a colaboração com toda a Ordem e a família do Carmelo
Teresiano.Assim, com seu testemunho de comunhão fraterna conforme o carisma
teresiano, a Comunidade do Carmelo Secular coopera com a missão evangelizadora
da Igreja no mundo22.24-e) Uma Comunidade que devotamente busca a Deus, encontrará
um equilíbrio entre os direitos individuais e o bem de toda a Comunidade. Por
isso os direitos e as exigências de cada um dos membros devem ser
salvaguardados e respeitados, conforme às leis da Igreja23; mas da mesma forma
os membros devem cumprir fielmente os próprios deveres no que se refere à
Comunidade, segundo as normas das Constituições. Para poder demitir24 um
membro pelos motivos estabelecidos no Código de Direito Canônico (rejeição
pública da fé católica, abandono da comunhão eclesiástica ou incorrer em
excomunhão imposta ou declarada25) ou outros previstos nos Estatutos
particulares, o Conselho da Comunidade deve observar o seguinte procedimento:
1) verificar a certeza dos fatos; 2) admoestar o membro por escrito ou perante
duas testemunhas; 3) deixar um tempo razoável para o arrependimento. Enfim, se
depois de tudo não existir nenhuma mudança, pode-se proceder à demissão, tendo
consultado o Provincial. Em todos os casos, o membro tem o direito de recorrer
à autoridade eclesiástica competente26.No caso de que um membro, depois de uma
séria avaliação e discernimento com o Conselho da Comunidade, chegue à decisão
de deixar voluntariamente a Comunidade, deverá fazer a petição por escrito à
autoridade competente da Comunidade, com a qual se comprometeu através das
promessas27. De tudo isso seja informado o Provincial.
que é Pai, Filho e Espírito Santo, é mistério de comunhão1. Jesus veio até nós
para revelar-nos o amor trinitário e a vocação de participar na comunhão de
amor da SS. Trindade, à qual é chamada cada pessoa humana, criada à Sua imagem
e semelhança (cf.: Gn 1,26-27). À luz destemistério revela-se a verdadeira
identidade e dignidade de cada pessoa e particularmente a vocação de cada um
dos fiéis cristãos na Igreja2. De natureza espiritual, a pessoa humana
realiza-se e amadurece ao ser numa relação autêntica com Deus, mas também com
outras pessoas3. Portanto, a Comunidade local da Ordem Secular do Carmelo
Teresiano, sinal visível da Igreja e da Ordem4, é um âmbito para viver e
promover a comunhão pessoal e comunitária com Deus em Cristo no Espírito e com
os outros irmãos (cf.: Rm 8,29) conforme o carisma teresiano. A pessoa de
Cristo é o centro da Comunidade. Os membros reúnem periodicamente no seu nome
(cf.: Mt 18,20), inspirando-se no grupo formado por Ele e os doze Apóstolos
(Cf. Mc 3,14-16.34-35)5 e nas primeiras Comunidades cristãs (cf.: At 2,42; 4,
32-35). Buscam viver a unidade pedida por Jesus (Jo 17,20-23) e o seu
mandamento de amar como Ele os ama (Jo 13,34). Prometem tender à perfeição
evangélica6 no espírito dos conselhos evangélicos, das Bem-aventuranças (Mt
5,1-12) e das virtudes cristãs (cf.: Col 3,12-17; Flp 2,1-5), conscientes de
que esta realidade de comunhão faz parte da espiritualidade carmelitana.24-b)
S. Teresa de Jesus inicia um novo modelo de vida em Comunidade. Seu ideal de
vida comunitária baseia-se na certeza de fé que Jesus Ressuscitado está em meio
à Comunidade e que esta vive sob a proteção da Virgem Maria7. Está consciente
que ela e suas monjas foram reunidas para ajudar à Igreja e colaborar na sua
missão. As relações fraternas são marcadas pelas virtudes do amor verdadeiro,
gratuito, livre, desinteressado; pelo desapego e pela humildade. São virtudes
fundamentais para a vida espiritual que trazem a paz interior e
exterior8. Teresa é consciente da importância da ajuda mútua no caminho de
oração e da importância da amizade com os outros na busca de Deus9. Para a vida
em fraternidade considera também fundamental a cultura, as virtudes humanas, a
suavidade, a empatia, a prudência, a discrição, a simplicidade, a afabilidade,
a alegria, a disponibilidade e o buscar andar “na verdade diante de Deus e das
pessoas”10.A doutrina de S. João da Cruz tem como objetivo a união com Deus por
meio das virtudes teologais11. Partindo deste princípio, o Santo vê o efeito
purificador e unificador das virtudes teologais também na vida fraterna.
