O Amor de Jesus por Maria

O Amor de Jesus por Maria

Vez em quando, ao pensar em Maria com amor, com meu amor ainda tão pequeno, tento entender o Amor que Jesus tinha (e tem) por Ela. Quanto mais tento, mas vejo como estou distante de mensurá-lo. Muitas vezes penso no amor que o melhor dos filhos possa ter aqui na terra pela melhor das mães. Penso no amor que o melhor pai do mundo possa ter por uma ótima filha. Penso no amor que a pessoa mais bondosa da terra possa ter por seu semelhante. Penso até no amor que um anjo possa ter por nós ou mesmo por Deus. Como estou longe ainda da real medida do Amor de Jesus por Nossa Senhora! 
Medir o amor de Jesus por Maria é tarefa muito difícil. Difícil? Só isso? Sei não… Acho que impossível. Temos que considerar algumas “pequenas coisas”: 

1º) Jesus era (e é) Deus. Como é o amor de Deus? Grande, não é? Infinito, não é? Deus ama até mesmo o maior dos pecadores. Ama infinitamente. Ama os justos e os injustos. Ama os fiéis e os infiéis. Ama sempre. Simplesmente ama. Aí me vem o pensamento: como é que esse Deus amaria (e ama) uma criatura que é sua Mãe? Quanta intensidade poria Ele nesse amor? Seria como um “sol”. Um “sol” infinito de luz e amor puros! Um amor ardente, um amor incandescente. “Sim… – alguém poderia dizer – , mas, esse Amor  ardente Ele tem por cada um nós”! É verdade. Pois então, se Deus nos ama tão ardentemente a a nós que somos maus e ingratos, imaginemos o Amor que Ele tinha (e tem) por Maria, sua Santíssima Mãe, sua Serva fiel e discípula perfeita!
2°) Jesus era (e é) um Homem Santíssimo, Imaculado. Ora, meus irmãos e irmãs, temos exemplos na Igreja de grandes santos, cheios de ardente amor por Deus e pelo próximo: São José, São João Batista, São Francisco de Assis, São Bento, São Bernardo, São João da Cruz, São João Bosco, São João Maria Vianney, São Pio de Pietrelcina, Santo Agostinho, Santo Afonso, São Gerardo Majella, São Martinho de Porres, etc. Porém, uma coisa lhes faltava: não eram imaculados. Todos eram filhos de Adão e herdaram a culpa original. Jesus não. Jesus era (e é) Imaculado! Como será o amor de um homem imaculado? Imagino que todos os limites que a natureza humana possa por ao crescimento do amor na alma, não existem em um homem imaculado. Ele ama sem os limites ou empecilhos da natureza humana. É um amor sempre crescente, um amor ardente, que queima, que incendeia tudo à sua volta. Nunca o pecado manchou a sua alma. Esse é o amor de um homem imaculado pelo próximo e por Deus. Como seria o amor de um homem desse por sua Mãe? 

3°) Jesus veio ao mundo para dar a sua vida por nós. Gente! Que Amor, não é? Que Amor imenso! Jesus mesmo disse que é a maior expressão possível de amor: dar a vida pelo próximo. E vejam vocês, meus irmãos e irmãs, que Ele fez isso até mesmo por quem não O ama. Ele veio ao mundo para nos salvar, para morrer por nós. Fico pensando no Amor que Ele pôs na obra de Redenção de sua própria Mãe. Sim… De sua Mãe! Maria também foi salva por Jesus! Jesus morreu na cruz para também salvar a sua Mãe. Ela sabia disso quando disse: “A minha alma engrandece ao Senhor e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador“! Imagine o amor que um filho muito “bom” tem quando salva a vida de sua própria mãe. Imagine o amor de um Filho que é Deus e Imaculado ao dar a Sua vida por sua Mãe. 


4°) Jesus amou imensamente ao seus discípulos. Sim! Jesus amou imensamente a Pedro, André, Tiago, João, Felipe, Bartolomeu, Tiago, Simão, Mateus, Judas Tadeu, Tomé e até ao Iscariotes. Jesus amou imensamente a todos os seus discípulos: Maria Madalena, Lázaro, Maria, Maria de Cléofas, Joana, Salomé, Matias (que depois se tornou apóstolo), Estevão, etc. Foi seu Mestre muito amado e amoroso. Ensinou-lhes o caminho, a verdade e a vida, sendo Ele mesmo o Caminho, a Verdade e a Vida. Conviveu algo em torno de três anos com eles e amou-os “até o extremo” (“como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou” – João 13, 1). Então, como não amar aquela que foi sua fiel discípula durante toda a sua vida na terra? Como não amar aquela que foi fiel a Ele desde sempre, que era sua Serva e também sua Mãe? Como seria isso possível? Como seria possível ao Mestre de toda a Virtude, que ensinou e praticou tudo que o Pai lhe revelara e mandara ensinar, que é desde a eternidade o Autor do Bem e o próprio Bem, deixar de amar sua própria Mãe? 


Bem, diante de tantas considerações, pensemos… Pensemos muito… Durante quanto tempo? Um ano? Dois anos? Dez anos? Vinte ou trinta anos? Cem anos? Não dá… Teremos a eternidade para contemplar e refletir no amor que Jesus teve (e tem) por sua querida Mãe, Maria. 

(Giovani Carvalho Mendes, ocds)


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