Particularmente o amor ativo para com os outros: «Onde não há amor, põe amor e
encontrarás amor», porque assim faz o Senhor: ama e capacita a amar12.24- c) O
fiel cristão começa a fazer parte da Ordem Secular por meio da promessa feita à
Comunidade, diante do Superior da Ordem13. Com a promessa compromete-se a viver
em comunhão com a Igreja , com a Ordem, com a Província e sobretudo com aqueles
que fazem parte da Comunidade, amando-os e estimulando-os na prática das
virtudes14. Nas Comunidades menores15 é possível estabelecer uma verdadeira e
profunda relação de amizade humana e espiritual, de apoio mútuo na caridade e
na humildade. S. Teresa de Jesus valoriza a ajuda do outro na vida
espiritual: a caridade cresce por meio de um diálogo respeitoso, cuja
finalidade é a de conhecer-se melhor para ser agradável a Deus16. As reuniões
da Comunidade se desenvolvem num clima fraterno de diálogo e de partilha17. A
oração, a formação e o ambiente alegre são fundamentais para aprofundar as
relações de amizade e garantir o suporte mútuo para viver a vocação laical do
Carmelo Teresiano no dia a dia da família, do trabalho e em outras realidades
sociais. Para isso é necessário uma participação assídua e ativa na vida e nos
encontros da Comunidade. As ausências são admitidas somente por motivos sérios
e justos, avaliados e concordados com os responsáveis. Os Estatutos
particulares estabelecerão o tempo de ausência injustificada, além do qual um
membro será considerado inativo e passível de demissão da Comunidade.24-d) A
responsabilidade formativa da Comunidade e de cada um dos membros18 requer que
cada um se comprometa com a comunhão fraterna, na convicção que a
espiritualidade de comunhão19 desempenha um papel essencial no aprofundamento
da vida espiritual e no processo educativo dos membros. A vida eucarística e de
fé20 e a escuta da Palavra de Deus21 fazem crescer e sustentam a
comunhão. A autoridade local da Comunidade preste o seu serviço na fé, na
caridade e em humildade (Cf. Mt 20,28; Mc 10,43-45; Jo 13,14). Ajude a criar
uma convivência familiar e favoreça o crescimento humano e espiritual de todos
os membros. Impulsione ao diálogo, ao sacrifício pessoal, ao perdão e à
reconciliação. Evite qualquer apego ao poder e o personalismo no desenvolver
seu encargo.A oração de uns pelos outros, a solicitude fraterna, também no caso
de necessidade material, o contato com os membros que estão distantes, a visita
aos enfermos, aos que sofrem, aos anciãos e a oração pelos defuntos são também
outros sinais de fraternidade. O Carmelo Secular realiza e exprime a
comunhão fraterna através do encontro e a solidariedade com as outras
Comunidades, especialmente na mesma Província ou Circunscrição, bem como
mediante a comunicação e a colaboração com toda a Ordem e a família do Carmelo
Teresiano.Assim, com seu testemunho de comunhão fraterna conforme o carisma
teresiano, a Comunidade do Carmelo Secular coopera com a missão evangelizadora
da Igreja no mundo22.24-e) Uma Comunidade que devotamente busca a Deus, encontrará
um equilíbrio entre os direitos individuais e o bem de toda a Comunidade. Por
isso os direitos e as exigências de cada um dos membros devem ser
salvaguardados e respeitados, conforme às leis da Igreja23; mas da mesma forma
os membros devem cumprir fielmente os próprios deveres no que se refere à
Comunidade, segundo as normas das Constituições. Para poder demitir24 um
membro pelos motivos estabelecidos no Código de Direito Canônico (rejeição
pública da fé católica, abandono da comunhão eclesiástica ou incorrer em
excomunhão imposta ou declarada25) ou outros previstos nos Estatutos
particulares, o Conselho da Comunidade deve observar o seguinte procedimento:
1) verificar a certeza dos fatos; 2) admoestar o membro por escrito ou perante
duas testemunhas; 3) deixar um tempo razoável para o arrependimento. Enfim, se
depois de tudo não existir nenhuma mudança, pode-se proceder à demissão, tendo
consultado o Provincial. Em todos os casos, o membro tem o direito de recorrer
à autoridade eclesiástica competente26.No caso de que um membro, depois de uma
séria avaliação e discernimento com o Conselho da Comunidade, chegue à decisão
de deixar voluntariamente a Comunidade, deverá fazer a petição por escrito à
autoridade competente da Comunidade, com a qual se comprometeu através das
promessas27. De tudo isso seja informado o Provincial.
………………………………………….
31- a) No Carmelo teresiano o
amor a Maria , Mãe e Rainha, está unido ao amor ao seu esposo São José. O Pai
concedeu também a ele, “homem justo” (Mt 1,19), a custódia do mistério da
Encarnação de seu Filho Jesus Cristo. Seguindo o exemplo de S. Teresa, o
Secular encontra em São José um modelo a seguir para uma vida em humilde
adoração e comunhão orante com Jesus, um mestre de oração e de silêncio28.
Patrono da vida interior, é exemplo de fé e de «atenção constante a Deus ,
aberto a seus sinais, disponível ao seu projeto»29. Sendo esposo casto e fiel,
é modelo de pai solícito no cuidado da família e de trabalhador responsável,
que considera seu trabalho como “expressão do amor”30. Em comunhão com a
Igreja e com a Ordem que o venera como seu “providencial Protetor”31, os
membros do Carmelo Secular encontram em São José um protetor incomparável a
quem confiar as esperanças, as fadigas e os trabalhos de cada dia32. ………………………………………
amor a Maria , Mãe e Rainha, está unido ao amor ao seu esposo São José. O Pai
concedeu também a ele, “homem justo” (Mt 1,19), a custódia do mistério da
Encarnação de seu Filho Jesus Cristo. Seguindo o exemplo de S. Teresa, o
Secular encontra em São José um modelo a seguir para uma vida em humilde
adoração e comunhão orante com Jesus, um mestre de oração e de silêncio28.
Patrono da vida interior, é exemplo de fé e de «atenção constante a Deus ,
aberto a seus sinais, disponível ao seu projeto»29. Sendo esposo casto e fiel,
é modelo de pai solícito no cuidado da família e de trabalhador responsável,
que considera seu trabalho como “expressão do amor”30. Em comunhão com a
Igreja e com a Ordem que o venera como seu “providencial Protetor”31, os
membros do Carmelo Secular encontram em São José um protetor incomparável a
quem confiar as esperanças, as fadigas e os trabalhos de cada dia32. ………………………………………
58 – j) as práticas de
mortificação e as expressões de devoção a Maria Santíssima, a São José e aos
Santos da Ordem.
mortificação e as expressões de devoção a Maria Santíssima, a São José e aos
Santos da Ordem.